Verdadeiros martírios de católicos em mãos de fundamentalistas islâmicos aconteceram em Maalula, aldeia situada ao norte de Damasco, na Síria.
O testemunho de uma mulher católica, cujo nome é preservado no anonimato por razões de segurança, permitiu à agencia vaticana Fides reconstituir detalhadamente o martírio.
No dia 7 de setembro, os seguidores de Maomé foram violando casas dos católicos: destruíam imagens religiosas, objetos familiares e semeavam o terror.
Numa casa estavam os católicos Mikhael Taalab, seu sobrinho Antoun Taalab e seu neto Sarkis el Zakhm, além da mulher A., única sobrevivente.
Os devotos do Corão intimaram os presentes a se perverterem ao Islã, ameaçando matá-los se não o fizessem.
Sarkis respondeu alto e bom som: “Sou cristão, e se quereis me matar-me porque sou cristão, fazei-o!”.
O jovem e seus parentes foram fuzilados a sangue frio. A mulher ficou ferida, mas foi salva num hospital de Damasco como que por milagre.
“O que aconteceu com Sarkis é um verdadeiro martírio, um assassinato por ódio à fé (in odium fidei)”, disse à Fides a Irmã Carmel.
Houve grande emoção entre os cristãos de Damasco – onde há muitos fugitivos de Maalula –, especialmente entre os presentes ao funeral.
As exéquias foram celebradas pelo Patriarca Gregório III Laham na catedral católica do rito greco-melquita.