Na Síria, os católicos se voltam especialmente para Nossa Senhora de Lourdes |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Os cristãos na Síria “estão dispostos a dar suas vidas e a que suas cabeças sejam cortadas para testemunhar Jesus Cristo”, afirmou a religiosa missionária Maria de Guadalupe.
Ela está na cidade de Aleppo há cinco anos e vive o drama da perseguição cristã desencadeada pelo Estado Islâmico, informou ACI Digital.
A irmã, que é do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), passou 18 anos na Terra Santa, no Egito, e desde 2011 está na Síria. Ela teve a possibilidade de ir embora deste país quando começou a guerra, mas decidiu ficar.
“Eu acredito realmente que Deus lhes dá, como retribuição pela sua generosidade, fortaleza para ir até as últimas consequências”, sustentou a religiosa.
Trata-se dos “mártires de nossos tempos”, que “estão dispostos a entregar tudo, inclusive o bem mais precioso que é a própria vida”. Eles também “confiam nas orações do resto do mundo cristão que os apoia”.
A missionária explicou que, pela primeira vez em alguns anos, o Estado Islâmico está retrocedendo e algumas cidades estão sendo recuperadas. Isto faz com que os rebeldes “queiram mais vingança e intensifiquem os ataques aos civis”.
Do mesmo modo, denunciou que “o cristianismo ocidental tem pouco acesso às informações do que realmente está acontecendo, porque os meios de comunicação internacionais mais importantes não estão divulgando as notícias e isto não é uma casualidade”.
A religiosa insistiu que “os cristãos perseguidos na Síria e no Iraque confiam nas orações do resto do mundo”. Portanto, concluiu a Irmã Maria de Guadalupe, “eu não considero uma ignorância culpável do mundo cristão ocidental”, mas uma “anestesia provocada”.