Dallas: a polícia não fez nada porque era uma forma lúdica do Halloween |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Na Festa de Todos os Santos (1º de novembro) se comemora a memória de todos os santos e mártires, conhecidos ou não, com a certeza de que eles já estão com no Céu, intercedendo por nós junto a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Entre eles desejamos que estejam nossos antepassados mais queridos. E rezamos para que, se pela Justiça Divina se encontrem no Purgatório, a Misericórdia de Deus pela intercessão de Maria Santíssima os resgate e os leve logo ao Céu. Intenção pela qual devemos rezar especialmente no dia de Finados (2 de novembro).
Mas nesta crise de descristianização que se alastra desde o Concilio Vaticano II, está entrando um outro costume com aparências de brincadeira na véspera da Festa de Todos os Santos.
É o Halloween, durante o qual se veste e decora-se a casa com objetos e cenas que se inspiram em coisas demoníacas. Destaca-se neste ano a aterradora exibição “artística” de Halloween em Dallas (EUA) feita pelo artista plástico Steven Novak, noticiada pelo periódico “La Nación”.
Ele montou no jardim dianteiro de sua casa uma cena de terror com manequins-cadáveres sadicamente assassinados entre poças de sangue.
Artista plástico Steven Novak fez em seu jardim um cenário de terror |
Em outros lugares fazem lanternas de abóbora, fogueiras, jogos de adivinhação, atrações “assombradas”, contam histórias assustadoras e se assiste a filmes de terror.
O termo Halloween foi criado por volta de 1745 pela contração do termo escocês All Hallows' Eve, ou véspera do Dia de Todos os Santos.
Alguns falam, não sem fundamento, de uma sobrevivente de práticas supersticiosas ou diabólicas de povos pagãos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
Essas comemoravam o “dia das bruxas”, ou Samhain entre os celtas. Desde fins do século II, a evangelização foi banindo essas torpes práticas primitivas.
Essa questão do Halloweenme veio à mente, lendo um cuidadoso depoimento da explosão de satanismo que culminou recentemente no incêndio e destruição de duas igrejas históricas no centro da capital chilena.
Chile: jovens picham igreja pedindo 'Morte ao Nazareno' |
No depoimento me deparei com pungentes perguntas levantadas por Juan Antônio Montes Varas, diretor da associação chilena “Credo”, e publicadas em Roma.
O autor observa que em nossa era secularizada, as manifestações de ódio satânico eram geralmente disfarçadas de secularismo.
Porém, agora em Santiago do Chile, ouviu-se um rugido de ódio incendiário contra Deus como nunca antes.
Igrejas históricas foram entregues às chamas ateadas por centenas de vândalos, que celebraram freneticamente a queda da torre de uma das igrejas.
Juan Antônio visitou os escombros dos dois templos e entre muitas outras blasfêmias leu pichada na parede uma consagração a Lúcifer... Na parede oposta outro grafite condenava Nosso Senhor: “Morte ao Nazareno”.
Com suas roupas impregnadas de cheiro de fuligem, Juan Antônio saiu se perguntando: como é possível que tantos tenham participado desta verdadeira orgia satânica? De onde veio essa geração de chilenos? Como eles poderiam ser pervertidos dessa maneira?
E veio à sua mente o fato tantas vezes comprovado que esses jovens que pretendem ser a fina ponta da modernidade cresceram num ambiente saturado de demandas ilimitadas de mais igualdade, mais liberdade e mais fraternidade.
O auge dessa igualdade só pode consistir em equiparar Deus e Satanás, segundo se deduz da narração bíblica sobre a revolta de Lúcifer.
Se todos somos “irmãos” sem restrições, segundo a última encíclica de Francisco e a pregação de organismos internacionais, não deveríamos nós todos nos alegrar com as “comemorações” dos “irmãos” ainda que incluam os piores horrores?
Incêndio igrejas na capital do Chile |
Assim, achei uma ponta de explicação dos inenarráveis crimes religiosos praticados em Santiago do Chile e que suscitaram as perguntas do chileno Juan Antônio Montes Varas.
Nesse sentido, foi muito claro o Monsenhor Rubens Miraglia Zani, Exorcista Oficial da Diocese de Bauru (SP) e Delegado Coordenador da Associação Internacional dos Exorcistas, que explicou no Curso da Associação Internacional dos Exorcistas na cidade de São Paulo:
“Halloween faz parte de um projeto mais vasto, que quer induzir a opinião pública, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, a se familiarizar com mentalidades ocultas e mágicas, estranhas e hostis à fé e à cultura cristã.
“Querem o desaparecimento da visão cristã da vida e que se retorne àquela pagã. [...] a mentalidade ocultista se está introduzindo subliminarmente e as crianças estão sendo acostumadas a essa linguagem e simbologia como diversão, brincadeira, atividade lúdica”.
O padre italiano Aldo Buonaiuto, exorcista e coordenador de um serviço de ajuda a vítimas do ocultismo, acrescentou no livro “Halloween: a travessura do diabo” (Paulinas, 2019, pág.82):
“O Halloween, prossegue, não é uma festa de máscaras para crianças como gostariam de dar a entender, mas é a principal celebração mágico ocultista-satânica do ano!”
Moça comemora incêndio numa igreja histórica de Santiago de Chile
“Todas as práticas do espiritismo são proibidas, porque são supersticiosas, e muitas vezes não estão isentas de intervenção diabólica, e por isso foram justamente interditas pela Igreja” ensina o imutável Catecismo de São Pio X, na resposta à pergunta nº 366.
E ainda no mais recente Catecismo da Igreja Católica, mandado publicar no pontificado de João Paulo II lemos:
“Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente ‘reveladoras’ do futuro”. (nº 2116).
Em 30 de outubro de 2019, Mons. Virgil Bercea, Bispo Greco-Católico de Oradea, do norte da Romênia, que sofreu na própria pele o ódio satânico na forma de torturas da polícia comunista, afirmou: “Esta festa foi combinada para destruir a solenidade de Todos os Santos”.
Não é mera travessura, é iniciação no satanismo |
O Padre Francesco Bamonte, Exorcista de Roma e Presidente da Associação Internacional dos Exorcistas adverte:
“Até as escolas são decoradas com fantasmas, cabeças de abóbora e máscaras monstruosas, que constituem uma real exaltação do macabro. O objetivo desta festa não é apenas comercial, mas sobretudo o de induzir a opinião pública, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, a familiarizar-se com a mentalidade ocultista e da magia, [...] enquanto assistimos à tentativa de eliminar os crucifixos dos locais públicos e à proibição de montar o Presépio.
“Na noite de Halloween também se registra um aumento impressionante de todos os rituais do satanismo, [...] na qual o ritual de consagração a Satanás ocorre em moldes perversos e desumanos”.
Anton LaVey, fundador da Igreja de Satanás. |
Naqueles anos se espalhava o convite de Anton LaVey, fundador da Igreja de Satanás:
“Estou feliz por ver os pais cristãos deixarem seus filhos adorarem ao diabo pelo menos uma noite por ano. Bem-vindos ao Halloween!”
Alinhavando tudo isso, me pareceu poder formular melhor uma resposta às perguntas acima mencionadas pelo diretor da associação chilena “Credo”.
E creio que se pode entender as violências incalculáveis que as esquerdas comuno-ecologistas aliadas à teologia indigenista-tribalista preparam contra nosso país, nossas cidades, nossas propriedades e nossas famílias.
O Halloween é uma prova de que o neopaganismo está vigorando com toda força. Triste tempos em que vivemos!
ResponderExcluirQue os testemunhos negativos de tantos exorcistas contra o Halloween possam abrir os olhos das pessoas!
A paz de Cristo.
ResponderExcluirTudo isso é muito triste e essa "festa", é sim, demoníaca e foi trazida ao Brasil, lá pelos anos 1980. Nos US, é comum, infelizmente, cristãos participarem desse culto maligno. Claro, geralmente, são adeptos do Protestantismo, que, por desconhecerem a História do Cristianismo ( eles apenas conhecem a História de Cristo, a partir do herege Lutero...), montam e participam do Halloween.
Sobre queimar Igrejas: tenho acompanhado o que acontece com frequência no Chile e isso, muito me entristece. Como o Mal se espalha fácil, queimar Igrejas podem ser "moda" por aqui, principalmente em 2022, ano de eleições, quando há um grande risco dos bandidos Antifas e BLM, tentarem fazer aqui o que fazem no Chile e fizeram nos US em 2019/20. Nós devemos estar preparados para proteger, defender as Igrejas pelo Brasil. Se for necessário, deve-se formar grupos de cristãos para proteger a Igreja e claro, exigir das autoridades que envie tropas para proteção das Igrejas. Esses criminosos devem ser punidos com o maior rigor.
Oremos e lutemos em defesa de Cristo e da Sua, nossa Igreja.
Abs.