Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo o número de cocainômanas e mulheres alcoólatras vêm aumentando rapidamente.
Nas unidades de atendimento de São Paulo foram hospitalizadas 365 mulheres em 2006 por dependência dessa devastadora droga. Em 2008 o número pulou para 696. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também constatou a alarmante tendência.
A cocaína até não muito era vício que só se encontrava entre os homens. No País há dez casos de intoxicação por droga notificados a cada dia.
O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Unidade de Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explicou que habitualmente os cocainômanos abusam também do álcool. “O uso combinado vira uma bomba relógio para o coração”, explicou. Na delicada contextura feminina a mistura pode provocar a morte.
O psiquiatra Daniel Cruz Cordeiro explicou a influência de figurinos da moda e da música, como Britney Spears e Amy Winehouse, no aumento do consumo de drogas.
Elas são apresentadas pela mídia não como toxicômanas em estado de risco “mas sim como mocinhas loucas, que não têm nada a perder e se esbaldam nas drogas”, e ‘só’ “querem beber e dançar mais, usar mais drogas variadas para se divertir mais.”
A Fundação Oswaldo Cruz apresentou relatório segundo o qual as mortes por overdose bateram recordes.
Em 2007 elas atingiram o segundo lugar na escala da morte por intoxicação, no caso dos homens. Verificaram-se 64 óbitos em 2007 contra 7 em 2000. Os números absolutos não parecem elevados, mas indicam uma tendência preocupante.
O aumento das mortes deve-se também ao aumento na mistura de drogas, por vezes potencializadas indevidamente com certos remédios.
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