terça-feira, 23 de abril de 2024

Alemanha fecha 131 igrejas em 5 anos

A basílica de São Bento em Schäftlarn fechará
A basílica de São Bento em Schäftlarn fechará
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A basílica de São Bento em Schäftlarn, na arquidiocese de Munique-Freising, fechará porque a associação paroquial não tem condições de renová-la, consagrada há apenas 58 anos, da a tomar esta medida drástica, noticiou “Infocatólica”.

O caso da igreja de São Bento em Schäftlarn não é único. m toda a Alemanha foram fechadas 131 igrejas católicas nos últimos cinco anos, 126 das quais foram dessacralizadas. A Basílica de São Bento também será desconsagrada, e não se sabe qual será o destino do prédio.

A decisão e a motivação alegadas são incomuns, considerando que a Arquidiocese de Munique é bastante rica, como todo o episcopado alemão.

Pesa que as contribuições dos fiéis são cada vez mais baixas, simplesmente porque há cada vez menos católicos, por abandono da religião.

131 igrejas católicas em cinco anos, deixaram de servrr ao culto católico
131 igrejas católicas em cinco anos, deixaram de servir ao culto católico
Também o repulsivo estilo moderno do templo contribuiu a afastar a piedade e a frequência, quando outrora se dizia enganosamente que a feiura da modernidade atrairia mais fiéis.

Assim enquanto dezenas de igrejas católicas na Alemanha fecham alegandoa situação financeira, os fiéis se afastam desorientados e levados pela correnteza da imoralidade.

Grande piora da situação é causada pela polêmica “sinodalização” da Igreja fonte de toda espécie de escândalos e deserções.

Agência de Imprensa Alemã (DPA) noticiou foram fechadas em 2023, duas belas capelas em Rüdenhausen e Sommerhausen na diocese de Eichstätt, a igreja de Santa Mônica em Ingolstadt também foi desconsagrada.

Segundo um porta-voz da arquidiocese de Bamberg, “nem uma dúzia de igrejas foram vendidas ou doadas nos últimos 10-15 anos. É um número extremamente baixo e mostra que as igrejas consagradas só se alienaram em casos absolutamente excepcionais”.

a revista italiana Il Timone: “como esperado, está sendo feita uma tentativa de minimizar a importância” do que está acontecendo.

assustador: perderam-se 1,3 milhões de católicos praticantes em apenas quatro anos, de 2019 a 2022, sem contar a queda do número dos batismos e os decessos.

Igrejas fechadas por abandono do clero e falta de fiéis, estão à venda
Igrejas fechadas por abandono do clero e falta de fiéis, estão à venda
Só em 2022, mais de meio milhão de fiéis foram perdidos, informou “Il Timone” acrescentando que “Depois da recente viragem para a ‘abertura’ do episcopado alemão, deveríamos ter visto um regresso dos fiéis, talvez entusiasmados por uma Igreja que é pelo menos aparentemente receptiva a estas novas instâncias. Porém, o sangramento não só não para, como parece inexorável”, observou a publicação italiana.

“Não será que o risco de adaptar a mensagem evangélica aos novos parâmetros da sociedade atual acabará por condenar a Igreja à irrelevância, ao não criar uma diferença substancial com a mensagem do ‘mundo’? Talvez não tenha chegado o momento de nos colocarmos algumas questões sobre o novo modelo eclesial?”, concluiu reprovando o abandono dos costumes e das práticas tradicionais.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Explosão de satánico Carnaval na Igreja antevisto pela Beata Isabel Canori Mora

Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O jornalista Marco Tosatti teceu valiosas considerações inspirado pela atitude da Bem-aventurada Isabel Canori Mora diante do carnaval.

Glosamos e adaptamos suas reflexões com a mente posta na Beata Isabel a quem com toda admiração e devoção dedicamos uma página especial de nosso blog: “Vítima expiatória pelo Papado, anunciava grandes castigos décadas antes de La Salette e Fátima”.

Pois, tomando contato com seus manuscritos, ficamos especialmente impressionados pela luta sobrenatural em que ela aceitou as dores da reedição da Paixão desferida pelo príncipe das trevas.

Esse tentava, como tenta ainda hoje, afogar a Igreja num infernal lamaçal de irracionalidade, igualitarismo e imoralidade.

Tosatti conta que a Beata Isabel quando casou foi morar com sua nova família na bela casa de seus sogros: o Palazzo Selvaggi na centralíssima Via del Corso.

Ela teve então uma grave preocupação: em fevereiro ela teria que manter as venezianas das janelas fechadas para evitar que suas duas filhas, Mariana e Maria Lucina, vissem os escândalos dos desfiles do Carnaval Romano que aconteciam nessa Via del Corso.

Os romanos se mascaravam de modos estranhos: nobres, ricos, pobres, todos imergiam na febre do caos que, de repente, pagão, misterioso, perturbador, explodia na Cidade Santa e que nessa hora podia se nomear a Cidade da Iniquidade, diz o escritor.

Palazzo Selvaggi (estado atual), onde morou recém-casada
Na escuridão da noite, uma tentação diabólica se escondia sob cada licença material, comenta Tosatti.

Era a antiga festa da febre da Roma pagã, ou seja, fevereiro, tida como festa da malária e da purificação, que mais tarde virou carnaval.

Ateava-se um fogo que se dizia purificador, os pacientes febris (isto é, os que participavam das orgias) ateavam os “moccoletti”, pequenas velas acesas que usavam em brincadeira como símbolo de “cura”.

O Carnaval se comemorava comendo carne e cantando “carne, vale a pena! Carne, adeus!”

Nos inícios do século XIX, época da Beata Isabel, a Roma dos Papas havia retornado infelizmente ao sentido pagão original do carnaval, quer dizer a velha careta do demônio dissimulada sob formas fantasiosas, sempre impuras e hediondas.

As portas se abriam para o mundo da torpeza, que como hoje, punha tudo cabeça para baixo.

A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina
A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina

A lei consistia em pecar contra a Lei Divina, os Mandamentos de Deus. Essa febre durava não só nos dias carnavalescos, mas, sob enganadoras festas, repercutia dissimuladamente o ano inteiro.

Beata Isabel fechava as janelas porque vivia na Comunhão dos Santos em guerra contínua contra o diabo.

Mas, naqueles anos, as seitas secretas se movimentavam à sombra da Basílica de São Pedro como uma febre negra.

Assim o viram misticamente a Beata Isabel e a Beata Ana Maria Taigi. Essas associações soturnas trabalhavam muito para deformar o mundo e lhe dar o rosto que tem hoje. Cfr. Também Beata Ana Maria Taigi : “A contemplativa da luta entre a Luz e as Trevas”

Quer dizer se empenhavam para transformar o belo em feio e o bom em mau.

Maria Lucina, a filha mais nova se tornou-se freira de San Felipe Neri.

Mariana, a filha mais velha, não entendia a mãe, vivia nos novos tempos, queria casar, viver no mundo. E casou, viveu no mundo e antes de morrer, aliás jovem, ela entendeu que sua mãe tinha vivido na verdade. E se arrependeu.

Casar com o mundo, dizia a Beata, é casar com as trevas, virando as costas para a luz.

“Você sabe por que ruim significa ruim?” perguntava a santa progenitora e explicava: “ruim vem do latim captivus e significa prisioneiro”: captivus diaboli, escravo do diabo.

Os homens que correm à procura das faíscas da falsa luz, a de lúcifer, a estrela que brilha sem ser o sol, são escravos do mundo e prisioneiros do diabo.

Esses escolheram orgulhosamente o carnaval, que não é purificação da febre, mas é a imersão no mal, na traição da lei divina.

O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas
O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas,
e até nas fileiras das "cloacas de impureza" eclesiásticas
E o demônio fazia tudo isso em virtude de sua obra-prima de mentira que, como sabemos, consiste em fingir que ele não existe!

Essa falsa luz hoje ilumina a todos multiplicada pelos meios de comunicação, comenta Tosatti.

À noite, cansado de um dia de afazeres, recados e outras perambulações, ligando a Internet, a TV ou o smartphone, o jornalista encontra na telinha o ano todo, o carnaval de um mundo virado às avessas, mergulhado na inversão dos valores da alma, ensinando a torpeza e o horror.

Então o jornalista gosta ainda mais da Beata Isabel, e, cansado de palavras, fecha as novas venezianas que são as telas digitais e vá para a cama.

Os santos sempre bradaram contra o carnaval. Desde Santo Antônio até São Carlos Borromeo e São João de la Salle que comparava os “maus cristãos” do carnaval aos algozes de Jesus Cristo.

Os comparsas? São como os soldados romanos que “lançaram sortes sobre a túnica do Senhor”.

Os personagens noturnos romanos? Parecem “Judas e quem estava com ele quando aproveitaram a noite para capturar Jesus”.

E assim por diante.

O motivo é simples de entender.

A vida cristã é cheia de alegria, é ordeira, comemora em paz e respira no mais fundo da alma porque está unida a Deus.

Por isso Tosatti fecha as venezianas das telas digitais que refletem de maneira direta o que já vê no mundo.

Sim, o mundo é suficiente para mim, escreve , e não quero vê-lo de novo, nem na tela do smartphone, prossegue ele.

O que vejo é suficiente para mim, enquanto penso em Isabel, que agora, Beata, vive a verdadeira vida nas doces mãos do Senhor, enquanto seus nobres restos mortais repousam na bela igreja trinitária de San Carlino alle Quattro Fontane.

Igreja de San Carlino, altar das relíquias da Beata Isabel, Roma.
É refúgio do Carnaval para Tosatti.
E às vezes, quando o meu coração já não aguenta mais, vou até ela na pequena capela que é o último local de descanso dos seus restos terrenos. E com ela meu coração se dilata.

O Rei do Carnaval hoje reina indiscutivelmente até na Igreja que amo como meus olhos.

Lembro de um franciscano chamado Antônio, conta ainda Tosatti, que conheci há muitos anos e a quem ajudei em suas boas ações num mercado para os pobres que instalou na sacristia da sua igreja.

Distribuíamos roupas e sanduíches a todos os pobres que, com cestos e carrinhos, tinham que ouvir missa.

E aquela missa, era bela e lotada por uma variada humanidade que, enquanto esperava por lenços, mantas e chapéus, ouvia sem pestanejar as longas homilias de padre Antônio, que muitas vezes falavam do demônio.

Então um dia, o Padre foi enviado para não sei onde e em seu lugar veio um franciscano moderno que à noite reúne muitos jovens falando sobre sua experiência de casamento ou de trabalho, dando as costas ao tabernáculo.

Fui apenas uma vez. A igreja que estava quente quando havia os pobres do padre Antônio, naquele desvario de modernidade me pareceu fria.

Sim, mesmo na Igreja, o mundo entrou desordenando tudo e pondo tudo ao contrário.

Um pároco que conheço se gaba de ter esvaziado a sua igreja de fiéis e, em uma homilia, caiu acima dos que fazem oração ou puxam o terço, contou ainda o jornalista.

Suas seguidoras me disseram que logo ele será bispo. É a febre que dura desde o carnaval de fevereiro e continua em março e depois na primavera...

Porque o clero incluída sua mais alta hierarquia aparentemente foi engolido pelo fétido vazio da defecção, das “cloacas de impureza” de que falou Nossa Senhora em La Salette, e acabou escurecida por uma luz negra luciferina.

Que a Páscoa do Senhor seja uma verdadeira Ressurreição da Igreja conclui Tosatti. É também nosso voto que emerge como um clamor do mais fundo de nossa alma.



Profecias da Beata Isabel Canori Mora (português)





Profecías de la Beata Isabel Canori Mora (espanhol)







terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Apostasías em debandada entre os católicos alemães

'Sinodalidade' pôs os fiéis em fuga
'Sinodalidade' pôs os fiéis em fuga
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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No fim de 2022, um total de 20.973.590 pessoas pertenciam à Igreja Católica na Alemanha. Juntamente com as mortes, incorporações e readmissões, isto representa uma diminuição de 708.285 membros da Igreja Católica noticiou “infoCatólica”.

O número de conversões manteve-se relativamente constante em 1.447 (em comparação com 1.465 no ano anterior), enquanto o número de readmissões diminuiu de 4.116 para 3.753.

A maioria das renúncias ocorreu em termos absolutos na arquidiocese de Colônia, com 51.345 (contra 40.772 no ano anterior), seguida por Munique e Freising (49.029, abaixo dos 35.323 do ano anterior) e Freiburg (41.802, acima do anterior). A diocese de Görlitz teve apenas 422 apostasias (em comparação com 254 no ano anterior).

Em termos percentuais em relação ao número de membros que tinha a Igreja Católica no ano anterior, as dioceses com menos demissões foram Görlitz (1,42%), Erfurt (1,7%), Paderborn (1,91%), Magdeburg (1,95%) e Aachen (1,95%).

Nos mesmos termos, as demissões mais numerosas ocorreram em Hamburgo (3,74%), Berlim (3,38%), Munique e Freising (3,14%), Colónia (2,84%) e Dresden-Meissen (2,76%).

Em 2022, os números relacionados com a vida da igreja aumentaram ligeiramente.

O número de casamentos aumentou consideravelmente, de pouco mais de 20 mil para mais de 35 mil. A frequência aos serviços religiosos também aumentou de 4,3 para 5,7 por cento dos católicos.

Progressismo 'sinodal' esvazia igrejas na Alemanha
Progressismo 'sinodal' esvazia igrejas na Alemanha
No entanto, tanto os casamentos como a frequência aos serviços religiosos ainda estavam abaixo do primeiro ano da pandemia da COVID-19 em 2020 (38.500 e 5,9 por cento).

No ano passado, as estatísticas da Igreja já mostravam uma ligeira recuperação no número de sacramentos e sacramentais.

No entanto, o aumento face a 2020 não conseguiu compensar o cancelamento de comunhões, crismas e funerais.

O número de ordenações sacerdotais em 2022 foi de apenas 45 (33 seculares e 12 religiosas).

É evidente que o sínodo da Igreja na Alemanha, que representa uma ameaça de cisma de primeira ordem ao propor mudanças na doutrina e na organização das dioceses, não consegue deter o número de fiéis que abandonam a Igreja na Alemanha.

Na Alemanha, o número exato de católicos e luteranos é conhecido porque os cidadãos que desejam pertencer oficialmente a ambas as confissões devem registrar-se para pagar o imposto religioso. E se não o fizerem ou cancelarem a inscrição, deixam de ser membros.

Dois em cada três alemães querem precisamente que este imposto seja suspenso.

Dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã (DBK), analisou os números das renúncias na sua diocese, Limburgo, dizendo que há muitos anos que se trabalha intensamente sobre a viabilidade futura da diocese. Em um comunicado, ele disse:

«Não nos limitamos a escrever textos e a tomar decisões. Pelo contrário, mudamos as estruturas para que possa crescer uma nova cultura que promova a transparência, permita a participação e evite qualquer tipo de abuso.

Outrora nem a guerra nem a destruição afastava os católicos da Missa
Outrora nem a guerra nem a destruição afastava os católicos da Missa
Bätzing mencionou que está tentando descobrir os pontos fracos do sistema. Ele quer organizar a Igreja de Limburg de tal forma que as pessoas possam desenvolver-se e crescer. Ele também deseja implementar as decisões do Caminho Sinodal.

«Enfrentamos questões e desenvolvimentos importantes no Caminho Sinodal. Principalmente encontramos respostas e queremos promover mudanças. “Estou empenhado em trabalhar nisso e terei prazer em assumir esta responsabilidade pela diocese de Limburgo”.

A Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) já tinha apresentado as suas estatísticas eclesiásticas em março.

Também neste caso, o número de saídas da Igreja aumentou significativamente e ascendeu a 380.000 pessoas, o que representa 100.000 saídas e, portanto, mais 35,7% do que em 2021.

No total, cerca de 19,1 milhões de pessoas pertenciam a uma Igreja membro da EKD em 2021.

Isto representa uma diminuição de 2,9% em relação ao ano anterior. A evolução dos números de membros é “deprimente”, especialmente para todos aqueles que participam na Igreja Protestante a tempo inteiro e de forma voluntária, disse a presidente do Conselho EKD, Annette Kurschus.



terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Rendimento escolar melhora sem celular

Os alunos estão mais participativos desde que entrou a proibição, diz Marc Wasko, diretor da escola secundária de Timber Creek
Os alunos estão mais participativos desde que entrou a proibição,
diz Marc Wasko, diretor da escola secundária de Timber Creek
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Em maio de 2023, lei do estado da Flórida dispôs que as escolas públicas proíbam o uso do celular pelos alunos durante a aula. As escolas públicas do condado de Orange – que incluem a Timber Creek – foram mais longe, impedindo os alunos de usar o celular durante todo o dia letivo, descreveu reportagem do “The New York Times”.

Outros muitos distritos – entre eles South Portland, Maine e Charlottesville City, na Virgínia – proibiram o uso do celular pelos estudantes ao longo do dia todo.

São muitos os pais exasperados com a conduta dos filhos e que querem que as escolas públicas adotem medidas cada vez mais drásticas para afastar os jovens do celular.

Há também uma dúzia de pais do condado de Orange que apoiam a proibição na aula, mas se opõem à interdição durante o dia letivo inteiro porque querem contatar os filhos nos períodos livres.

Legisladores e líderes distritais falam de restrições mais duras porque o uso desenfreado das redes sociais durante as aulas ameaça a educação, o bem-estar e a segurança física dos alunos.

Em escolas bem identificadas, houve jovens que planejaram e filmaram agressões a colegas como entretenimento para postar em plataformas como TikTok e o Instagram.

O segurança Lyle Lake recolhe os alunos que violam a interdição na escola de Timber Creek em Orlando
O segurança Lyle Lake recolhe os alunos que violam a interdição
na escola de Timber Creek em Orlando
Professores e diretores alertam contra aplicativos sociais como o Snapchat que levam alunos a enviar mensagens para os amigos durante as aulas.

A nova lei da Flórida exige também que as escolas bloqueiem o acesso às redes sociais no Wi-Fi do distrito e que orientem os alunos sobre “as mídias sociais que manipulam o comportamento”.

A lei do celular encontrou apoio em todo o espectro político.

O Snapchat disse apoiar os esforços de pais e educadores para promover um ambiente acadêmico saudável, incluindo “limitar o acesso dos alunos a dispositivos durante o horário escolar”.

A TikTok disse que postar vídeos de intimidação sistemática e violência escolar “viola nossas diretrizes da comunidade e são removidos quando os encontramos”. A Meta, que controla o Instagram, não quis fazer comentários, escrevedu o “The New York Times”..

Nikita McCaskill, professora de civismo em Timber Creek, diz que os alunos ficaram mais conversadores e colaboradores
Nikita McCaskill, professora de civismo em Timber Creek,
diz que os alunos ficaram mais conversadores e colaboradores
Estatísticas do Departamento de Educação dos EUA, publicadas em 2021, relataram que cerca de 77% das escolas proibiram o uso do celular não acadêmico durante o horário de aula.

“Houve muita intimidação sistemática (bullying); tivemos muitos problemas com os alunos postando ou tentando gravar coisas que aconteciam durante o período escolar”, contou Marc Wasko, diretor da Timber Creek, que atende cerca de 3.600 alunos.

Lisa Rodriguez-Davis, professora de ensino médio no condado de Orange, disse que “eu os chamo de ‘TikToks de banheiro”, porque marcavam encontros no banheiro, onde filmavam vídeos.

Wasko informou que em Timber Creek confiscaram mais de cem aparelhos e os incidentes relacionados aos celulares, como o assédio moral, caíram rapidamente.

Ele observou que após a interdição os alunos fazem contato visual e respondem quando ele os cumprimenta; e os professores disseram que eles estão mais participativos nas aulas.

“Adorei. Os alunos estão mais falantes e colaborativos”, comentou Nikita McCaskill, professora em Timber Creek.

Segundo alguns estudantes, a proibição tornou a interação com os colegas mais autêntica. “Ajudou as pessoas a ser quem são – em vez de quem são on-line – na escola”, disse Peyton Stanley, aluna do 12ª ano da Timber Creek.

Celulares retidos durante horário de aula na escola de Timber Creek
Celulares retidos durante horário de aula na escola de Timber Creek
Para outros alunos, a escola está parecendo mais uma prisão porque, para ligar para os pais, agora precisam pedir permissão para usar o telefone.

A nova política de telefonia celular nas escolas públicas do condado de Hillsborough, em Tampa, adverte os alunos: “Se vemos, pegamos.”

Lyle Lake, segurança de Timber Creek, patrulha o período de almoço em um carrinho de golfe, pegando os alunos que violam a proibição. Ele os leva à recepção, onde devem colocar o celular em um armário trancado pelo resto do dia letivo. “Costumo acabar com o carrinho cheio de alunos”, contou.

Lake disse que também monitora as imagens das câmeras de segurança.