terça-feira, 18 de julho de 2023

Generais denunciaram: França beira a desintegração

França sofre um processo de desintegração
França sofre um processo de desintegração
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Enquanto a França ainda fumega pelas devastações praticadas por “hordas dos bairros periféricos” aliadas aos militantes do islamismo, como as definiu uma carta aberta assinada por 20 generais de todas as armas, as simples estatísticas da dimensão do dano, ainda incompletas, são estarrecedoras.

Arguindo com a morte de um jovem muçulmano que corria no carro enlouquecidamente durante um controle policial, levantamentos subversivos de milhares de agitadores islâmicos apoiados em ativistas da extrema esquerda e do partido “A França insubmissa” colocaram as grandes cidades francesas em estado de guerra civil.

O bando sublevado, como de costume, se escudou no antirracismo e na anti-discriminação.

A “carne de canhão” que se entregou ao incêndio de milhares de pequenas propriedades, casas, lojas, serviços públicos, etc., não se explica somente pela insurreição permanente das minorias islâmicas fanáticas chegadas em recentes datas.

Por trás agia a ideologia condensada no partido “Franca insubmissa” que reclama ser fiel continuadora da Revolução Francesa em nosso milênio.

A diretora do Think Tank da “Franca insubmissa”, Isabelle d'Artagnan, defendeu que “a Republica foi fundada por baderneiros que destruíam os prédios públicos” como relembrou “Atlantico”.

A “estratégia da esquerda ‘insurrecional’” vem de longe, e nos anos mais próximos tem explorado os mais diversos descontentamentos para tentar explodir a nação que mereceu o título de “Filha primogênita da Igreja”.

Islam e extrema esquerda se associaram
Islã e extrema esquerda se associaram
Nos incontáveis artigos publicados na grande mídia foi difícil encontrar uma descrição mais lúcida das badernas recentes e das que, pelo jeito, ainda virão.

Entretanto, elas estão na carta aberta divulgada há dois anos, assinada por mais de mil militares franceses, entre os quais vinte generais e altos oficiais de todas as armas preanunciado o que aconteceu e o que está para acontecer.

Com data de abril de 2021 e endereçada ao presidente da França, Emmanuel Macron, a todos os integrantes do governo, deputados e senadores, clamam para que assumam seus deveres e evitar essa “desintegração” do país e o risco de uma “guerra civil”.

Denunciaram as minorias que levam à “desintegração, juntamente com o islamismo e as hordas dos bairros periféricos, e à secessão de muitas partes da nação para transformá-las em territórios sujeitos a dogmas contrários à nossa Constituição”.

A carta foi publicada integralmente na revista “Valeurs Actuelles”.

Extraímos dela alguns tópicos de suas lúcidas denuncias:

Cidades francesas viveram conflitos violentos mais próprios de uma guerra civil
Cidades francesas viveram conflitos violentos mais próprios de uma guerra civil

“A situação é grave, a França está em risco, vários perigos mortais a ameaçam. Nossa honra hoje consiste em denunciar a desintegração que atinge nossa Pátria.

Desintegração que, através de um certo antirracismo, se manifesta com um único objetivo: criar descontentamento em nosso solo, até mesmo ódio entre as comunidades.

Hoje alguns falam de racismo, indigenismo e teorias descoloniais, mas com esses termos é guerra racial que esses fanáticos e odiosos seguidores querem.

Desprezam o nosso país, as suas tradições, a sua cultura e querem vê-lo dissolver-se, levando embora o seu passado e a sua história.

“Desintegração que, com o islamismo e as hordas suburbanas, leva ao destacamento de múltiplas partes da nação para transformá-las em territórios sujeitos a dogmas contrários à nossa Constituição.

“Desintegração, porque o ódio prevalece sobre a fraternidade durante as manifestações onde as autoridades usam a polícia como agentes substitutos e bodes expiatórios que expressam seu desespero. “Isso enquanto indivíduos disfarçados e encapuzados estão saqueando empresas e ameaçando essas mesmas agências de aplicação da lei.

“No entanto, estes últimos apenas aplicam o que dizem as diretivas, por vezes contraditórias, dadas por vós, os governantes.

“Quem poderia prever dez anos atrás que um professor seria decapitado ao sair da escola? (...) nós não podemos ser espectadores passivos diante de tais ações.

Arruaças de minorias étnicas e ideologicas visam desintegrar a França
Arruaças de minorias étnicas e ideológicas visam desintegrar a França
“É imperativo que aqueles que dirigem nosso país encontrem coragem para erradicar esses perigos (...) basta aplicar, sem fraqueza, as leis existentes. (...) a grande maioria dos nossos concidadãos se sente oprimido por seus silêncios culpados.

“Como disse o Cardeal Mercier, Primaz da Bélgica: ‘Quando a prudência está em toda parte, a coragem não está em lugar nenhum’”

“Então, senhoras e senhores, chega de inatividade, o trabalho a ser feito é colossal; não percam tempo e saibam que estamos dispostos a apoiar políticas que levem em consideração a defesa da nação.

Se nada for feito, o enfraquecimento continuará a se alastrar inexoravelmente na sociedade, provocando finalmente uma explosão.

“Não há mais tempo para procrastinar, caso contrário, amanhã a guerra civil porá fim a este caos crescente, e as mortes, pelas quais vocês serão responsáveis, chegarão aos milhares”.

A carta embebida de patriotismo foi grosseiramente desatendida. As recentes devastações nas cidades francesas foram denunciadas e poderiam ter sido evitadas. Pelo contrário se multiplicaram com cumplicidades no próprio governo.

No Oriente, a Rússia se desagrega por outras causas. No Ocidente, a França segue análogo caminho ao abismo. Nos EUA, também se multiplicam os motins de minorias contra os restos de ordem e de seus representantes legais.

Na América Latina, o narcotráfico recrutou e organizou formidáveis bandos sanguinários e anárquicos, não sem graves cumplicidades em governos de esquerda, e não só eles...

O risco de desaparição de nações inteiras como castigo foi anunciado por Nossa Senhora em Fátima. Ela não foi ouvida, não é de se espantar que advenham explosões ainda piores.