terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Explosão de satánico Carnaval na Igreja antevisto pela Beata Isabel Canori Mora

Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O jornalista Marco Tosatti teceu valiosas considerações inspirado pela atitude da Bem-aventurada Isabel Canori Mora diante do carnaval.

Glosamos e adaptamos suas reflexões com a mente posta na Beata Isabel a quem com toda admiração e devoção dedicamos uma página especial de nosso blog: “Vítima expiatória pelo Papado, anunciava grandes castigos décadas antes de La Salette e Fátima”.

Pois, tomando contato com seus manuscritos, ficamos especialmente impressionados pela luta sobrenatural em que ela aceitou as dores da reedição da Paixão desferida pelo príncipe das trevas.

Esse tentava, como tenta ainda hoje, afogar a Igreja num infernal lamaçal de irracionalidade, igualitarismo e imoralidade.

Tosatti conta que a Beata Isabel quando casou foi morar com sua nova família na bela casa de seus sogros: o Palazzo Selvaggi na centralíssima Via del Corso.

Ela teve então uma grave preocupação: em fevereiro ela teria que manter as venezianas das janelas fechadas para evitar que suas duas filhas, Mariana e Maria Lucina, vissem os escândalos dos desfiles do Carnaval Romano que aconteciam nessa Via del Corso.

Os romanos se mascaravam de modos estranhos: nobres, ricos, pobres, todos imergiam na febre do caos que, de repente, pagão, misterioso, perturbador, explodia na Cidade Santa e que nessa hora podia se nomear a Cidade da Iniquidade, diz o escritor.

Palazzo Selvaggi (estado atual), onde morou recém-casada
Na escuridão da noite, uma tentação diabólica se escondia sob cada licença material, comenta Tosatti.

Era a antiga festa da febre da Roma pagã, ou seja, fevereiro, tida como festa da malária e da purificação, que mais tarde virou carnaval.

Ateava-se um fogo que se dizia purificador, os pacientes febris (isto é, os que participavam das orgias) ateavam os “moccoletti”, pequenas velas acesas que usavam em brincadeira como símbolo de “cura”.

O Carnaval se comemorava comendo carne e cantando “carne, vale a pena! Carne, adeus!”

Nos inícios do século XIX, época da Beata Isabel, a Roma dos Papas havia retornado infelizmente ao sentido pagão original do carnaval, quer dizer a velha careta do demônio dissimulada sob formas fantasiosas, sempre impuras e hediondas.

As portas se abriam para o mundo da torpeza, que como hoje, punha tudo cabeça para baixo.

A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina
A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina

A lei consistia em pecar contra a Lei Divina, os Mandamentos de Deus. Essa febre durava não só nos dias carnavalescos, mas, sob enganadoras festas, repercutia dissimuladamente o ano inteiro.

Beata Isabel fechava as janelas porque vivia na Comunhão dos Santos em guerra contínua contra o diabo.

Mas, naqueles anos, as seitas secretas se movimentavam à sombra da Basílica de São Pedro como uma febre negra.

Assim o viram misticamente a Beata Isabel e a Beata Ana Maria Taigi. Essas associações soturnas trabalhavam muito para deformar o mundo e lhe dar o rosto que tem hoje. Cfr. Também Beata Ana Maria Taigi : “A contemplativa da luta entre a Luz e as Trevas”

Quer dizer se empenhavam para transformar o belo em feio e o bom em mau.

Maria Lucina, a filha mais nova se tornou-se freira de San Felipe Neri.

Mariana, a filha mais velha, não entendia a mãe, vivia nos novos tempos, queria casar, viver no mundo. E casou, viveu no mundo e antes de morrer, aliás jovem, ela entendeu que sua mãe tinha vivido na verdade. E se arrependeu.

Casar com o mundo, dizia a Beata, é casar com as trevas, virando as costas para a luz.

“Você sabe por que ruim significa ruim?” perguntava a santa progenitora e explicava: “ruim vem do latim captivus e significa prisioneiro”: captivus diaboli, escravo do diabo.

Os homens que correm à procura das faíscas da falsa luz, a de lúcifer, a estrela que brilha sem ser o sol, são escravos do mundo e prisioneiros do diabo.

Esses escolheram orgulhosamente o carnaval, que não é purificação da febre, mas é a imersão no mal, na traição da lei divina.

O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas
O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas,
e até nas fileiras das "cloacas de impureza" eclesiásticas
E o demônio fazia tudo isso em virtude de sua obra-prima de mentira que, como sabemos, consiste em fingir que ele não existe!

Essa falsa luz hoje ilumina a todos multiplicada pelos meios de comunicação, comenta Tosatti.

À noite, cansado de um dia de afazeres, recados e outras perambulações, ligando a Internet, a TV ou o smartphone, o jornalista encontra na telinha o ano todo, o carnaval de um mundo virado às avessas, mergulhado na inversão dos valores da alma, ensinando a torpeza e o horror.

Então o jornalista gosta ainda mais da Beata Isabel, e, cansado de palavras, fecha as novas venezianas que são as telas digitais e vá para a cama.

Os santos sempre bradaram contra o carnaval. Desde Santo Antônio até São Carlos Borromeo e São João de la Salle que comparava os “maus cristãos” do carnaval aos algozes de Jesus Cristo.

Os comparsas? São como os soldados romanos que “lançaram sortes sobre a túnica do Senhor”.

Os personagens noturnos romanos? Parecem “Judas e quem estava com ele quando aproveitaram a noite para capturar Jesus”.

E assim por diante.

O motivo é simples de entender.

A vida cristã é cheia de alegria, é ordeira, comemora em paz e respira no mais fundo da alma porque está unida a Deus.

Por isso Tosatti fecha as venezianas das telas digitais que refletem de maneira direta o que já vê no mundo.

Sim, o mundo é suficiente para mim, escreve , e não quero vê-lo de novo, nem na tela do smartphone, prossegue ele.

O que vejo é suficiente para mim, enquanto penso em Isabel, que agora, Beata, vive a verdadeira vida nas doces mãos do Senhor, enquanto seus nobres restos mortais repousam na bela igreja trinitária de San Carlino alle Quattro Fontane.

Igreja de San Carlino, altar das relíquias da Beata Isabel, Roma.
É refúgio do Carnaval para Tosatti.
E às vezes, quando o meu coração já não aguenta mais, vou até ela na pequena capela que é o último local de descanso dos seus restos terrenos. E com ela meu coração se dilata.

O Rei do Carnaval hoje reina indiscutivelmente até na Igreja que amo como meus olhos.

Lembro de um franciscano chamado Antônio, conta ainda Tosatti, que conheci há muitos anos e a quem ajudei em suas boas ações num mercado para os pobres que instalou na sacristia da sua igreja.

Distribuíamos roupas e sanduíches a todos os pobres que, com cestos e carrinhos, tinham que ouvir missa.

E aquela missa, era bela e lotada por uma variada humanidade que, enquanto esperava por lenços, mantas e chapéus, ouvia sem pestanejar as longas homilias de padre Antônio, que muitas vezes falavam do demônio.

Então um dia, o Padre foi enviado para não sei onde e em seu lugar veio um franciscano moderno que à noite reúne muitos jovens falando sobre sua experiência de casamento ou de trabalho, dando as costas ao tabernáculo.

Fui apenas uma vez. A igreja que estava quente quando havia os pobres do padre Antônio, naquele desvario de modernidade me pareceu fria.

Sim, mesmo na Igreja, o mundo entrou desordenando tudo e pondo tudo ao contrário.

Um pároco que conheço se gaba de ter esvaziado a sua igreja de fiéis e, em uma homilia, caiu acima dos que fazem oração ou puxam o terço, contou ainda o jornalista.

Suas seguidoras me disseram que logo ele será bispo. É a febre que dura desde o carnaval de fevereiro e continua em março e depois na primavera...

Porque o clero incluída sua mais alta hierarquia aparentemente foi engolido pelo fétido vazio da defecção, das “cloacas de impureza” de que falou Nossa Senhora em La Salette, e acabou escurecida por uma luz negra luciferina.

Que a Páscoa do Senhor seja uma verdadeira Ressurreição da Igreja conclui Tosatti. É também nosso voto que emerge como um clamor do mais fundo de nossa alma.



Profecias da Beata Isabel Canori Mora (português)





Profecías de la Beata Isabel Canori Mora (espanhol)







terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Apostasías em debandada entre os católicos alemães

'Sinodalidade' pôs os fiéis em fuga
'Sinodalidade' pôs os fiéis em fuga
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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No fim de 2022, um total de 20.973.590 pessoas pertenciam à Igreja Católica na Alemanha. Juntamente com as mortes, incorporações e readmissões, isto representa uma diminuição de 708.285 membros da Igreja Católica noticiou “infoCatólica”.

O número de conversões manteve-se relativamente constante em 1.447 (em comparação com 1.465 no ano anterior), enquanto o número de readmissões diminuiu de 4.116 para 3.753.

A maioria das renúncias ocorreu em termos absolutos na arquidiocese de Colônia, com 51.345 (contra 40.772 no ano anterior), seguida por Munique e Freising (49.029, abaixo dos 35.323 do ano anterior) e Freiburg (41.802, acima do anterior). A diocese de Görlitz teve apenas 422 apostasias (em comparação com 254 no ano anterior).

Em termos percentuais em relação ao número de membros que tinha a Igreja Católica no ano anterior, as dioceses com menos demissões foram Görlitz (1,42%), Erfurt (1,7%), Paderborn (1,91%), Magdeburg (1,95%) e Aachen (1,95%).

Nos mesmos termos, as demissões mais numerosas ocorreram em Hamburgo (3,74%), Berlim (3,38%), Munique e Freising (3,14%), Colónia (2,84%) e Dresden-Meissen (2,76%).

Em 2022, os números relacionados com a vida da igreja aumentaram ligeiramente.

O número de casamentos aumentou consideravelmente, de pouco mais de 20 mil para mais de 35 mil. A frequência aos serviços religiosos também aumentou de 4,3 para 5,7 por cento dos católicos.

Progressismo 'sinodal' esvazia igrejas na Alemanha
Progressismo 'sinodal' esvazia igrejas na Alemanha
No entanto, tanto os casamentos como a frequência aos serviços religiosos ainda estavam abaixo do primeiro ano da pandemia da COVID-19 em 2020 (38.500 e 5,9 por cento).

No ano passado, as estatísticas da Igreja já mostravam uma ligeira recuperação no número de sacramentos e sacramentais.

No entanto, o aumento face a 2020 não conseguiu compensar o cancelamento de comunhões, crismas e funerais.

O número de ordenações sacerdotais em 2022 foi de apenas 45 (33 seculares e 12 religiosas).

É evidente que o sínodo da Igreja na Alemanha, que representa uma ameaça de cisma de primeira ordem ao propor mudanças na doutrina e na organização das dioceses, não consegue deter o número de fiéis que abandonam a Igreja na Alemanha.

Na Alemanha, o número exato de católicos e luteranos é conhecido porque os cidadãos que desejam pertencer oficialmente a ambas as confissões devem registrar-se para pagar o imposto religioso. E se não o fizerem ou cancelarem a inscrição, deixam de ser membros.

Dois em cada três alemães querem precisamente que este imposto seja suspenso.

Dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã (DBK), analisou os números das renúncias na sua diocese, Limburgo, dizendo que há muitos anos que se trabalha intensamente sobre a viabilidade futura da diocese. Em um comunicado, ele disse:

«Não nos limitamos a escrever textos e a tomar decisões. Pelo contrário, mudamos as estruturas para que possa crescer uma nova cultura que promova a transparência, permita a participação e evite qualquer tipo de abuso.

Outrora nem a guerra nem a destruição afastava os católicos da Missa
Outrora nem a guerra nem a destruição afastava os católicos da Missa
Bätzing mencionou que está tentando descobrir os pontos fracos do sistema. Ele quer organizar a Igreja de Limburg de tal forma que as pessoas possam desenvolver-se e crescer. Ele também deseja implementar as decisões do Caminho Sinodal.

«Enfrentamos questões e desenvolvimentos importantes no Caminho Sinodal. Principalmente encontramos respostas e queremos promover mudanças. “Estou empenhado em trabalhar nisso e terei prazer em assumir esta responsabilidade pela diocese de Limburgo”.

A Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) já tinha apresentado as suas estatísticas eclesiásticas em março.

Também neste caso, o número de saídas da Igreja aumentou significativamente e ascendeu a 380.000 pessoas, o que representa 100.000 saídas e, portanto, mais 35,7% do que em 2021.

No total, cerca de 19,1 milhões de pessoas pertenciam a uma Igreja membro da EKD em 2021.

Isto representa uma diminuição de 2,9% em relação ao ano anterior. A evolução dos números de membros é “deprimente”, especialmente para todos aqueles que participam na Igreja Protestante a tempo inteiro e de forma voluntária, disse a presidente do Conselho EKD, Annette Kurschus.



terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Rendimento escolar melhora sem celular

Os alunos estão mais participativos desde que entrou a proibição, diz Marc Wasko, diretor da escola secundária de Timber Creek
Os alunos estão mais participativos desde que entrou a proibição,
diz Marc Wasko, diretor da escola secundária de Timber Creek
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Em maio de 2023, lei do estado da Flórida dispôs que as escolas públicas proíbam o uso do celular pelos alunos durante a aula. As escolas públicas do condado de Orange – que incluem a Timber Creek – foram mais longe, impedindo os alunos de usar o celular durante todo o dia letivo, descreveu reportagem do “The New York Times”.

Outros muitos distritos – entre eles South Portland, Maine e Charlottesville City, na Virgínia – proibiram o uso do celular pelos estudantes ao longo do dia todo.

São muitos os pais exasperados com a conduta dos filhos e que querem que as escolas públicas adotem medidas cada vez mais drásticas para afastar os jovens do celular.

Há também uma dúzia de pais do condado de Orange que apoiam a proibição na aula, mas se opõem à interdição durante o dia letivo inteiro porque querem contatar os filhos nos períodos livres.

Legisladores e líderes distritais falam de restrições mais duras porque o uso desenfreado das redes sociais durante as aulas ameaça a educação, o bem-estar e a segurança física dos alunos.

Em escolas bem identificadas, houve jovens que planejaram e filmaram agressões a colegas como entretenimento para postar em plataformas como TikTok e o Instagram.

O segurança Lyle Lake recolhe os alunos que violam a interdição na escola de Timber Creek em Orlando
O segurança Lyle Lake recolhe os alunos que violam a interdição
na escola de Timber Creek em Orlando
Professores e diretores alertam contra aplicativos sociais como o Snapchat que levam alunos a enviar mensagens para os amigos durante as aulas.

A nova lei da Flórida exige também que as escolas bloqueiem o acesso às redes sociais no Wi-Fi do distrito e que orientem os alunos sobre “as mídias sociais que manipulam o comportamento”.

A lei do celular encontrou apoio em todo o espectro político.

O Snapchat disse apoiar os esforços de pais e educadores para promover um ambiente acadêmico saudável, incluindo “limitar o acesso dos alunos a dispositivos durante o horário escolar”.

A TikTok disse que postar vídeos de intimidação sistemática e violência escolar “viola nossas diretrizes da comunidade e são removidos quando os encontramos”. A Meta, que controla o Instagram, não quis fazer comentários, escrevedu o “The New York Times”..

Nikita McCaskill, professora de civismo em Timber Creek, diz que os alunos ficaram mais conversadores e colaboradores
Nikita McCaskill, professora de civismo em Timber Creek,
diz que os alunos ficaram mais conversadores e colaboradores
Estatísticas do Departamento de Educação dos EUA, publicadas em 2021, relataram que cerca de 77% das escolas proibiram o uso do celular não acadêmico durante o horário de aula.

“Houve muita intimidação sistemática (bullying); tivemos muitos problemas com os alunos postando ou tentando gravar coisas que aconteciam durante o período escolar”, contou Marc Wasko, diretor da Timber Creek, que atende cerca de 3.600 alunos.

Lisa Rodriguez-Davis, professora de ensino médio no condado de Orange, disse que “eu os chamo de ‘TikToks de banheiro”, porque marcavam encontros no banheiro, onde filmavam vídeos.

Wasko informou que em Timber Creek confiscaram mais de cem aparelhos e os incidentes relacionados aos celulares, como o assédio moral, caíram rapidamente.

Ele observou que após a interdição os alunos fazem contato visual e respondem quando ele os cumprimenta; e os professores disseram que eles estão mais participativos nas aulas.

“Adorei. Os alunos estão mais falantes e colaborativos”, comentou Nikita McCaskill, professora em Timber Creek.

Segundo alguns estudantes, a proibição tornou a interação com os colegas mais autêntica. “Ajudou as pessoas a ser quem são – em vez de quem são on-line – na escola”, disse Peyton Stanley, aluna do 12ª ano da Timber Creek.

Celulares retidos durante horário de aula na escola de Timber Creek
Celulares retidos durante horário de aula na escola de Timber Creek
Para outros alunos, a escola está parecendo mais uma prisão porque, para ligar para os pais, agora precisam pedir permissão para usar o telefone.

A nova política de telefonia celular nas escolas públicas do condado de Hillsborough, em Tampa, adverte os alunos: “Se vemos, pegamos.”

Lyle Lake, segurança de Timber Creek, patrulha o período de almoço em um carrinho de golfe, pegando os alunos que violam a proibição. Ele os leva à recepção, onde devem colocar o celular em um armário trancado pelo resto do dia letivo. “Costumo acabar com o carrinho cheio de alunos”, contou.

Lake disse que também monitora as imagens das câmeras de segurança.

domingo, 24 de dezembro de 2023

Feliz Natal e bom Ano Novo!









Natal junto ao Presépio com o coração transpassado de dor



terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Mansões de “famosos” tem tudo menos biblioteca

Mansões que exibem bilhões mas faltam livros
Mansões que exibem bilhões mas faltam livros
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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O jornalista espanhol Arturo Pérez-Reverte acompanha celebridades da moda e do jet-set há umas três décadas.

Ele escreveu em “La Nación” ter conhecido celebridades de toda espécie atores, exibicionistas, esportistas, modelos, “banqueiros com ou sem vergonha”, “burros estúpidos de ambos os sexos” com vestidos estilizados, ironizou. 

Na verdade, segundo ele, são analfabetos pouco apresentáveis, que enchem sem cessar jornais, rádios, TVs, redes sociais e capas de revistas ávidas de retornos econômicos. Como, aliás, fazem seus continuadores nas redes sociais.

O que faz que essa gente sem verdadeiras qualidades morais, familiares, históricas, culturais, meros figurinos da moda, encher manchetes?

Aparecem e desaparecem sem cessar prometendo entretenimento.

Muitos milhões gastos em tudo menos para cultura diz Arturo Pérez-Reverte
Muitos milhões gastos em tudo menos para cultura diz Arturo Pérez-Reverte
Entretanto, o que fazem não é genuinamente divertido, amigável, alegre, agradável, atraente, charmoso, engraçado, sedutor, fascinante, sugestivo, agradável, jovial, folclórico ou qualquer sinônimo capaz de dar variedade à diversão. Nada disso, comenta Pérez-Reverte.

Pelo dinheiro, a revista ou a rede social visa o hilário ou o sensacional. É raro ter uma semana em que não haja meia dúzia de assuntos com esse adjetivo. Há muito tempo tudo é divertido para os meios ou para as redes.

As reportagens mostram a luxuosa mansão de algum deles: a influencer num local inesperado, a designer que descreve sua propriedade com cães ou bichos de estimação incluídos, o esportista ou artista exibe milhões gastos em extravagâncias.

Um dado revelador entretanto é a ausência de bibliotecas nas casas dessas pessoas. Em todos os casos procuro ver se exibem uma biblioteca que era de se esperar em mansões desse nível. Mas nunca encontro, ou quase nunca, confia Pérez-Reverte.

As fotos mostram a sala de jantar, a sala de estar, quarto, banheiro, piscina; mas, muito raramente aparece uma biblioteca que em alguns casos, e é justo dizer, é muito boa.

A maior parte do que os médios chamam de bibliotecas são salas onde há alguns livros antigos ou formatados sobre arte, viagens e afins, colocados mais para decoração do que para leitura.

Despesas fabulosas para ricazos 'analfabetos'
Despesas fabulosas para ricazos 'analfabetos', segundo Arturo Pérez-Reverte
Basta ver como eles ficam nas prateleiras, encostados uns nos outros de uma forma que nenhum leitor de verdade arrumaria os seus. Falta o núcleo elementar de uma biblioteca séria.

Tudo isso me comunica uma dúvida mais ou menos razoável, comentou o jornalista.

Será que essa habitual ausência de bibliotecas se deve ao fato de não haver livros nas casas fotografadas?

A filha Carlota do autor, quando tinha oito anos foi à festa de aniversário de uma amiga. E voltou muito impressionada dizendo: “Ei, papai, com certeza os pais da Marcela estão com os livros lá embaixo, no porão, porque não vi nenhum lá em cima”.

Será que tinham? Essa ausência é reveladora do profundo vazio moral e cultural desses tão promovidos influencers.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Não exercer a autoridade é abandonar os filhos ao desespero

O vazio de autoridade leva à depressão, o desespero e até o suicídio
O vazio de autoridade leva à depressão, o desespero e até o suicídio
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Lindsay, Lucas, Dinah, Thibaut são os nomes dos adolescentes mais jovens que se suicidaram após serem vítimas de assédio moral (bullying) na França, narrou reportagem de “Valeurs Actuelles”.

Marie-Estelle Dupont, autora do livro “Ser pais em tempos de crise”, (Guy Trédaniel Éditeur, 216 páginas, 19,90€) explica que o vício do assédio virou um fenômeno de sociedade e é sintoma de uma doença social.

A natureza humana não muda e a tendência a criar um bode expiatório sempre existiu.

Porém, o que agora espanta é a frequência, a precocidade e o nível de barbárie atingida sob o olhar impassível de adultos que omitem o dever que lhes cabe por sua posição de autoridade.

As instituições que tem responsabilidade sobre as crianças tampouco intervém.

Os adultos devem por limites e interdições às crianças para ajuda-las a se estruturar.

Recusar o exercício dessa autoridade equivale a entregar as crianças a uma falsa liberdade para a qual não estão preparadas, explica o psiquiatra infantil Philippe Jeammet.

Omitindo a missão sagrada de proteger ao infante, os adultos se tornam cúmplices da barbárie.

Abandonados pelos adultos, os filhos cessam de acreditar numa figura que deve ser seu protetor, seu auxilio, e são assaltados pelo pensamento de cessar de sofrer cometendo suicídio.

O assédio na escola não é mais do que um sintoma de uma constelação de péssimos sinais que refletem uma inversão dos valores: os adultos não pensam que eles estão obrigados a cuidar dos minores.

Na psiquiatria e sobre tudo na psiquiatria infantil se constata há vinte anos um continuado aumento da violência entre os mais jovens, decorrente de uma derrocada psíquica generalizada no homem contemporâneo.

A aceleração desta violência é o fruto da perda de valores espirituais iniciada em Maio de 1968.

O ser humano reduzido a contribuinte ou consumidor está perdendo a alma e se afasta do sagrado.

Família camponesa austríaca antiga. Num ambiente assim o suicídio das crinaças era inimaginável
Família camponesa austríaca antiga e o fotógrafo.
Num ambiente assim o suicídio das crinaças era inimaginável
A curva da violência é uma tendência verificável até na linguagem. Se a criança ouve a autoridade usando o palavrão qual respeitabilidade vai ter? Ela adota o mesmo linguajar sujo e a violência que vai junto.

Como explicar a covardia daqueles que têm autoridade? Não haveria esse “fracasso” de pais, educadores e autoridades públicas se todos tivessem mantido o seu lugar.

O nível de barbárie que apareceu nas crianças é realmente surpreendente. Algumas parecem nunca ter sido humanizados, comportando-se como verdadeiros zumbis.

Com o celular, as crianças vítimas de bullying não têm mais descanso, a casa não tem mais paredes. Há uma abolição pelo mundo virtual da fronteira entre a realidade e a imaginação.

Brincar é essencial para aprender a diferença entre realidade e imaginação. Quanto menos tempo os pais dedicarem para brincar com os filhos, mais eles serão entregues a telas onde essa diferença é completamente abolida. Isto pode contribuir para descompensações psicóticas.

Se a diferença entre realidade e a imaginação é frágil numa criança, como podemos impor uma proibição? Enquanto isso, a diferença radical entre a vida e a morte está sendo abolida em videojogos e filmes stream, estimulada pelo anonimato das redes sociais.

A barbárie nas redes sociais, jogos ou cenas, esvazia o senso da existência, há uma dessacralização e uma desencarnação ligada ao puramente virtual.

Tudo então se torna possível. Assassinato e suicídio incluído.

Poucos dias depois de Lindsay ter sido levada ao suicídio por outros jovens, Henri, chamado de “herói mochileiro”, distinguiu-se pela coragem ao evitar uma verdadeira carnificina em Annecy.

Como ensinaremos essa coragem aos nossos filhos?

Quando a criança é olhada, amada, respeitada, valorizada e lhe dizemos a verdade e corrigimos suas más tendências, apesar dos constrangimentos, ela adquire referenciais internos estruturantes.

A dignidade do outro que transmitimos à criança é exatamente o oposto do cada um por si, inerente ao progressismo.

A melhor maneira é oferecer esperança à criança. E essa pede o sagrado. Se oferecermos aos nossos filhos uma ideologia mortalmente progressista, onde o homem com uma consciência diminuída, substitui Deus, então alimentamos a ilusão da onipotência.

Henri, o exemplo contrário, foi criado com a ideia de que havia algo maior do que ele, foi nutrido pela esperança da transcendência.

A sociedade que esta omissão pressagia dá as mais preocupantes sinais: aumento dos distúrbios psicológicos infantis, abandono dos estudos por não encontrarem um sentido para a vida.

Foi sendo criada uma fábrica de adultos deprimidos e/ou violentos, com grandes problemas de saúde mental, que será o principal tema de saúde pública amanhã, e tudo isso em nome da “liberdade”!

A tecnologia e o relativismo moral produz um exército de zumbis isolados atrás de uma tela, recebendo comida pelo delivery e conversando entre si por meio de avatares no metaverso.



terça-feira, 28 de novembro de 2023

O “modo monge” desafoga desligando redes sociais

Bombardeio de mensagens digitais prejudica produtividade
Bombardeio de mensagens digitais prejudica produtividade
Luis Dufaur
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A dificuldade de se concentrar no trabalho por causa dos e-mails, mensagens e notificações de redes sociais, a perda de tempo assistindo a vídeos virais está causando estragos no trabalho.

Para fugir do cerco da tecnologia que lhes impede concluir o trabalho um número crescente de pessoas que querem ser mais produtivas e recuperar o equilíbrio mental, acharam uma solução, explicou “La Nación”.

Susie Alegre, por exemplo, bloqueia o acesso de seu celular às redes sociais pelo tempo que ela precisar.

Ela é uma advogada baseada em Londres, que diz que desta forma se concentra melhor, eliminando as distrações.

“É incrivelmente difícil ter um smartphone e não perder um tempo significativo apenas por pura força de vontade”, reconhece.

Alegre usa o aplicativo Freedom (“liberdade”) que permite escolher as redes sociais e sites a ser bloqueados ou desconectados completamente. Ela seleciona o tempo do bloqueio em horas e minutos, que pode alterar ou cancelar.

Outros aplicativos semelhantes são ColdTurkey, FocusMe e Forest.

Pelo aumento de popularidade deste método e pela maior produtividade obtida foi chamado de “modo monge” porque implica dedicar-se a uma única tarefa sem a intrusão de tecnologia ou outras distrações.

No TikTok os vídeos rotulados #monkmode já haviam acumulado mais de 77 milhões de visualizações e aumentavam.

Alegre elogia o “modo monge” porque a ajudou a se concentrar na escrita de seu livro “Liberdade para Pensar”, publicado no ano passado.

Susie Alegre apelou ao 'modo monge' para poder escrever Freedom to Think
A advogada Susie Alegre apelou ao 'modo monge'
para poder escrever Freedom to Think
Desconectar-se das redes sociais e da Internet não é fácil, diz Grace Marshall, autora e treinadora de produtividade.

Ela aponta numerosos estudos que destacam a natureza viciante da vida digital. “Você recebe um ping em um dispositivo e isso cria um circuito aberto”, diz Marshall.

“Nosso cérebro quer fechar esse ciclo olhando para a notificação porque recebemos uma injeção de dopamina [uma substância química natural liberada no cérebro que nos faz sentir bem] quando fechamos o ciclo.”

Marshall acrescenta que as interrupções por e-mail no trabalho são problemáticas.

“A tecnologia é instantânea, com e-mails e aplicativos como Slack, Microsoft Teams e mensagens. As pessoas muitas vezes sentem que a expectativa é que respondam instantaneamente.”

“Não se trata apenas do aspecto concentração e produtividade, trata-se também do impacto na saúde mental”, diz Marshall.

O fundador de Freedom, Fred Stutzman, explica que o aplicativo tem mais de 2,5 milhões de usuários em todo o mundo.

A Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, emprega centenas de doutores e cientistas comportamentais para tornar o aplicativo mais sedutor e excitante.

Por isso Stutzman se orgulha de “usar a tecnologia para resistir à tecnologia” porque as Big Techs empreenderam “uma luta contra a pessoa comum que não é justa.”

Diz-se que as plataformas mais bloqueadas são Instagram, Facebook e Twitter.

Vladimir Druts, cofundador da FocusMe, argumenta que o vício em mídias sociais deveria ser levado mais a sério. “A sociedade acha que só as drogas ou jogos de azar são vício. Mas muitas vezes não percebemos que estamos viciados em nossos dispositivos e em nossas muletas digitais.”

Druts interpreta o “modo monge” como um movimento contra o desejo constante de gratificação instantânea.

Com a ascensão da inteligência artificial (IA), no futuro as distrações da tecnologia só vão aumentar, diz Druts.

“A IA está simplesmente aumentando a quantidade de conteúdo disponível”, afirma ele.

“Veremos um crescimento exponencial de aplicativos competindo pela sua atenção. O “modo monge” definitivamente ficará mais forte.


terça-feira, 21 de novembro de 2023

Afunda cidade “libertária” nos EUA

Ursos invadiram a cidade à cata de lixo não recolhido
Ursos invadiram a cidade à cata de lixo não recolhido
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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A pequena cidade de Grafton, no estado de New Hampshire, nordeste dos EUA na fronteira com o Canadá, tentou um experimento político “libertário” que seriam sem precedentes.

E os resultados foram os piores que acontecem nesta matéria há milênios, mostrou reportagem de “La Nación”.

Um grupo de autodenominados “libertários” ali se instalou visando provar com o Projeto Cidade Livre que a presença de um governo é opressiva e produz pobreza e que se deve suprimir regulamentações e impostos, mesmo os mais razoáveis, para provar que a sociedade que age por conta própria, se auto-regula e floresce.

Em resumidas contas, a autogestão socialista, mas posta em prática por liberais dá certo e que os princípios de direito natural e católicos nem são precisos.

Em poucos anos houve uma drástica deterioração dos serviços públicos, aumentou a violência criminal e inusitados ataques de ursos negros alvejaram os moradores.

O libertarianismo político-filosófico decreta caprichosamente que a “liberdade individual é o valor político supremo” podendo cada pessoa viver a sua vida e dispor de seu corpo e bens como lhe dê na telha sem interferir nos direitos de outros a debandarem seu capricho, explicou o cientista político venezuelano Luis Salamanca.

O crime outrora era desconhecido, e agora falta até polícia
O crime outrora era desconhecido, e agora falta até polícia
“Para o liberalismo clássico, o melhor é que o Estado não exista, mas o tolera como um vigilante da atividade produtiva e regulador mínimo.

“Os anarco-capitalistas, são os libertários mais puros e radicais que dizem que o Estado é o inimigo que deve ser liquidado”, acrescentou o ex-diretor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Central da Venezuela (UCV).

O especialista destacou que no Partido Republicano há setores que defendem estas ideias.

Eles escolheram Grafton porque um libertário de nome John Babiarz estava concorrendo a governador e na população pequena poucos eleitores libertários poderiam aprovar decretos e impostos municipais.

Em poucos meses cerca de 200 libertários que se conheceram pela Internet, se mudaram para a cidade para iniciar uma experiência mais parecida com uma comuna hippie ou uma taba indígena, que se beneficiava com os recursos das modernas tecnologias.

Os novos vizinhos, que não se conheciam, defendiam a posse de armas, muitos viviam em casas móveis ou tendas nas florestas que rodeiam a cidade e impuseram suas ideias à comunidade.

Biblioteca Municipal ficou restringida
Biblioteca Municipal ficou restringida
Quiseram remover a autoridade que supervisiona as escolas, declarar a cidade “zona franca das Nações Unidas”, e reduziram em 30% o pequeno orçamento municipal.

Mas não cumpriram a promessa de que haveria menos impostos e mais dinheiro no bolso dos moradores.

Na cidade vizinha de Canaan, os residentes pagam apenas 70 cêntimos a mais em impostos e têm ruas e estradas pavimentadas e iluminadas, enquanto as de Grafton estavam cheias de buracos.

Não havia iluminação pública nem coleta de lixo, a biblioteca pública só abria 3 horas por dia e a polícia não podia pagar os agentes, excetuado o delegado-chefe.

Sem patrulhamento e com moradores armados e convencidos de que tinham o direito de fazer o que quisessem, a cidade registrou os primeiros assassinatos e um aumento de 12% de crimes violentos.

Acresce que os residentes na utopia libertária foram assaltados por uma onda de ataques de ursos. Esses foram atraídos porque os libertários que viviam na floresta espalhavam o lixo.

A cidade recusou-se a apelar às autoridades regionais e os ursos tornaram-se mais ousados e passaram a ver os seres humanos como fonte de alimento.

Doze anos após o inicio do enganador sonho muitos libertários partiram, mas nada foi feito para reparar os danos causados.

Foi assim que um grupo de recém-chegados controlou uma cidade e a desmantelou sem que ninguém tomasse medidas, porque agiam dentro do Estado de direito, e as autoridades estaduais ou federais não intervinham.

Caos invadiu cidade 'libertária'
Caos invadiu cidade 'libertária'
O que aconteceu em Grafton lança dúvidas mais do que razoáveis de que o libertarianismo possa ser lançado com sucesso por êmulos biriquinos.

O Estado como ensina a Igreja tem uma razão de ser e, sem abusos, é um fator decisivo para a boa ordem.

Em Grafton, a liberdade foi falsamente oposta à ordem e acabou morrendo só ficando a força e a lei do mais forte.

Entregar o poder a uma corrente política do gênero “é arriscar o caos e a anarquia, que podem nos levar de volta à tirania”, explicou o politólogo venezuelano Luis Salamanca.



terça-feira, 14 de novembro de 2023

Supremo Conselho laicista proibe estátua de São Miguel esmagando Satanás

Franceses manifestam para manter a estátua de São Miguel esmagando Satanás
Franceses manifestam para manter a estátua
de São Miguel esmagando Satanás
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A imagem do arcanjo São Miguel vencendo o diabo no Apocalipse, não condiz com a lei da laicidade julgou o Conselho de Estado da França, o tribunal supremo nacional para a justiça administrativa, noticiou “Infocatolica”.

Paradoxalmente a França é um Estado laico em consequência do anticristianismo da Revolução Francesa, porém, o cerne da disputa administrativa foi de natureza religiosa, católica e dogmática, excetuadas algumas chicanas formais para dissimular a natureza do que se estava julgando.

De fato são numerosos os especialistas em história e religião que apontam o espírito satânico e anticatólico que moveu a Revolução Francesa e as Repúblicas que ela gerou em outros países.

A estátua do arcanjo derrotando a Lúcifer que tanto incomodou os defensores do laicismo está na cidade de Sables-d'Olonne, na região de Vendée, desde 2018.

A região testemunhou a mais sangrenta guerra civil da nação francesa, tentando os revolucionários laicistas exterminar os católicos monarquistas.

A disputa pela estátua reaviva a lembrança daquela guerra civil de forte essência religiosa.

A população local, a freguesia e a câmara municipal estão muito desiludidas com a decisão do Conselho de Estado, criado por Napoleão Bonaparte, um dos generais revolucionários que mais fez correr sangue tentando afogar o descontentamento católico naquela guerra civil.

Conselho de Estado filho da Revolução Francesa atropela a fé dos cidadãos de Sables-d'Olonne
Conselho de Estado filho da Revolução Francesa atropela a fé dos cidadãos de Sables-d'Olonne
Em 2022, a Câmara Municipal consultou a opinião local em dois referendos sobre o assunto. Os resultados apontaram que 94,5% dos habitantes querem manter a estátua.

Se o laicismo triunfante desde 1789 até hoje fosse coerente deveria se submeter à opinião democraticamente expressa da população.

Mas revelou o espírito que seus adversários sempre denunciaram: um espírito inspirado na revolta infernal de Lúcifer que permeia a História desde seus inícios até o Juízo Final.

Para evitar problemas com as leis revolucionárias, a igreja e o conselho da cidade tentaram converter o terreno em que a estátua está em propriedade privada, escreve o jornal “Sud Ouest”. Mas, foi em vão: havia outros motivos que os oponentes não ousavam confessar.

Jovens franceses defendem a estátua de Nossa Senhora que o laicismo quer tirar
Jovens franceses defendem a estátua de Nossa Senhora que o laicismo quer tirar
O prefeito de Sables-d'Olonne está descontente com o acórdão e promete que embora “nossa estátua está condenada a ser derrubada”, ele encontrará outras formas para que “a vontade e o voto dos habitantes sejam respeitados”, e que a estátua permaneça no local exato onde está.

A mesma associação laicista Libre Pensée que promoveu o processo contra São Miguel Arcanjo em Sables-d’Olonne, procura remover uma imagem de Nossa Senhora das Graças na pequena cidade de La Flotte-en-Ré, em Charente-Maritime.

Ela apela aos mesmos artifícios judiciais contra Nossa Senhora, contrariando a vontade popular que diz que respeita como soberana, aliás falsamente, informou também o jornal “Sud Ouest”.



terça-feira, 7 de novembro de 2023

Gigantes de tecnologia jogam fora o home office

Back-to-office
Back-to-office
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






As Big Techs, grandes companhias de tecnologia do mundo, de início abraçaram o “trabalho onde quiser” ou “home office”.

Três anos depois querem trazer os funcionários de volta para os escritórios. Companhias como Google, Amazon e Zoom dizem que os projetos funcionam melhor quando as pessoas estão reunidas.

Andy Jassy, presidente da gigante de comércio eletrônico, quer ver os funcionários pelo menos três dias da semana e avisou que quem não concorde podia não “se encaixar” mais na empresa.

Jassy justificou que assim funcionava melhor a empresa.

A Apple imitou a decisão e poderá distribuir advertências.

O Google também exige que os funcionários compareçam três vezes na semana e as ausências pesarão na avaliação de desempenho individual.

A Meta de Mark Zuckerberg enviou comunicado dizendo que o trabalho era mais “refinado” quando feito presencialmente e que a área de engenharia trabalhava melhor nos escritórios.

A Microsoft ainda preserva flexibilidade e os funcionários podem trabalhar remotamente em “50% do tempo”.

Elon Musk que assumiu a rede social ex-Twitter (agora X), exigiu o trabalho presencial pois o bilionário não foi adepto do home office, e as demissões atingiram mais de 80% dos colaboradores.

O empresário exigiu que todos voltassem ao trabalho nos escritórios: “não é mais permitido”, disse em email.

O serviço de videochamadas Zoom disse acreditar “numa abordagem híbrida estruturada” e demitiu cerca de 15% de seus funcionários.



terça-feira, 31 de outubro de 2023

Apito da Morte asteca traz ao Halloween satanismo de religiões indígenas

Apito da Morte Asteca
Apito da Morte Asteca
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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A tecnologia atual permite descobrir histórias, elementos, curiosidades e até sons da humanidade de séculos atrás.

Agora os historiadores têm identificado um dos barulhos mais aterrorizantes ouvidos na Terra e que esclarece um problema polêmico na América Latina.

O instrumento causador desse ruído terrifico recebeu o nome de “Apito da Morte Asteca”. Ele tem o formato de uma caveira e acredita-se que tenha sido usado em cerimônias de sacrifício em homenagem ao deus do vento, Ehecatl, escreve “La Nación”.

Uma empresa americana pensando nas tendências atuais para o monstruoso recriou uma nova versão. O resultado foi tão impressionante quanto chocante.

Para isso recorreu a um grupo de especialistas que recriaram o satânico instrumento asteca graças a uma impressora 3D. Assim reconstruíram cada parte da anatomia humana para imitar o grito de um homem sendo morto.

O instrumento tem forma idêntica ao apito original em forma de crânio encontrado na mão de um esqueleto sem cabeça na Cidade do México em 1999.

Provavelmente se tratava de uma vítima sacrificada em um templo asteca, culto que o comuno-progressismo prefere ao católico trazido por missionário e colonizadores..

A princípio os arqueólogos não deram muita importância a este objeto e chegaram a afirmar que se tratava de um brinquedo.

Porém, 15 anos depois, um cientista teve a ideia de soprar por um buraco na parte superior do aparelho e o resultado assustou mais de um porque parecia um humano gritando. Aí começaram as diferentes teorias sobre sua utilidade.

<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzh_9rmgc-hTxUIfvBXXjWxo1JWGA5XgMUUgh9PHniRa-6FI11XvG39dTV7HMH6NDy_oUpPymzTsHW3gLRHwVSGDueAuVuBFO739TGbfhk5Rx3rtVTPpi5llZC26Fll7qSNjrVpQvYyToLtKD-r2drBWW6tXEm4qJpFbvZTUZckfA2QjQ1nc8VfhrokQw/s1440/Apito%20da%20Morte%20Asteca%2001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Apito da Morte Asteca" border="0" data-original-height="810" data-original-width="1440" height="498" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzh_9rmgc-hTxUIfvBXXjWxo1JWGA5XgMUUgh9PHniRa-6FI11XvG39dTV7HMH6NDy_oUpPymzTsHW3gLRHwVSGDueAuVuBFO739TGbfhk5Rx3rtVTPpi5llZC26Fll7qSNjrVpQvYyToLtKD-r2drBWW6tXEm4qJpFbvZTUZckfA2QjQ1nc8VfhrokQw/w885-h498/Apito%20da%20Morte%20Asteca%2001.jpg" title="Apito da Morte Asteca" width="885" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Apito da Morte Asteca</td></tr></tbody></table>

Enquanto alguns afirmavam que era usado para o sacrifício de uma pessoa em homenagem ao deus do vento, outros apontavam que era um ruído para ajudar as almas a viajarem após a morte quando eram sacrificadas. Em qualquer caso o som é sinistro e apavorante.

Acredita-se também que o apito foi dado ao esqueleto como um dispositivo de proteção para afastar os maus espíritos quando ele deixava este mundo.

Uma quarta teoria indica que os guerreiros usavam esses apitos para causar medo nos corações dos inimigos.

O Apito da Morte Asteca foi listado como um dos sons mais aterrorizantes do mundo.

O curioso desse artefato é que ele imita a laringe humana. Quando soprado, o ar se divide em dois, criando uma onda sonora oscilante que circula por uma câmara antes de escapar por um segundo orifício.

“Acredite ou não, este não é um choro humano”, explicou James J. Orgill no canal educacional Action Lab (YouTube).

“O som que o apito da morte faz inatamente causa medo em seu coração”, continuou ele antes de explicar a história do apito e mostrar como soava.

A empresa americana HeyGears, teve a ideia de fazer seu próprio Asteca Death Whistle com uma impressora 3D.

Apito da Morte Asteca
Apito da Morte Asteca
Dentro do seu extenso catálogo existem apitos de diferentes tamanhos e materiais à base de resina, cerâmica e fibra de carbono, pelo que cada um produz um som diferente.

Este produto, denominado apito mortuário faz muito sucesso entre os engenheiros de som que o usam em produções dramáticas em filmes ou aqueles que desejam dar um toque especial às suas saídas de Halloween.

Seja qual for o seu uso, dá arrepios ao ouvi-lo e é procurado para as más dissimuladas festas de sabor diabólico do Halloween.

O apito também é revelador dos crimes monstruosos que faziam parte das religiões indígenas antes dos missionários pregarem a doce palavra de Jesus Cristo.

É claro que o comuno-missionarismo que se manifestou, entre outros, no Sínodo da Amazônia, quer silenciar estas revelações da ciência, e continua louvando as religiões indígenas e reprovando a gloriosa evangelização católica.


Reprodução do apito asteca da morte