Jesuítas idosos. Segundo o Vaticano, entre 2005 e 2015, a Ordem perdeu 3.110 sacerdotes e irmãos. De 1965 a 2015, a Companhia de Jesus caiu de 36.038 para 16.740. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
No momento em que a Companhia de Jesus tem um Papa pertencente à gloriosa ordem fundada por Santo Inácio, sua crise e decadência internas atingem patamares inauditos em matéria doutrinária e em número de membros, observou a revista americana “National Catholic Register”.
Nos EUA, Canadá e Haiti só foram ordenados 20 novos jesuítas em 2015. Um dirigente da Ordem reconheceu ao “National Catholic Register” que “as tendências de novas vocações apontam para uma estabilização numérica no horizonte”.
Entretanto, a comemoração pelas 20 ordenações do último ano parece exagerada, pois no mesmo período faleceram 65 padres da Ordem.
Em 2013, Matthew Archbold, da “Cardinal Newman Society”, apontou outros sinais da decadência nas ordenações de novos jesuítas: os ex-jesuítas eram mais numerosos do que os jesuítas em atividade nos EUA. Estatísticas de 2011 elaboradas pelo Georgetown University’s Center for Applied Research in the Apostolate (CARA) apoiaram a assertiva.
Estatísticas mais recentes da Companhia e do Vaticano fornecem números assustadores. O número vem caindo nos últimos 50 anos, propulsionado pelos efeitos do período “pós-conciliar”.
Em 1982 entraram 102 novos candidatos. Em 2010, apenas 45.
Entre 2008-2013, a Companhia contabilizou 445 religiosos mortos nos EUA, uma média de 89 por ano.
Somando e subtraindo, o “National Catholic Register” conclui que os jesuítas nos EUA estão em queda livre. Pelos números do CARA, perderam mais da metade em apenas 25 anos, precipitando-se de 4.823 em 1988 para 2.395 em 2013.