terça-feira, 29 de agosto de 2023

Europeus acham que vão na direção errada

Para europeus, dirigismo da UE, arregela o continente e o leva ao fracasso
Para europeus, dirigismo da UE, congela o continente e o leva ao fracasso
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Entre 6 e 9 de junho de 2024 os europeus vão definir nas urnas a futura composição das instituições da União Europeia.

Porém, a maioria deles acha que seus países estão indo na direção errada por culpa dos políticos que se apresentam para ocupar as cadeiras eletivas, observou a “Folha de S.Paulo”.

Quase metade tem essa opinião negativa do próprio bloco como independente do juízo sobre os representantes; e oito em cada dez pressagiam que o padrão de vida já caiu ou vai cair no próximo ano.

Os negros humores refletem as crises que flagelam o continente e foram medidos pela pesquisa Eurobarometro, do Parlamento Europeu.

400 milhões de eleitores de 27 países-membros devem escolher 705 eurodeputados, que por sua vez vão nomear a cúpula do bloco, incluindo o todo-poderoso presidente da Comissão Europeia, com mandatos de cinco anos.

Após o fiasco do Brexit e a devastação da pandemia de Covid-19, pareceu que chegava a recuperação econômica, mas do Leste Europeu veio a guerra que trouxe inflação e ondas de descontentamento.

Forças políticas da ultradireita sorrateiramente simpatizantes do agressor Putin, e até financiadas por ele, ganharam espaço em países como França, Itália, Suécia, Espanha, Alemanha e Áustria.

Para pior, a Comissão acumulou poderes, aproveitando a pandemia e as tratativas da Guerra da Ucrânia e o bloco ficou na dependência militar dos EUA, de cuja libertação fizera um das razões de ser de União.

Nesse clima, 47% dos entrevistados acham que a União Europeia avança tristemente na direção errada, embora a percentual já foi pior no fim de 2022. Apenas um terço (32%) acha que está indo na direção certa.

Para muitos europeus a UE está implantando um ditatoriallismo que lembra a falida URSS
Para muitos europeus a UE está implantando um ditatorialismo que lembra a falida URSS

Mas, a percepção piora quando o entrevistado opina sobre seu próprio país. Para 61%, as perspectivas são ruins, e só 26% acham que são boas. Os mais pessimistas são os eslovacos (75%), os gregos (74%) e os franceses (73%).

Para a grande maioria (79%) o padrão de vida caiu ou cairá mais no próximo ano. Mais da metade (57%) está insatisfeita com as medidas adotadas pela UE para conter a queda e 65% repudia as medidas para o mesmo dos governos nacionais.

A Rússia continua tendo a imagem de pesadelo da União Soviética e 76% aprova a resposta do bloco contra a invasão da Ucrânia, com tendência de alta na percentagem.

“De um lado, os cidadãos sentem que a crise tem um impacto em suas vidas pessoais, no padrão de vida, mas, de outro, isso não impacta negativamente o apoio que a UE está dando à Ucrânia”, afirmou Philipp Schulmeister, diretor do dirigista monitoramento de opinião pública do Parlamento Europeu.

A pesquisa Eurobarometro foi feita entre 2 e 26 de março do ano (2023), com 26.376 pessoas acima de 15 anos residentes em todos os 27 países do bloco. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual.

Sintomaticamente a Sociedade Francesa para a Defesa da Tradição, Família e Propriedade – TFP –havia previsto que isto aconteceria ao denunciar o Tratado de Maastricht, documento basilar da atual União Europeia.

O Tratado adotado foi de difícil compreensão, ambicioso e impreciso, lhe conferiu um caráter notoriamente indigesto. A confusão de sua linguagem jogou o desventurado cidadão leitor numa espécie de vertigem: por mais que se esforçava, pouco ou nada compreendia, observou a TFP francesa.

Há anos, o desnaturamento dos países por seus políticos se apronta para estourar com o países
Há anos, o desnaturamento dos países por seus políticos
se apronta para estourar com o países
O resultado da “confusão de línguas” que se espraia desta torre de Babel pan-européia descoroçoa o eleitor e lhe tira a vontade de votar, constatava a TFP em 1992, como se já estivesse em 2023!

E se perguntava se o caráter enigmático do Tratado não é um artifício para encobrir o fundo do que está em jogo e atrair os eleitores por uma apresentação irracional da instalação de uns “Estados Unidos da Europa”.

Em convergência com essa utopia, o ditador saudoso do comunismo soviético Vladimir Putin, desde o Kremlin trabalha para criar uma “União Euro-asiática” também indo de Portugal até os Urais.

Não teria diferença? Sim, haveria: a capital. A da União Europeia está ficando em Bruxelas. A da União Euro-asiática ficaria em Moscou.

E os mal-estares populares nos russos parecem ser de longe muito maiores que os dos europeus.



terça-feira, 22 de agosto de 2023

Jovem católico impediu com uma mochila o apunhalamento total de quatro crianças

Imigrante árabe tenta matar crianças e rapaz da mochila reage
Imigrante árabe tenta matar crianças e rapaz da mochila reage
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Abdalmasih H., imigrante do Meio Oriente de 31 anos, esfaqueou selvagenmente quatro criancinhas que estavam em seus carrinhos passeando em Annecy, turística cidade dos Alpes franceses, egundo descreveu “La Nación”.

Um jovem francês de 24 anos de nome Henri que passava casualmente pela praça usou sua mochila para enfrentar o agressor e pô-lo em fuga.

Muitos franceses depositaram flores na área de jogos infantis, e a mídia, sempre acobertadora dos atentados islâmicos, desta vez se encheu de elogios a Henri, apelidado “o héroe da mochila” – “le héros au sac a dos”, em francês.

O imigrante feriu gravemente a quatro crianças de entre 22 meses e 3 anos de idade, e também a dois adultos.

Até o presidente Emmanuel Macron, muito criticado pelo seu laxismo diante da criminalidade islâmica foi à cidade alpina de Annecy, para agradecer a médicos, policiais, bombeiros e até a Henri!

Henri se defendia com uma mochila na mao enquanto o atacante tentava esfaqueá-lo. Mas Henri o perseguiu até se afastar.

Imigrante tenta apunhalar crianças em playgroun de Annecy
Imigrante tenta apunhalar crianças em playground de Annecy
O jovem, que estuda filosofia e administração explicou que reagiu desse modo porque era vontade de Deus que ele estivesse ali para intervir.

Como católico disse que uma força dentro dele, presumivelmente uma graça, o empurrou a reagir. “Deixei-me guiar pela Providencia e pela Virgem Maria. Pronunciei meu adeus à vida e deixei que eles decidissem o que aconteceria.

“Só sei que não foi por acaso. Em minha viagem às catedrais, encontrei esse homem e agi instintivamente. Era impensável não fazer nada”, declarou a CNEWS. “Tentei agir como todos os franceses deveriam ou iriam agir”.

Fez muito bem, mas infelizmente não são todos, neste mundo descristianizado, que reagem assim com espírito de Fé.

Momentos em que o jovem católico enfrenta assassino e o põe em fuga
Momentos em que o jovem católico enfrenta assassino e o põe em fuga
Henri tem o perfil de Instagram “Le chant des cathédrales” (“A canção das catedrais”), onde ele narra suas aventuras percorrendo a pé as 280 catedrais francesas.

O pai de Henri, François, contou que “ele não parou de correr atrás do agressor por muitos minutos, para evitar que ele voltasse e matasse ainda mais crianças. Acho que evitou a carnificina assustando-o. Realmente muito corajoso”.

François pediu que seu sobrenome não fosse publicado, para preservar a sua família aos olhos do público em um momento de choque e indignação na França provocado pela brutalidade do ataque e pelo desamparo das jovens vítimas, semelhante ao de outros casos análogos.

Catedral Notre Dame de Paris antes do incêndio
Catedral Notre Dame de Paris antes do incêndio.
O amor das catedrais vivia no jovem herói da mochila
“Atacar crianças é o ato mais bárbaro que se possa imaginar”, disse o chefe de Estado que, segundo a primeira-ministra Elisabeth Borne, quatro menores “foram submetidos a cirurgia e estão sob vigilância médica permanente”.

Abdalmasih obteve asilo na Suécia em 2013 e teria chegado à França no final de 2022.

Após ser submetido a exame psiquiátrico, o tribunal prorrogou a sua prisão preventiva. A promotoria de Annecy descartou um ato terrorista e disse que o agressor agiu sob efeito de álcool ou drogas.

Ainda que for verdade, o povo francês tende a achar que crimes com estas características são estimulados pelo Corão, ainda que os promotores do ecumenismo católico digam o contrário.


terça-feira, 15 de agosto de 2023

Corte Suprema ilegaliza "cotas raciais” nos EUA

Suprema Corte dos EUA que aboliu as 'cotas raciais'
Suprema Corte dos EUA que aboliu as 'cotas raciais'
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A Suprema Corte dos EUA rejeitou a “ação afirmativa” em faculdades e universidades de todo o país, declarando que os programas de admissão com critério racial seletivo em Harvard e na Universidade da Carolina do Norte eram ilegais e restringiam drasticamente um pilar do ensino superior, noticiou “The New York Times”.

A votação foi de 6 a 3, com os membros esquerdistas da Corte encolerizados. O Partido Democrata, incluindo o presidente Biden, também se imiscuíram no caso rotulando a decisão de retrocesso. Logo depois do voto, Biden instou pela TV a inverter a decisão para que não seja “a última palavra”.

“A discriminação ainda existe na América”, disse ele, repetindo suas palavras para enfatizar. “A decisão de hoje não muda isso.”

Biden fez uma pausa quando um repórter perguntou se o tribunal era “desonesto”. “Este não é um tribunal normal”, respondeu ele.

A “ação afirmativa” introduzia um racismo invertido.

Alegando combater o racismo que privilegia brancos por cima de negros, estabelecia números obrigatórios, ou cotas, de alunos preferidos pela sua cor de pele escura na admissão e na graduação. Acabou dando num racismo ao revés, favorecendo a uns contra outros em função da cor da pele.

Ficava assim desprezado um principio básico do ambiente universitário segundo o qual a admissão e aprovação dependia do esforço e mérito do estudante no aprendizado, independente de qualquer outro fator.

O “racismo positivo” introduzia na vida universitária o que se dizia querer eliminar. O critério começou a se expandir a outros ambientes, como no trabalho: cotas raciais nas empresas, na polícia, etc.

E se isso valia para os afrodescendentes, apareceram as reclamações de cotas para latinos, amarelos, mulheres, LGBT, se configurando um rígido e aberrante esquema seletivo em função da raça, sexo, etc.

A Universidade da Carolina do Norte obteve ganho de causa após muito processo por discriminaação 'contra os brancos'!!!
A Universidade da Carolina do Norte obteve ganho de causa
após muito processo por discriminação 'contra os brancos'!!!
O Pew Research Center mostrou que metade dos americanos não apoia que faculdades e universidades levem em consideração raça e etnia nas decisões de admissão.

Matt Schlapp, presidente da União Conservadora Americana, um dos maiores grupos conservadores do país, disse que a decisão, combinada com a decisão do tribunal sobre o aborto no ano passado, “serve como um retorno triunfante da restauração de nossa Constituição esfarrapada”.

Muitos negros com títulos de prestigiosas universidades meritoriamente ganhos passaram a ser mal vistos na procura de emprego ou de alguma posição social. Seriam eles dos que passaram só pelas quotas? Nesse caso sua capacitação seria duvidosa.

Não era possível saber se um afrodescendente mostrou grande capacidade na Universidade, então na admissão no trabalho ficava uma desconfiança e se dificultava injustamente sua entrada no mercado de trabalho.

A “ação afirmativa” funcionava como um tiro pela culatra.

Até os juízes Thomas e Jackson, membros negros da Suprema Corte, trocaram farpas particularmente afiadas entre si.

“Como ela vê as coisas”, escreveu o juiz Thomas discordando da juíza Jackson, “estamos todos inexoravelmente presos em uma sociedade fundamentalmente racista, com o pecado original da escravidão e a subjugação histórica dos negros americanos ainda determinando nossas vidas hoje”.

Os queixosos contra a Universidade da Carolina do Norte, arguiam que ela discriminava os candidatos brancos e asiáticos em favor dos negros, hispânicos e nativos americanos. Uma oposição racial que nada tem a ver com a instituição universitária.

Antes de chegar ao Supremo as universidades venceram em tribunais federais, e a decisão a favor de Harvard foi confirmada por um tribunal federal de apelações.

A decisão se aplica a todo o país
As 'cotas raciais' estabeleciam odioso tratamento, mas agora a proibição se aplica a todo o país
Em seu voto, a juíza Sotomayor, do Supremo, incluiu uma declaração de guerra racial dando base para uma revolta contra a decisão agora aprovada.

“A busca pela diversidade racial continuará”, incitou ela.

“Embora o tribunal tenha eliminado quase todos os usos de raça nas admissões em faculdades, as universidades podem e devem continuar a usar todas as ferramentas disponíveis para atender às necessidades da sociedade por diversidade na educação”.

E desqualificou a decisão de seu Tribunal cujo respeito ela deveria exigir dizendo: “apesar do exercício injustificado do poder do tribunal, a opinião de hoje servirá apenas para destacar a própria impotência do tribunal diante de uma América cujos gritos por igualdade ressoam”.

Num ambiente americano de violentas manifestações com mortes atribuídas à polícia supostamente por causa da cor de pele do suspeito, o julgamento do Supremo vem a trazer bom senso. Mas seus opositores estão dispostos a partir a novos conflitos.


terça-feira, 1 de agosto de 2023

Redes sociais estragam a saúde mental

Daniel Howell 'não há dúvida de que as redes sociais são péssimas para a saúde mental'
Daniel Howell 'não há dúvida de que as redes sociais
são péssimas para a saúde mental'
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Daniel Howell tem 6,15 milhões de inscritos em seu canal no Youtube, 3 milhões de seguidores no Instagram e milhões de curtidas no Tik Tok acabou ansioso e deprimido e pediu ajuda médica, narrou a “Folha de S.Paulo”.

Então como embaixador da instituição Young Minds, da Royal Foundation, se engajou a promover a saúde mental entre os jovens.

Ele lançou o livro “Você Vai Sobreviver a Esta Noite” para que adolescentes cuidem da mente e das emoções.

Por que? Qual é a causa do problema?

Ele explicou: “a depressão é uma assassina silenciosa” e apontou a causa:

“não restam dúvidas de que as redes sociais são péssimas para a saúde mental humana.

“Não fomos feitos para ler 10 mil pessoas batendo boca umas com as outras no Twitter o dia inteiro, nem para ficar vendo as pessoas mais bonitas do mundo fingindo que têm vidas perfeitas no Instagram.

“Nada disso é real, normal ou natural”.