terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Mais de 1 bilhão de jovens sob risco de surdez por abuso de fones e música alta

Abuso de earphones pode danificar o cérebro
Abuso de fones de ouvido pode danificar o cérebro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Muitos jovens adquiriram o hábito – se não é vício – de abusar dos fones de ouvido a todo volume e ir a festivais ou locais com música estourando. 

Porém um estudo publicado na revista científica BMJ Global Health estima que mais de 1 bilhão de adolescentes e jovens em todo o mundo agindo assim riscam sofrer perda auditiva e é urgente adotar medidas preventivas de saúde, escreveu “O Estado de S.Paulo”.

Dados de 33 artigos publicados em inglês, espanhol, francês e russo entre 2000 e 2021, analisando 19.046 jovens de entre 12 e 34 anos de 20 países.

48% dele frequentaram locais barulhentos, como shows ou boates e 24% usaram excessivamente fones de ouvido em dispositivos como smartphones.

Esta faixa etária soma 2,7 bilhões de pessoas, e o estudo estimou que entre 670 mil a 1,35 bilhão dela pode estar em risco de perda auditiva.

Não há esse risco em níveis de ruído de até 80 decibéis durante 40 horas semanais. Para crianças o limite é 75 decibéis. Mas acima de 120 decibéis os danos podem ser imediatos.

A pesquisa registrou que os usuários de ditos dispositivos escolhem volumes de até 105 decibéis e os níveis médios em locais de entretenimento variam de 104 a 112 decibéis.

Desta forma, as descobertas sugerem que muitos jovens podem estar em risco de desenvolver perda auditiva permanente.

Atualmente, mais de 430 milhões de pessoas – mais de 5% da população mundial – têm perda auditiva incapacitante e número pode quase dobrar se não houver prevenção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os incapacitados chegarão a 700 milhões até 2050.

Alguns fabricantes de fones de ouvido ou aparelhos de veículos programam alertas para avisar o usuário quando o nível do volume é perigoso.

A OMS postula mais iniciativas para garantir uma audição segura. E destaca seis recomendações para evitar a surdez de seus frequentadores:

Danos ao aparelho auditivo podem ser permanentes por excesso de decibeis
Danos ao aparelho auditivo podem ser permanentes por excesso de decibeis
1) garantir que locais e eventos limitem o risco de perda auditiva.

2) Monitoramento dos níveis de som com equipamentos calibrados por pessoal especializado.

3) Otimizar a acústica do local e dos sistemas de som.

4) Disponibilizar proteção auditiva individual para o público.

5) Acesso a zonas de silêncio para as pessoas descansarem os ouvidos.

6) Formação e informação para os trabalhadores do local.

Os conselhos são sensatos, mas por detrás desses sons permanentes e devastadores da saúde auditiva se encontra um desesperador vazio moral que medidas não podem preencher.

Para esse crescente vazio só a Igreja e ordem e a paz Civilização Cristã podem dar remédio.


terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Caem gigantes da tecnologia: na ‘crise do metaverso’, Meta demite milhares

Assim 'The Guardian' ilustra a crise súbita das outora gloriosas e famosas 'Big Techs'
Assim 'The Guardian' ilustra a crise súbita das outrora gloriosas e famosas 'Big Techs'
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Pela primeira vez desde a sua fundação, a Meta (antes Facebook) demitiu 11.000 funcionários com um simples e-mail e enxugou o orçamento.

Esse foi o primeiro grande corte orçamentário da empresa controladora do Facebook e do Instagram empresa desde sua fundação em 2004 e prenuncia ainda mais.

A quebra marca o fim do rápido crescimento da Meta e seu “erro” em direcionar ações bilionárias para a construção do metaverso.

De acordo com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, a empresa congelará contratações, demitirá mais funcionários e reestruturar e cortará despesas e orçamentos da maioria das equipes, e se prepara para “crises sem precedentes”.

Lori Goler, chefe de pessoal da Meta, disse que a companhia não preencherá as vagas e suspenderá as transferências internas, informou “Investing.com”.

A Meta, perde usuários, a receita cai, a incerteza sobre o futuro do “metaverso” só aumenta, a pressão dos investidores só sobe.

A estabilidade até para os gigantes da tecnologia, definitivamente, não existe mais. Facebook em 10 anos, atingiu o valor de US$ 230 bilhões, sua avaliação chegou a US$ 1,1 trilhão, mas desde que colocou todas as suas fichas no metaverso, seu valor despencou mais de US$ 800 bilhões.

O TikTok chinês pareceu se mostrar melhor e agora luta para não cair na mesma.

Segundo “Forbes” Zuckerberg teria dito, em documentos internos: “eu diria que esta pode ser uma das piores crises que vimos na história recente”.

Grandes empresas tecnológicos passaram abruptamente da euforia a horizontes apocalípticos
Grandes empresas tecnológicos passaram abruptamente da euforia a horizontes apocalípticos
A BBC calculou que em outubro de 2021 alguns dos maiores nomes do setor — Apple, Netflix, Amazon, Microsoft, Meta (dona do Facebook) e Alphabet (dona do Google) — atingiram uma perda de mais de US$ 3 trilhões em valor de mercado acumulado em 12 meses na bolsa americana. 

Só a Apple acusou uma desvalorização de mercado de um trilhão de dólares em 2022 deixando de ser a empresa de tecnologia mais valorizada.

A gigante do comércio eletrônico Amazon, anunciou a demissão de 136 mil postos de trabalho no mundo todo até 21 de novembro, de acordo com o site Layoffs.fyi, que monitora os cortes de empregos na área de tecnologia. E num segundo momento demitiu mais 18.000 no plano mais massivo de supressão de empregos de sua história.

Além dos 11 mil funcionários de Meta demitidos a Twitter cortou 3,7 mil profissionais ou cerca de metade de sua força de trabalho.

A causa está na desaceleração econômica global em que as empresas investem menos dinheiro nas receitas de publicidade nas plataformas de rede social.

O Twitter saiu do mercado de ações após ser comprado pelo bilionário Elon Musk, malgrado os sinais de alerta que já existiam que falavam de uma eventual falência.

A depressão brusca para otimistas ingênuos
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos EUA, estimaram que o Twitter perdeu um milhão de usuários.

O Facebook perdeu quinhentos milhões de seguidores num ano - inédito em seus 18 anos de história.

As duas empresas contam com uma base de usuários enorme, mas a perda de usuários derrubou suas ações.

As gigantes de tecnologia acumulam uma perda de US$ 3 trilhões em 12 meses no mercado acionário americano

Outras plataformas desaparecem ou se tornam irrelevantes, como a MySpace que tinha 300 milhões de usuários em 2007 e hoje sobrevive com apenas seis milhões de usuários em todo o mundo.

A Orkut foi a rede social mais popular do mundo até ser desativado em 2014. Bebo, MySpace, Vine, todos vieram e se foram. O Twitter parece estar à beira de forçar seus usuários a migrar, escreve a BBC.