Para o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o aumento na circulação do crack no Brasil pesou decisivamente nessa sinistra balança.
No SUS, o crack é a segunda maior causa de atendimentos especializados em álcool e drogas, só perdendo para a bebida, explicou Pedro Gabriel Delgado, coordenador do Programa de Saúde Mental do Ministério da Saúde.
O Instituto de Psiquiatria da UFRJ promoveu um Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas (Projad). Ele constatou que, em março de 2007, 15% dos entrevistados experimentaram o crack, mas em junho de 2008, a proporção subiu para 25%. O vício está largamente difundido entre moradores de rua da cidade maravilhosa.
O Programa de Redução de Danos da Universidade Federal da Bahia atendeu só em Salvador, de 2006 a 2009, 5.618 novas vítimas. E estas cifras só incluem os que tentam abandonar o crack.
Cracolandia, São Paulo, Centro velho |
Há múltiplas iniciativas a diversos níveis: federais, estaduais, municipais, policiais, universitários, etc. Porém, nada parece conter o crescimento dessa droga especialmente devastadora.
E o pior é que ela não se limita às populações marginais. Pessoas das classes medias ou abastadas, inclusive empresários já caíram em suas garras.
Em Divinópolis, Minas Gerais, há nove comunidades terapêuticas com 300 vagas, todas elas apinhadas de jovens e adultos escravizados, ricos ou não.
“Essa droga foi a forma mais inteligente que o diabo inventou para acabar com a humanidade. E está conseguindo”, comentou uma vítima.
De fato, só uma reforma religiosa da sociedade e da família poderá cortar pela base o crescimento dessa praga. Porém, essa reforma deveria começar pelo clero, de onde deveriam vir pregações doutrinárias e estímulos de práticas religiosas que o “progressismo” desqualifica por serem “retrogradas” ou “tradicionais”.
Enquanto essa reforma religiosa não vier o “diabo” seguirá espalhando esse “invento para acabar com a humanidade”...
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