Confraria de Les Charitables leva o busto de Santo Eloi em procissão |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Na cidade de Béthune, no norte da França, há 800 anos a Irmandade dos Charitables de Saint-Éloi dá cristã sepultura aos mortos em que ninguém quer tocar.
Não faz diferença entre ricos e pobres. Não há pompas fastuosas nem imponentes cortejos, mas apenas uma confraria medieval, que hoje usa roupas que evocam os tempos napoleónicos, segundo descreveram “Le Figaro”, “Clarín” e ainda outros grandes órgãos de imprensa impressionados com o caso. Como o britânico “The Guardian” , os franceses “Le Point” e “La Croix international”
Na cidade, quase 90% dos enterros é feita pela Irmandade e “é exceção quando uma família não recorre a nós”, diz o seu Robert Guénot.
Guénot, com 72 anos de idade, não temeu enfrentar a pandemia, que é apenas mais uma das que passaram pelos oito séculos de história dos Caridosos de Santo Elói.