Torre tobogã na catedral anglicana de Norwich. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Catedrais medievais inglesas outrora católicas, confiscadas após o cisma protestante de Henrique VIII, viraram centro de lazer dotados até de tobogã, minigolfe, paisagens lunares ou um modelo realista da Terra pendurado do teto, segundo descreveu o jornal “The New York Times”.
As profanações estão na continuidade lógica da revolução protestante que fez da religião uma fonte de satisfações subjetivas.
As mudanças evocam a transformação das igrejas em centros de diversão ateus na ex-URSS. Já no seu início, a explosão de orgulho e sensualidade luterana deu no igualitarismo das seitas protestantes mais radicais que levou aos primeiros ensaios de comunismo, como no caso dos anabaptistas de Münster.
Na catedral de Norwich, Inglaterra, um tobogã serpenteia como num parque de diversões, debochando das sacrais colunas góticas da nobre catedral de pedra. O ‘cônego’ anglicano da catedral, Andy Bryant, defende a folia como fonte de uma “nova perspectiva sobre a religião”.
O ‘cônego’ anglicano Bryant não é um religioso consagrado. Como todos os eclesiásticos anglicanos, trata-se de um funcionário público concursado, pago pelo governo.