Abuso de fones de ouvido pode danificar o cérebro |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Muitos jovens adquiriram o hábito – se não é vício – de abusar dos fones de ouvido a todo volume e ir a festivais ou locais com música estourando.
Porém um estudo publicado na revista científica BMJ Global Health estima que mais de 1 bilhão de adolescentes e jovens em todo o mundo agindo assim riscam sofrer perda auditiva e é urgente adotar medidas preventivas de saúde, escreveu “O Estado de S.Paulo”.
Dados de 33 artigos publicados em inglês, espanhol, francês e russo entre 2000 e 2021, analisando 19.046 jovens de entre 12 e 34 anos de 20 países.
48% dele frequentaram locais barulhentos, como shows ou boates e 24% usaram excessivamente fones de ouvido em dispositivos como smartphones.
Esta faixa etária soma 2,7 bilhões de pessoas, e o estudo estimou que entre 670 mil a 1,35 bilhão dela pode estar em risco de perda auditiva.
A pesquisa registrou que os usuários de ditos dispositivos escolhem volumes de até 105 decibéis e os níveis médios em locais de entretenimento variam de 104 a 112 decibéis.
Desta forma, as descobertas sugerem que muitos jovens podem estar em risco de desenvolver perda auditiva permanente.
Atualmente, mais de 430 milhões de pessoas – mais de 5% da população mundial – têm perda auditiva incapacitante e número pode quase dobrar se não houver prevenção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os incapacitados chegarão a 700 milhões até 2050.
Alguns fabricantes de fones de ouvido ou aparelhos de veículos programam alertas para avisar o usuário quando o nível do volume é perigoso.
A OMS postula mais iniciativas para garantir uma audição segura. E destaca seis recomendações para evitar a surdez de seus frequentadores:
Danos ao aparelho auditivo podem ser permanentes por excesso de decibeis |
2) Monitoramento dos níveis de som com equipamentos calibrados por pessoal especializado.
3) Otimizar a acústica do local e dos sistemas de som.
4) Disponibilizar proteção auditiva individual para o público.
5) Acesso a zonas de silêncio para as pessoas descansarem os ouvidos.
6) Formação e informação para os trabalhadores do local.
Os conselhos são sensatos, mas por detrás desses sons permanentes e devastadores da saúde auditiva se encontra um desesperador vazio moral que medidas não podem preencher.
Para esse crescente vazio só a Igreja e ordem e a paz Civilização Cristã podem dar remédio.