terça-feira, 25 de outubro de 2022

Cristãos sofrem mais de 3 ataques por dia na França

Atentado incendiario contra a catedral de Nantes
Atentado incendiário contra a catedral de Nantes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Ocorrem três ataques anticristãos por dia na França segundo os deputados franceses Nicolas Dupont-Aignan e Agnès Thill.

O jornalista Jean-Marie Guénois, do periódico “Le Figaro” de tendência oposta aos deputados, fez uma vasta pesquisa sobre o assunto, confirmando que esses números são, lamentável e preocupantemente, bem reais, escreveu “Aleteia”.

O mesmo “Le Figaro” publicou também entrevista em que o jornalista Marc Eynaud mostra que “a religião cristã é de longe a mais atacada na França”, a “filha primogênita da Cristandade”.

Furtos e depredação na catedral de Ooloron-Sainte-Marie, Pyrenées-atlantiques
As últimas cifras citadas por Eynaud que o Ministério do Interior deixa transparecer intimidado falam de, no último ano [2022] de 1052 atentados confirmados, compostos de 996 atos e 56 ameaças.

A pesquisa do jornalista de “Le Figaro” foi tema de matéria do site L’observatoire de la Christianophobie, que monitora os atos de perseguição anticristã na França e no mundo.

Duas instituições do Estado francês corroboram os números: a DILCRAH (Delegação Interministerial para a luta contra o racismo, o antissemitismo e o ódio anti-LGBT), ligada ao gabinete do Primeiro-Ministro, e o SCRC (Serviço Central de Inteligência Criminal), da gendarmeria francesa.

Em março de 2020, o SCRC divulgou dados consolidados de 2018 que confirmam pelo menos 877 danos propositais cometidos contra edifícios católicos só naquele ano.

Domingo de ódio na França incendiaram igrejas, derrubaram cruzes em Saint Louis Fontainebleau, sul de Paris
Domingo de ódio na França incendiaram igrejas em Saint Louis Fontainebleau, sul de Paris
Por serem apenas danos materiais, eles não incluem nenhum outro tipo de ataque.

Já a DILCRAH, que publica relatórios de “atos antirreligiosos, antissemitas, racistas e xenófobos”, anunciou, na edição de 28 de janeiro, que foram registrados 1.052 atos anti-cristãos em 2019, bem como 1.063 em 2018 e 1.036 em 2017.

Se os deputados Dupont-Aignan e Thill “erraram”, como murmuraram seus detratores, não foi por “exagero” mas porque os números reais dos ataques diários anticristãos na França são ainda piores do que a média que eles haviam denunciado.


terça-feira, 11 de outubro de 2022

A beata Serafina Micheli e a visão de Lutero no Inferno

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Em 1883 a Bem-aventurada Sóror Maria Serafina Micheli (1849-1911), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos, passava pela cidade de Eisleben, na Saxônia, Alemanha.

Eisleben é a cidade natal de Lutero. E, naquele dia comemorava-se o quarto centenário do nascimento daquele grande heresiarca (10 de novembro de 1483) e que dividiu a Igreja e a Europa, fato que provocou crudelíssimas guerras de religião que duraram décadas a fio.

A população aguardava o imperador alemão Guilherme I que devia presidir as solenidades.

A futura beata não se interessou pela agitação e seu único desejo era encontrar uma igreja onde pudesse rezar e visitar a Jesus Sacramentado.

As igrejas estavam fechadas e já era noite.

Na escuridão localizou uma com as portas trancadas, mas se ajoelhou nos degraus de acesso.

Pela falta de luz não percebeu que a igreja não era católica, mas protestante. Enquanto rezava lhe apareceu o anjo da guarda e lhe disse:

‒ ”Levante porque este é um templo protestante”.

E acrescentou:

‒ ”Eu quero te fazer ver o lugar aonde Martinho Lutero foi condenado e a pena que sofre como castigo de seu orgulho”.

Depois destas palavras, a santa religiosa viu uma horrível voragem de fogo, na qual era cruelmente atormentado um número incalculável de almas.

No fundo dessa voragem via-se um homem, Martinho Lutero, que se distinguia dos outros: estava rodeado de demônios que o obrigavam a ficar de joelhos, e todos eles equipados com martelos se esforçavam, em vão, para enfiar-lhe na cabeça um grande prego.

A freira achou que se o povo que estava na festa visse aquela cena dramática, certamente não tributariam honras, lembranças, comemorações e festejos a semelhante personagem.

Desde então, Sóror Serafina sempre que aparecia a ocasião exortava suas irmãs de religião a viverem na humildade e no esquecimento dos outros.

Ela estava convencida que Martinho Lutero foi condenado ao Inferno, sobretudo por causa do primeiro pecado capital: a soberba.

O orgulho fez que ele caísse no pecado capital e o levou para a aberta rebelião contra a Igreja Católica.

A sua péssima conduta moral, sua atitude de revolta contra o Papado e a sua pregação de más doutrinas pesaram muito no desvio de muitas almas superficiais e mundanas que caíram na perdição eterna.

Sóror Serafina foi beatificada na diocese de Cerreto Sannita, província de Benevento, em 28 de maio de 2011.


A beata Serafina Micheli e a visão de Lutero no Inferno