domingo, 24 de dezembro de 2023

Feliz Natal e bom Ano Novo!









Natal junto ao Presépio com o coração transpassado de dor



terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Mansões de “famosos” tem tudo menos biblioteca

Mansões que exibem bilhões mas faltam livros
Mansões que exibem bilhões mas faltam livros
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O jornalista espanhol Arturo Pérez-Reverte acompanha celebridades da moda e do jet-set há umas três décadas.

Ele escreveu em “La Nación” ter conhecido celebridades de toda espécie atores, exibicionistas, esportistas, modelos, “banqueiros com ou sem vergonha”, “burros estúpidos de ambos os sexos” com vestidos estilizados, ironizou. 

Na verdade, segundo ele, são analfabetos pouco apresentáveis, que enchem sem cessar jornais, rádios, TVs, redes sociais e capas de revistas ávidas de retornos econômicos. Como, aliás, fazem seus continuadores nas redes sociais.

O que faz que essa gente sem verdadeiras qualidades morais, familiares, históricas, culturais, meros figurinos da moda, encher manchetes?

Aparecem e desaparecem sem cessar prometendo entretenimento.

Muitos milhões gastos em tudo menos para cultura diz Arturo Pérez-Reverte
Muitos milhões gastos em tudo menos para cultura diz Arturo Pérez-Reverte
Entretanto, o que fazem não é genuinamente divertido, amigável, alegre, agradável, atraente, charmoso, engraçado, sedutor, fascinante, sugestivo, agradável, jovial, folclórico ou qualquer sinônimo capaz de dar variedade à diversão. Nada disso, comenta Pérez-Reverte.

Pelo dinheiro, a revista ou a rede social visa o hilário ou o sensacional. É raro ter uma semana em que não haja meia dúzia de assuntos com esse adjetivo. Há muito tempo tudo é divertido para os meios ou para as redes.

As reportagens mostram a luxuosa mansão de algum deles: a influencer num local inesperado, a designer que descreve sua propriedade com cães ou bichos de estimação incluídos, o esportista ou artista exibe milhões gastos em extravagâncias.

Um dado revelador entretanto é a ausência de bibliotecas nas casas dessas pessoas. Em todos os casos procuro ver se exibem uma biblioteca que era de se esperar em mansões desse nível. Mas nunca encontro, ou quase nunca, confia Pérez-Reverte.

As fotos mostram a sala de jantar, a sala de estar, quarto, banheiro, piscina; mas, muito raramente aparece uma biblioteca que em alguns casos, e é justo dizer, é muito boa.

A maior parte do que os médios chamam de bibliotecas são salas onde há alguns livros antigos ou formatados sobre arte, viagens e afins, colocados mais para decoração do que para leitura.

Despesas fabulosas para ricazos 'analfabetos'
Despesas fabulosas para ricazos 'analfabetos', segundo Arturo Pérez-Reverte
Basta ver como eles ficam nas prateleiras, encostados uns nos outros de uma forma que nenhum leitor de verdade arrumaria os seus. Falta o núcleo elementar de uma biblioteca séria.

Tudo isso me comunica uma dúvida mais ou menos razoável, comentou o jornalista.

Será que essa habitual ausência de bibliotecas se deve ao fato de não haver livros nas casas fotografadas?

A filha Carlota do autor, quando tinha oito anos foi à festa de aniversário de uma amiga. E voltou muito impressionada dizendo: “Ei, papai, com certeza os pais da Marcela estão com os livros lá embaixo, no porão, porque não vi nenhum lá em cima”.

Será que tinham? Essa ausência é reveladora do profundo vazio moral e cultural desses tão promovidos influencers.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Não exercer a autoridade é abandonar os filhos ao desespero

O vazio de autoridade leva à depressão, o desespero e até o suicídio
O vazio de autoridade leva à depressão, o desespero e até o suicídio
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Lindsay, Lucas, Dinah, Thibaut são os nomes dos adolescentes mais jovens que se suicidaram após serem vítimas de assédio moral (bullying) na França, narrou reportagem de “Valeurs Actuelles”.

Marie-Estelle Dupont, autora do livro “Ser pais em tempos de crise”, (Guy Trédaniel Éditeur, 216 páginas, 19,90€) explica que o vício do assédio virou um fenômeno de sociedade e é sintoma de uma doença social.

A natureza humana não muda e a tendência a criar um bode expiatório sempre existiu.

Porém, o que agora espanta é a frequência, a precocidade e o nível de barbárie atingida sob o olhar impassível de adultos que omitem o dever que lhes cabe por sua posição de autoridade.

As instituições que tem responsabilidade sobre as crianças tampouco intervém.

Os adultos devem por limites e interdições às crianças para ajuda-las a se estruturar.

Recusar o exercício dessa autoridade equivale a entregar as crianças a uma falsa liberdade para a qual não estão preparadas, explica o psiquiatra infantil Philippe Jeammet.

Omitindo a missão sagrada de proteger ao infante, os adultos se tornam cúmplices da barbárie.

Abandonados pelos adultos, os filhos cessam de acreditar numa figura que deve ser seu protetor, seu auxilio, e são assaltados pelo pensamento de cessar de sofrer cometendo suicídio.

O assédio na escola não é mais do que um sintoma de uma constelação de péssimos sinais que refletem uma inversão dos valores: os adultos não pensam que eles estão obrigados a cuidar dos minores.

Na psiquiatria e sobre tudo na psiquiatria infantil se constata há vinte anos um continuado aumento da violência entre os mais jovens, decorrente de uma derrocada psíquica generalizada no homem contemporâneo.

A aceleração desta violência é o fruto da perda de valores espirituais iniciada em Maio de 1968.

O ser humano reduzido a contribuinte ou consumidor está perdendo a alma e se afasta do sagrado.

Família camponesa austríaca antiga. Num ambiente assim o suicídio das crinaças era inimaginável
Família camponesa austríaca antiga e o fotógrafo.
Num ambiente assim o suicídio das crinaças era inimaginável
A curva da violência é uma tendência verificável até na linguagem. Se a criança ouve a autoridade usando o palavrão qual respeitabilidade vai ter? Ela adota o mesmo linguajar sujo e a violência que vai junto.

Como explicar a covardia daqueles que têm autoridade? Não haveria esse “fracasso” de pais, educadores e autoridades públicas se todos tivessem mantido o seu lugar.

O nível de barbárie que apareceu nas crianças é realmente surpreendente. Algumas parecem nunca ter sido humanizados, comportando-se como verdadeiros zumbis.

Com o celular, as crianças vítimas de bullying não têm mais descanso, a casa não tem mais paredes. Há uma abolição pelo mundo virtual da fronteira entre a realidade e a imaginação.

Brincar é essencial para aprender a diferença entre realidade e imaginação. Quanto menos tempo os pais dedicarem para brincar com os filhos, mais eles serão entregues a telas onde essa diferença é completamente abolida. Isto pode contribuir para descompensações psicóticas.

Se a diferença entre realidade e a imaginação é frágil numa criança, como podemos impor uma proibição? Enquanto isso, a diferença radical entre a vida e a morte está sendo abolida em videojogos e filmes stream, estimulada pelo anonimato das redes sociais.

A barbárie nas redes sociais, jogos ou cenas, esvazia o senso da existência, há uma dessacralização e uma desencarnação ligada ao puramente virtual.

Tudo então se torna possível. Assassinato e suicídio incluído.

Poucos dias depois de Lindsay ter sido levada ao suicídio por outros jovens, Henri, chamado de “herói mochileiro”, distinguiu-se pela coragem ao evitar uma verdadeira carnificina em Annecy.

Como ensinaremos essa coragem aos nossos filhos?

Quando a criança é olhada, amada, respeitada, valorizada e lhe dizemos a verdade e corrigimos suas más tendências, apesar dos constrangimentos, ela adquire referenciais internos estruturantes.

A dignidade do outro que transmitimos à criança é exatamente o oposto do cada um por si, inerente ao progressismo.

A melhor maneira é oferecer esperança à criança. E essa pede o sagrado. Se oferecermos aos nossos filhos uma ideologia mortalmente progressista, onde o homem com uma consciência diminuída, substitui Deus, então alimentamos a ilusão da onipotência.

Henri, o exemplo contrário, foi criado com a ideia de que havia algo maior do que ele, foi nutrido pela esperança da transcendência.

A sociedade que esta omissão pressagia dá as mais preocupantes sinais: aumento dos distúrbios psicológicos infantis, abandono dos estudos por não encontrarem um sentido para a vida.

Foi sendo criada uma fábrica de adultos deprimidos e/ou violentos, com grandes problemas de saúde mental, que será o principal tema de saúde pública amanhã, e tudo isso em nome da “liberdade”!

A tecnologia e o relativismo moral produz um exército de zumbis isolados atrás de uma tela, recebendo comida pelo delivery e conversando entre si por meio de avatares no metaverso.



terça-feira, 28 de novembro de 2023

O “modo monge” desafoga desligando redes sociais

Bombardeio de mensagens digitais prejudica produtividade
Bombardeio de mensagens digitais prejudica produtividade
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A dificuldade de se concentrar no trabalho por causa dos e-mails, mensagens e notificações de redes sociais, a perda de tempo assistindo a vídeos virais está causando estragos no trabalho.

Para fugir do cerco da tecnologia que lhes impede concluir o trabalho um número crescente de pessoas que querem ser mais produtivas e recuperar o equilíbrio mental, acharam uma solução, explicou “La Nación”.

Susie Alegre, por exemplo, bloqueia o acesso de seu celular às redes sociais pelo tempo que ela precisar.

Ela é uma advogada baseada em Londres, que diz que desta forma se concentra melhor, eliminando as distrações.

“É incrivelmente difícil ter um smartphone e não perder um tempo significativo apenas por pura força de vontade”, reconhece.

Alegre usa o aplicativo Freedom (“liberdade”) que permite escolher as redes sociais e sites a ser bloqueados ou desconectados completamente. Ela seleciona o tempo do bloqueio em horas e minutos, que pode alterar ou cancelar.

Outros aplicativos semelhantes são ColdTurkey, FocusMe e Forest.

Pelo aumento de popularidade deste método e pela maior produtividade obtida foi chamado de “modo monge” porque implica dedicar-se a uma única tarefa sem a intrusão de tecnologia ou outras distrações.

No TikTok os vídeos rotulados #monkmode já haviam acumulado mais de 77 milhões de visualizações e aumentavam.

Alegre elogia o “modo monge” porque a ajudou a se concentrar na escrita de seu livro “Liberdade para Pensar”, publicado no ano passado.

Susie Alegre apelou ao 'modo monge' para poder escrever Freedom to Think
A advogada Susie Alegre apelou ao 'modo monge'
para poder escrever Freedom to Think
Desconectar-se das redes sociais e da Internet não é fácil, diz Grace Marshall, autora e treinadora de produtividade.

Ela aponta numerosos estudos que destacam a natureza viciante da vida digital. “Você recebe um ping em um dispositivo e isso cria um circuito aberto”, diz Marshall.

“Nosso cérebro quer fechar esse ciclo olhando para a notificação porque recebemos uma injeção de dopamina [uma substância química natural liberada no cérebro que nos faz sentir bem] quando fechamos o ciclo.”

Marshall acrescenta que as interrupções por e-mail no trabalho são problemáticas.

“A tecnologia é instantânea, com e-mails e aplicativos como Slack, Microsoft Teams e mensagens. As pessoas muitas vezes sentem que a expectativa é que respondam instantaneamente.”

“Não se trata apenas do aspecto concentração e produtividade, trata-se também do impacto na saúde mental”, diz Marshall.

O fundador de Freedom, Fred Stutzman, explica que o aplicativo tem mais de 2,5 milhões de usuários em todo o mundo.

A Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, emprega centenas de doutores e cientistas comportamentais para tornar o aplicativo mais sedutor e excitante.

Por isso Stutzman se orgulha de “usar a tecnologia para resistir à tecnologia” porque as Big Techs empreenderam “uma luta contra a pessoa comum que não é justa.”

Diz-se que as plataformas mais bloqueadas são Instagram, Facebook e Twitter.

Vladimir Druts, cofundador da FocusMe, argumenta que o vício em mídias sociais deveria ser levado mais a sério. “A sociedade acha que só as drogas ou jogos de azar são vício. Mas muitas vezes não percebemos que estamos viciados em nossos dispositivos e em nossas muletas digitais.”

Druts interpreta o “modo monge” como um movimento contra o desejo constante de gratificação instantânea.

Com a ascensão da inteligência artificial (IA), no futuro as distrações da tecnologia só vão aumentar, diz Druts.

“A IA está simplesmente aumentando a quantidade de conteúdo disponível”, afirma ele.

“Veremos um crescimento exponencial de aplicativos competindo pela sua atenção. O “modo monge” definitivamente ficará mais forte.


terça-feira, 21 de novembro de 2023

Afunda cidade “libertária” nos EUA

Ursos invadiram a cidade à cata de lixo não recolhido
Ursos invadiram a cidade à cata de lixo não recolhido
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A pequena cidade de Grafton, no estado de New Hampshire, nordeste dos EUA na fronteira com o Canadá, tentou um experimento político “libertário” que seriam sem precedentes.

E os resultados foram os piores que acontecem nesta matéria há milênios, mostrou reportagem de “La Nación”.

Um grupo de autodenominados “libertários” ali se instalou visando provar com o Projeto Cidade Livre que a presença de um governo é opressiva e produz pobreza e que se deve suprimir regulamentações e impostos, mesmo os mais razoáveis, para provar que a sociedade que age por conta própria, se auto-regula e floresce.

Em resumidas contas, a autogestão socialista, mas posta em prática por liberais dá certo e que os princípios de direito natural e católicos nem são precisos.

Em poucos anos houve uma drástica deterioração dos serviços públicos, aumentou a violência criminal e inusitados ataques de ursos negros alvejaram os moradores.

O libertarianismo político-filosófico decreta caprichosamente que a “liberdade individual é o valor político supremo” podendo cada pessoa viver a sua vida e dispor de seu corpo e bens como lhe dê na telha sem interferir nos direitos de outros a debandarem seu capricho, explicou o cientista político venezuelano Luis Salamanca.

O crime outrora era desconhecido, e agora falta até polícia
O crime outrora era desconhecido, e agora falta até polícia
“Para o liberalismo clássico, o melhor é que o Estado não exista, mas o tolera como um vigilante da atividade produtiva e regulador mínimo.

“Os anarco-capitalistas, são os libertários mais puros e radicais que dizem que o Estado é o inimigo que deve ser liquidado”, acrescentou o ex-diretor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Central da Venezuela (UCV).

O especialista destacou que no Partido Republicano há setores que defendem estas ideias.

Eles escolheram Grafton porque um libertário de nome John Babiarz estava concorrendo a governador e na população pequena poucos eleitores libertários poderiam aprovar decretos e impostos municipais.

Em poucos meses cerca de 200 libertários que se conheceram pela Internet, se mudaram para a cidade para iniciar uma experiência mais parecida com uma comuna hippie ou uma taba indígena, que se beneficiava com os recursos das modernas tecnologias.

Os novos vizinhos, que não se conheciam, defendiam a posse de armas, muitos viviam em casas móveis ou tendas nas florestas que rodeiam a cidade e impuseram suas ideias à comunidade.

Biblioteca Municipal ficou restringida
Biblioteca Municipal ficou restringida
Quiseram remover a autoridade que supervisiona as escolas, declarar a cidade “zona franca das Nações Unidas”, e reduziram em 30% o pequeno orçamento municipal.

Mas não cumpriram a promessa de que haveria menos impostos e mais dinheiro no bolso dos moradores.

Na cidade vizinha de Canaan, os residentes pagam apenas 70 cêntimos a mais em impostos e têm ruas e estradas pavimentadas e iluminadas, enquanto as de Grafton estavam cheias de buracos.

Não havia iluminação pública nem coleta de lixo, a biblioteca pública só abria 3 horas por dia e a polícia não podia pagar os agentes, excetuado o delegado-chefe.

Sem patrulhamento e com moradores armados e convencidos de que tinham o direito de fazer o que quisessem, a cidade registrou os primeiros assassinatos e um aumento de 12% de crimes violentos.

Acresce que os residentes na utopia libertária foram assaltados por uma onda de ataques de ursos. Esses foram atraídos porque os libertários que viviam na floresta espalhavam o lixo.

A cidade recusou-se a apelar às autoridades regionais e os ursos tornaram-se mais ousados e passaram a ver os seres humanos como fonte de alimento.

Doze anos após o inicio do enganador sonho muitos libertários partiram, mas nada foi feito para reparar os danos causados.

Foi assim que um grupo de recém-chegados controlou uma cidade e a desmantelou sem que ninguém tomasse medidas, porque agiam dentro do Estado de direito, e as autoridades estaduais ou federais não intervinham.

Caos invadiu cidade 'libertária'
Caos invadiu cidade 'libertária'
O que aconteceu em Grafton lança dúvidas mais do que razoáveis de que o libertarianismo possa ser lançado com sucesso por êmulos biriquinos.

O Estado como ensina a Igreja tem uma razão de ser e, sem abusos, é um fator decisivo para a boa ordem.

Em Grafton, a liberdade foi falsamente oposta à ordem e acabou morrendo só ficando a força e a lei do mais forte.

Entregar o poder a uma corrente política do gênero “é arriscar o caos e a anarquia, que podem nos levar de volta à tirania”, explicou o politólogo venezuelano Luis Salamanca.



terça-feira, 14 de novembro de 2023

Supremo Conselho laicista proibe estátua de São Miguel esmagando Satanás

Franceses manifestam para manter a estátua de São Miguel esmagando Satanás
Franceses manifestam para manter a estátua
de São Miguel esmagando Satanás
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A imagem do arcanjo São Miguel vencendo o diabo no Apocalipse, não condiz com a lei da laicidade julgou o Conselho de Estado da França, o tribunal supremo nacional para a justiça administrativa, noticiou “Infocatolica”.

Paradoxalmente a França é um Estado laico em consequência do anticristianismo da Revolução Francesa, porém, o cerne da disputa administrativa foi de natureza religiosa, católica e dogmática, excetuadas algumas chicanas formais para dissimular a natureza do que se estava julgando.

De fato são numerosos os especialistas em história e religião que apontam o espírito satânico e anticatólico que moveu a Revolução Francesa e as Repúblicas que ela gerou em outros países.

A estátua do arcanjo derrotando a Lúcifer que tanto incomodou os defensores do laicismo está na cidade de Sables-d'Olonne, na região de Vendée, desde 2018.

A região testemunhou a mais sangrenta guerra civil da nação francesa, tentando os revolucionários laicistas exterminar os católicos monarquistas.

A disputa pela estátua reaviva a lembrança daquela guerra civil de forte essência religiosa.

A população local, a freguesia e a câmara municipal estão muito desiludidas com a decisão do Conselho de Estado, criado por Napoleão Bonaparte, um dos generais revolucionários que mais fez correr sangue tentando afogar o descontentamento católico naquela guerra civil.

Conselho de Estado filho da Revolução Francesa atropela a fé dos cidadãos de Sables-d'Olonne
Conselho de Estado filho da Revolução Francesa atropela a fé dos cidadãos de Sables-d'Olonne
Em 2022, a Câmara Municipal consultou a opinião local em dois referendos sobre o assunto. Os resultados apontaram que 94,5% dos habitantes querem manter a estátua.

Se o laicismo triunfante desde 1789 até hoje fosse coerente deveria se submeter à opinião democraticamente expressa da população.

Mas revelou o espírito que seus adversários sempre denunciaram: um espírito inspirado na revolta infernal de Lúcifer que permeia a História desde seus inícios até o Juízo Final.

Para evitar problemas com as leis revolucionárias, a igreja e o conselho da cidade tentaram converter o terreno em que a estátua está em propriedade privada, escreve o jornal “Sud Ouest”. Mas, foi em vão: havia outros motivos que os oponentes não ousavam confessar.

Jovens franceses defendem a estátua de Nossa Senhora que o laicismo quer tirar
Jovens franceses defendem a estátua de Nossa Senhora que o laicismo quer tirar
O prefeito de Sables-d'Olonne está descontente com o acórdão e promete que embora “nossa estátua está condenada a ser derrubada”, ele encontrará outras formas para que “a vontade e o voto dos habitantes sejam respeitados”, e que a estátua permaneça no local exato onde está.

A mesma associação laicista Libre Pensée que promoveu o processo contra São Miguel Arcanjo em Sables-d’Olonne, procura remover uma imagem de Nossa Senhora das Graças na pequena cidade de La Flotte-en-Ré, em Charente-Maritime.

Ela apela aos mesmos artifícios judiciais contra Nossa Senhora, contrariando a vontade popular que diz que respeita como soberana, aliás falsamente, informou também o jornal “Sud Ouest”.



terça-feira, 7 de novembro de 2023

Gigantes de tecnologia jogam fora o home office

Back-to-office
Back-to-office
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






As Big Techs, grandes companhias de tecnologia do mundo, de início abraçaram o “trabalho onde quiser” ou “home office”.

Três anos depois querem trazer os funcionários de volta para os escritórios. Companhias como Google, Amazon e Zoom dizem que os projetos funcionam melhor quando as pessoas estão reunidas.

Andy Jassy, presidente da gigante de comércio eletrônico, quer ver os funcionários pelo menos três dias da semana e avisou que quem não concorde podia não “se encaixar” mais na empresa.

Jassy justificou que assim funcionava melhor a empresa.

A Apple imitou a decisão e poderá distribuir advertências.

O Google também exige que os funcionários compareçam três vezes na semana e as ausências pesarão na avaliação de desempenho individual.

A Meta de Mark Zuckerberg enviou comunicado dizendo que o trabalho era mais “refinado” quando feito presencialmente e que a área de engenharia trabalhava melhor nos escritórios.

A Microsoft ainda preserva flexibilidade e os funcionários podem trabalhar remotamente em “50% do tempo”.

Elon Musk que assumiu a rede social ex-Twitter (agora X), exigiu o trabalho presencial pois o bilionário não foi adepto do home office, e as demissões atingiram mais de 80% dos colaboradores.

O empresário exigiu que todos voltassem ao trabalho nos escritórios: “não é mais permitido”, disse em email.

O serviço de videochamadas Zoom disse acreditar “numa abordagem híbrida estruturada” e demitiu cerca de 15% de seus funcionários.



terça-feira, 31 de outubro de 2023

Apito da Morte asteca traz ao Halloween satanismo de religiões indígenas

Apito da Morte Asteca
Apito da Morte Asteca
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A tecnologia atual permite descobrir histórias, elementos, curiosidades e até sons da humanidade de séculos atrás.

Agora os historiadores têm identificado um dos barulhos mais aterrorizantes ouvidos na Terra e que esclarece um problema polêmico na América Latina.

O instrumento causador desse ruído terrifico recebeu o nome de “Apito da Morte Asteca”. Ele tem o formato de uma caveira e acredita-se que tenha sido usado em cerimônias de sacrifício em homenagem ao deus do vento, Ehecatl, escreve “La Nación”.

Uma empresa americana pensando nas tendências atuais para o monstruoso recriou uma nova versão. O resultado foi tão impressionante quanto chocante.

Para isso recorreu a um grupo de especialistas que recriaram o satânico instrumento asteca graças a uma impressora 3D. Assim reconstruíram cada parte da anatomia humana para imitar o grito de um homem sendo morto.

O instrumento tem forma idêntica ao apito original em forma de crânio encontrado na mão de um esqueleto sem cabeça na Cidade do México em 1999.

Provavelmente se tratava de uma vítima sacrificada em um templo asteca, culto que o comuno-progressismo prefere ao católico trazido por missionário e colonizadores..

A princípio os arqueólogos não deram muita importância a este objeto e chegaram a afirmar que se tratava de um brinquedo.

Porém, 15 anos depois, um cientista teve a ideia de soprar por um buraco na parte superior do aparelho e o resultado assustou mais de um porque parecia um humano gritando. Aí começaram as diferentes teorias sobre sua utilidade.

<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzh_9rmgc-hTxUIfvBXXjWxo1JWGA5XgMUUgh9PHniRa-6FI11XvG39dTV7HMH6NDy_oUpPymzTsHW3gLRHwVSGDueAuVuBFO739TGbfhk5Rx3rtVTPpi5llZC26Fll7qSNjrVpQvYyToLtKD-r2drBWW6tXEm4qJpFbvZTUZckfA2QjQ1nc8VfhrokQw/s1440/Apito%20da%20Morte%20Asteca%2001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Apito da Morte Asteca" border="0" data-original-height="810" data-original-width="1440" height="498" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzh_9rmgc-hTxUIfvBXXjWxo1JWGA5XgMUUgh9PHniRa-6FI11XvG39dTV7HMH6NDy_oUpPymzTsHW3gLRHwVSGDueAuVuBFO739TGbfhk5Rx3rtVTPpi5llZC26Fll7qSNjrVpQvYyToLtKD-r2drBWW6tXEm4qJpFbvZTUZckfA2QjQ1nc8VfhrokQw/w885-h498/Apito%20da%20Morte%20Asteca%2001.jpg" title="Apito da Morte Asteca" width="885" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Apito da Morte Asteca</td></tr></tbody></table>

Enquanto alguns afirmavam que era usado para o sacrifício de uma pessoa em homenagem ao deus do vento, outros apontavam que era um ruído para ajudar as almas a viajarem após a morte quando eram sacrificadas. Em qualquer caso o som é sinistro e apavorante.

Acredita-se também que o apito foi dado ao esqueleto como um dispositivo de proteção para afastar os maus espíritos quando ele deixava este mundo.

Uma quarta teoria indica que os guerreiros usavam esses apitos para causar medo nos corações dos inimigos.

O Apito da Morte Asteca foi listado como um dos sons mais aterrorizantes do mundo.

O curioso desse artefato é que ele imita a laringe humana. Quando soprado, o ar se divide em dois, criando uma onda sonora oscilante que circula por uma câmara antes de escapar por um segundo orifício.

“Acredite ou não, este não é um choro humano”, explicou James J. Orgill no canal educacional Action Lab (YouTube).

“O som que o apito da morte faz inatamente causa medo em seu coração”, continuou ele antes de explicar a história do apito e mostrar como soava.

A empresa americana HeyGears, teve a ideia de fazer seu próprio Asteca Death Whistle com uma impressora 3D.

Apito da Morte Asteca
Apito da Morte Asteca
Dentro do seu extenso catálogo existem apitos de diferentes tamanhos e materiais à base de resina, cerâmica e fibra de carbono, pelo que cada um produz um som diferente.

Este produto, denominado apito mortuário faz muito sucesso entre os engenheiros de som que o usam em produções dramáticas em filmes ou aqueles que desejam dar um toque especial às suas saídas de Halloween.

Seja qual for o seu uso, dá arrepios ao ouvi-lo e é procurado para as más dissimuladas festas de sabor diabólico do Halloween.

O apito também é revelador dos crimes monstruosos que faziam parte das religiões indígenas antes dos missionários pregarem a doce palavra de Jesus Cristo.

É claro que o comuno-missionarismo que se manifestou, entre outros, no Sínodo da Amazônia, quer silenciar estas revelações da ciência, e continua louvando as religiões indígenas e reprovando a gloriosa evangelização católica.


Reprodução do apito asteca da morte



terça-feira, 24 de outubro de 2023

Rainhas do teletrabalho” voltam ao trabalho tradicional

Retorno ao trabalho no escritório
Retorno ao trabalho no escritório
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A empresa de videocomunicações Zoom tinha virado sinônimo de trabalho remoto, mas agora ordenou que seus funcionários voltassem ao escritório, informou largamente a imprensa internacional, como o jornal “La Nación”.

E esse foi só o mais clamoroso exemplo de uma série de grandes empresas a reverter sua política de trabalho flexível. Amazon e Disney foram outras duas das empresas que reduziram os dias de trabalho remoto.

A certa altura, Zoom disse que sua equipe poderia trabalhar remotamente indefinidamente. Mas agora a empresa inverteu seu pensamento e escalou um cronograma de retorno ao trabalho presencial.

Zoom indicou que continuaria a “contratar os melhores talentos, independentemente da localização”, mas ficou claro que só o faria com aqueles que seguem sua disciplina de trabalho.

Em setembro de 2022, apenas cerca de 1% dos trabalhadores da empresa tinha uma "presença regular no escritório". Mas Zoom começou a perder terreno face aos seus competidores e seu crescimento diminuiu drasticamente.

No início deste ano, a empresa anunciou que cortaria 15% de sua equipe e que os principais executivos sofreriam cortes salariais significativos. Suas ações valem apenas abaixo de US$ 68 cada, quando superavam os US$ 500 em em outubro de 2020.

Também Google e Facebook estão abandonando o home office e estão voltando a ter mesas e cadeiras dos escritórios ocupadas. As empresas pioneiras no trabalho de casa decidiram encabeçar o movimento pelo retorno ao formato presencial.

O The Washington Post publicou um memorando draconiano enviado aos funcionários inclusive no Brasil, informou o “Estado de S.Paulo”.

Grandes empresas mandam retornar ao trabalho no escritorio
Grandes empresas mandam retornar ao trabalho no escritório
Os resultados do trabalho remoto foram frustrantes também para empresas como Apple, Amazon e Twitter. Assim, gigantes da área tecnológica puxam o movimento de retorno ao sistema convencional.

Google mandou um ultimato em que oferece comida grátis e outras regalias a quem volte a comparecer ao escritório. Os funcionários que não comparecessem três dias por semana teriam rebaixadas suas avaliações de desempenho.

A Farmers Insurance anunciava no ano passado que o trabalho remoto viera para ficar mas agora os seus trabalhadores estão sendo solicitados a retornar aos escritórios.

A gigante da tecnologia Salesforce, maior empregadora de tecnologia de São Francisco, fará doações para instituições de caridade cada dia que os trabalhadores vierem ao escritório.

Muitos executivos estão convencidos de que o escritório ainda é um vínculo necessário para inovação e colaboração, e os governos locais estão ansiosos pelo retorno dos trabalhadores e ajudar a revitalizar os centros de cidades em dificuldades.

Outras grandes empresas como Disney, Starbucks e AT&T exigiram que os trabalhadores voltem aos escritórios. Uma enorme onda de demissões continua no Vale do Silício e a inquietação econômica geral persiste em todo o país e voltar ao tradicional parece mais garantido.

O Google se gabou de ser das primeiras grandes empresas dos EUA a mandar trabalhadores para casa com trabalho remoto, recreação e educação. Mas agora é uma das maiores que pressiona pelo retorno ao escritório.

Os funcionários da empresa também acham que “não há dúvida de que trabalhar juntos na mesma sala faz uma diferença positiva”.

Trombeteou-se que o trabalho remoto era a tendência do futuro. Mas o pontapé para voltar atrás abriu o espaço à dúvida: o home office deu errado?

O trabalho presencial revelou-se muito mais humano, convivial e simpático em coerência com os valores da tradição e da natureza humana.

O fiasco acabou sendo toda uma lição para os que acreditam apressadamente em ‘avanços da tecnologia’ que no fim mostram não ser o que diziam.


terça-feira, 19 de setembro de 2023

Islamitas praticam o crime corânico,
mas relativistas não desistem de capitulação

“A bandeira do califado ondeará sobre Jerusalém e Roma”,
ameaçou o pasquim do Estado Islâmico
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Multiplicam-se no Ocidente os gestos moles, dialogantes e ecumênicos face ao Islã. Gestos esses que os islamitas se encarregam de pôr no ridículo e mostrar sua improcedência e inabilidade, e que não estão longe de se transformar em capitulação culposa.

“O Estado Islâmico está aqui para ficar, apesar do descaso dos cristãos, judeus, politeístas e apóstatas. Ele continuará se estendendo por todos os cantos da terra”.

Assim dizem seus seguidores no último número de sua revista panfleto em inglês “Dabiq”, de acordo com informações do diário espanhol “El Mundo”.

Ao longo de suas páginas, os fanáticos, que se exibem como os mais sinceros e corretos seguidores do Corão, tecem um vasto leque de louvores às suas criminosas conquistas na Síria e no Iraque, e prelibam futuras capitulações e cumplicidades nos gestos ecumênicos de líderes religiosos e civis ocidentais.

“A bandeira do califado ondeará sobre a Meca e Medina, sobre Jerusalém e Roma, para vergonha dos judeus e dos cruzados”, ameaçou o pasquim.

"Deus é só para os islâmicos"
"Deus é só para os islâmicos"

Intuindo que sua bravata não será replicada pelos patrocinadores ocidentais moles e ecumênicos do diálogo, eles acrescentam:

“A sombra deste abençoado pendão cobrirá toda a terra, enchendo-a com a verdade e a justiça do Islã, erradicando a falsidade e a tirania das sociedades ímpias que não fazem da religião do Corão o centro de sua vida”.

Com seus crimes cruéis e generalizados contra pessoas e populações indefesas eles já demonstraram o que entendem por esse palavreado.

Porém, não faltarão teólogos e eclesiásticos que tentarão interpretá-las de modo benigno, com algum tratado de moral debaixo do braço.

No mesmo número, ‘'Dabiq’ comemora a adesão ao Estado Islâmico de numerosos movimentos piedosamente atrelados ao Corão na ‘guerra santa’ no Sinai, na Líbia, na Argélia, no Iêmen e na Arábia Saudita.

O sonho de invadir a Espanha, especialmente a Andaluzia, voltou a ser sublinhado nessa edição do panfleto. Já no número anterior, os combatentes da guerra santa anunciavam sua intenção de expandir o criminoso império do Corão “da Espanha até a Indonésia”.

Para o islamismo, os gestos ecumênicos são sinal de fraqueza dos cristãos e convidam a atacar com maior furor
Para o islamismo, os gestos ecumênicos são sinal de fraqueza dos cristãos
e convidam a atacar com maior furor
Os sinais da cultura islâmica que restam na Espanha como troféus da conquista católica servem, porém, de pretexto para “justificar” a alucinada invasão.

Segundo a CIA, o Estado Islâmico contaria com 30.000 extremistas armados. Outras fontes falam em até 200.000, número provavelmente exagerado mas que beneficia a propaganda de guerra anticristã.

O histórico dos crimes hediondos, como execuções coletivas sumárias, decapitações, crucifixões e mutilações, não impressionam os pregadores ocidentais do ecumenismo e do diálogo.

Estes prosseguem abrindo as portas da cidadela, pregando que o deus (Alá) – que ordena esses crimes – é o mesmo Deus dos cristãos, Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu na Cruz para nos trazer o doce jugo da Igreja e da Civilização Cristã.


terça-feira, 5 de setembro de 2023

Trágico recorde de suicídios no laicizado Uruguai

Carência de religiosidade católica faz do Urugui o país com mais suicídios na América do Sul
Carência de religiosidade católica faz do Uruguai o país com mais suicídios na América do Sul
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A falta de catolicidade no Uruguai, inferior à dos vizinhos Argentina e do Brasil, da catolicidade que qualifica o suicídio como pecado está contribuindo para que no país a taxa de suicídio atingir um nível recorde por cima de qualquer outro país latino-americano, informa “La Nación”.

Em 2022, teve uma taxa de suicídio de 23,3 mortes por 100.000 pessoas segundo dados do Ministério da Saúde de Montevideo. Nesse índice o Brasil (6,9 por 100.000 pessoas) ocupa a posição 49º e a Argentina (8,4 por 100.000) está em 52º lugar.

O Uruguai é de longe o pior da América Latina, onde a taxa média de suicídio foi de nove por 100.000 pessoas em 2019, segundo a OMS.

“As taxas de suicídio vêm aumentando desde 1990 até hoje”, disse Gonzalo Di Pascua, membro da Coordenadoria de Psicólogos Uruguaios.

A pandemia de Covid-19 só teria aguçado o processo existente de aumento dessa lúgubre taxa.

Paradoxalmente, o país é exemplo de estabilidade econômica regional e ocupa a posição mais alta (28) no Índice Global de Felicidade da ONU, disse Eduardo Katz, diretor do Departamento de Saúde Mental da Administração dos Serviços Estatais de Saúde (ASSE).

A situação se acentua nas áreas rurais uruguaias, que apresentam os maiores índices de suicídio, e entre os homens, que respondem por oito em cada dez casos no país.

Katz disse que o Uruguai apenas começou a mudar sua abordagem para lidar com o flagelo. O sistema de saúde não tem priorizado “reduzir a demanda, ou seja, trabalhar na prevenção”, disse Katz.

Caberia aos líderes religiosos e muito prioritariamente aos bispos católicos responsáveis pela condição da religião majoritária, mas que o abandono do rebanho dos fiéis está aumentando assustadoramente o ateísmo.

O recorde de suicídios é um dos índices reveladores desta marcha eclesiástica rumo ao ateísmo


terça-feira, 29 de agosto de 2023

Europeus acham que vão na direção errada

Para europeus, dirigismo da UE, arregela o continente e o leva ao fracasso
Para europeus, dirigismo da UE, congela o continente e o leva ao fracasso
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Entre 6 e 9 de junho de 2024 os europeus vão definir nas urnas a futura composição das instituições da União Europeia.

Porém, a maioria deles acha que seus países estão indo na direção errada por culpa dos políticos que se apresentam para ocupar as cadeiras eletivas, observou a “Folha de S.Paulo”.

Quase metade tem essa opinião negativa do próprio bloco como independente do juízo sobre os representantes; e oito em cada dez pressagiam que o padrão de vida já caiu ou vai cair no próximo ano.

Os negros humores refletem as crises que flagelam o continente e foram medidos pela pesquisa Eurobarometro, do Parlamento Europeu.

400 milhões de eleitores de 27 países-membros devem escolher 705 eurodeputados, que por sua vez vão nomear a cúpula do bloco, incluindo o todo-poderoso presidente da Comissão Europeia, com mandatos de cinco anos.

Após o fiasco do Brexit e a devastação da pandemia de Covid-19, pareceu que chegava a recuperação econômica, mas do Leste Europeu veio a guerra que trouxe inflação e ondas de descontentamento.

Forças políticas da ultradireita sorrateiramente simpatizantes do agressor Putin, e até financiadas por ele, ganharam espaço em países como França, Itália, Suécia, Espanha, Alemanha e Áustria.

Para pior, a Comissão acumulou poderes, aproveitando a pandemia e as tratativas da Guerra da Ucrânia e o bloco ficou na dependência militar dos EUA, de cuja libertação fizera um das razões de ser de União.

Nesse clima, 47% dos entrevistados acham que a União Europeia avança tristemente na direção errada, embora a percentual já foi pior no fim de 2022. Apenas um terço (32%) acha que está indo na direção certa.

Para muitos europeus a UE está implantando um ditatoriallismo que lembra a falida URSS
Para muitos europeus a UE está implantando um ditatorialismo que lembra a falida URSS

Mas, a percepção piora quando o entrevistado opina sobre seu próprio país. Para 61%, as perspectivas são ruins, e só 26% acham que são boas. Os mais pessimistas são os eslovacos (75%), os gregos (74%) e os franceses (73%).

Para a grande maioria (79%) o padrão de vida caiu ou cairá mais no próximo ano. Mais da metade (57%) está insatisfeita com as medidas adotadas pela UE para conter a queda e 65% repudia as medidas para o mesmo dos governos nacionais.

A Rússia continua tendo a imagem de pesadelo da União Soviética e 76% aprova a resposta do bloco contra a invasão da Ucrânia, com tendência de alta na percentagem.

“De um lado, os cidadãos sentem que a crise tem um impacto em suas vidas pessoais, no padrão de vida, mas, de outro, isso não impacta negativamente o apoio que a UE está dando à Ucrânia”, afirmou Philipp Schulmeister, diretor do dirigista monitoramento de opinião pública do Parlamento Europeu.

A pesquisa Eurobarometro foi feita entre 2 e 26 de março do ano (2023), com 26.376 pessoas acima de 15 anos residentes em todos os 27 países do bloco. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual.

Sintomaticamente a Sociedade Francesa para a Defesa da Tradição, Família e Propriedade – TFP –havia previsto que isto aconteceria ao denunciar o Tratado de Maastricht, documento basilar da atual União Europeia.

O Tratado adotado foi de difícil compreensão, ambicioso e impreciso, lhe conferiu um caráter notoriamente indigesto. A confusão de sua linguagem jogou o desventurado cidadão leitor numa espécie de vertigem: por mais que se esforçava, pouco ou nada compreendia, observou a TFP francesa.

Há anos, o desnaturamento dos países por seus políticos se apronta para estourar com o países
Há anos, o desnaturamento dos países por seus políticos
se apronta para estourar com o países
O resultado da “confusão de línguas” que se espraia desta torre de Babel pan-européia descoroçoa o eleitor e lhe tira a vontade de votar, constatava a TFP em 1992, como se já estivesse em 2023!

E se perguntava se o caráter enigmático do Tratado não é um artifício para encobrir o fundo do que está em jogo e atrair os eleitores por uma apresentação irracional da instalação de uns “Estados Unidos da Europa”.

Em convergência com essa utopia, o ditador saudoso do comunismo soviético Vladimir Putin, desde o Kremlin trabalha para criar uma “União Euro-asiática” também indo de Portugal até os Urais.

Não teria diferença? Sim, haveria: a capital. A da União Europeia está ficando em Bruxelas. A da União Euro-asiática ficaria em Moscou.

E os mal-estares populares nos russos parecem ser de longe muito maiores que os dos europeus.