Cinco neurocientistas passaram um mês numa região remota e agreste para experimentar males dos artefatos digitais |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Cinco neurocientistas americanos passaram um mês numa região remota e agreste do estado de Utah, para tentar compreender o quanto o uso intenso de artefatos digitais e outras tecnologias cibernéticas mudam o modo pensar e a conduta dos homens.
Eles queriam ver também se um retiro ajuda a reverter os maus efeitos.
A experiência foi em 2010, porém hoje seus resultados estão cada vez mais atuais, sobre tudo com a dependência dos dispositivos virtuais estimulada pela pandemia. A reportagem foi publicada no “The New York Times”.
Na região escolhida não há antena para celulares e os emails não chegam.
Os especialistas deixaram os laptops na cidade e partiram para uma “viagem ao coração do silêncio” através do rio San Juan que atravessa canhões inóspitos.
Os professores descobriram que dormiam melhor, mesmo em regime de acampamento, e perderam a ansiedade para consultar incessantemente o celular.