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Os católicos continuam sempre mais numerosos mas cada vez mais se afastam do clero em diminuição e revolução. Nem mesmo vão ao Vaticano como nesta proclamação do dogma da Assunção em 1950 |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O número total de católicos no mundo está crescendo, hoje nós somos 1.389 milhões, ou seja, quase um em cada 5 seres humanos. Porém, o número de religiosos, seminaristas e padres não para de diminuir, especialmente na Europa, informou a agência “Aleteia”.
Isso apontam as últimas estatísticas da Igreja Católica apresentados pela agência vaticana Fides, em 17 de outubro de 2024 e que abrange o ano de 2022.
Todos os anos, a Fides, órgão de informação das Pontifícias Obras Missionárias, publica estas estatísticas respeito ao número de fiéis, sacerdotes, seminaristas e religiosos. Fides oferece dados discriminados por continente.
As estatísticas globais, registram 1.389.573.000 católicos.
Os dados da América do Sul e da América do Norte, estão incluídos no termo genérico “América”. Esta metodologia não permite evidenciar as tendências específicas dos três áreas geográficas (Norte, Centro,Sul) que não cobrem as mesmas realidades eclesiais.
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Procissão do Senhor dos Milagres, Salta, Argentina |
Essa penosa queda na Europa é quase o dobro da perda do ano anterior, 2021, quando o Velho Continente ficou sem 244 mil católicos.
A tendência geral dos europeus nos últimos 10 anos, tem sido descendente, em contraste com o resto do mundo. A Europa conta atualmente com 285 milhões de católicos, ou seja, 20,55% da população católica mundial e é uma das mais desmoralizadas pelo "progressismo" pós-conciliar.
Há vários anos, o continente onde mais cresce o número de católicos é a África, que ganhou mais de 7 milhões de fiéis em 2022.
Este número é ligeiramente inferior ao de 2021, quando o continente aumentou em mais de 8 milhões de novos católicos.
A África apresenta um crescimento constante dos fiéis que ascendem agora a mais de 275 milhões, ou seja, 19,6% da população mundial, quase a mesma proporção dos católicos europeus.
A América, em crescimento numérico, ocupa o segundo lugar tendo acolhido quase 6 milhões de novos fiéis em 2022.
Na Ásia, o número de católicos aumentou em 889 mil e na Oceania em 123 mil.
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Primeira comunhão no Oriente |
O crescimento dos fiéis católicos na África repercute no aumento dos sacerdotes (mais 1.676 em 2022). Hoje há 53.659 padres africanos ou pouco mais de 13% do clero mundial.
Depois da África, a Ásia foi o continente que ganhou mais sacerdotes em 2022, com 1.160 novas ordenações. Os padres asiáticos somam 72.911 e representam quase 18% do total do clero.
A evolução positiva destas regiões, porém, não compensa as perdas de sacerdotes noutras áreas geográficas. No mundo continuam a diminuir ligeiramente, sendo 407.730 em 2022 em comparação com 407.872 no ano anterior.
A Europa perdeu 2.745 sacerdotes em 2022, seguida pela América, com 164.
Apesar disso, a Europa e a América têm mais sacerdotes: 157.577 e 119.145, respectivamente.
Em 2021, a Oceania registrou um aumento de 11 sacerdotes, mas em 2022 perdeu 69 sacerdotes, para ficar num total de 4.438.
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África é o continente onde mais cresce o número dos católicos |
Na América, cada sacerdote deve cuidar de 5.592 fiéis.
Na Ásia há uma ligeira melhoria, com 2.111 fiéis por sacerdote, em comparação com 2.137 em 2022. A Europa é a região melhor atendida, com um sacerdote para cada 1.812 fiéis.
Porém o declínio persistente do número de sacerdotes deverá continuar por causa do declínio do número de seminaristas: em 2022, havia apenas 108.481 nos cinco continentes, abaixo dos 109.895 em 2021.
A África oferece mais candidatos ao sacerdócio, com 34.541, ou 726 a mais que em 2021. Os seminaristas africanos são 32% do total mundial, ou quase um em cada três.
Depois de África, segue a Ásia, com 31.767 seminaristas, ou seja, 29% do total, embora com um decréscimo de 375 seminaristas em 2022. Africanos e asiáticos representam, portanto, mais de 60% dos futuros sacerdotes da Igreja.
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Experiencias progressistas como o 'Sínodo Alemão' afastam os fiéis europeus |
Em 2022, havia 49.414 religiosos não-sacerdotes e 599.228 freiras. Ambas as categorias estão em diminuição constante há anos, e em 2022 os religiosos perderam 360 e as freiras 9.730.
As religiosas eram 814.779 em 1998, sofrendo um declínio acentuado nos últimos 25 anos, apesar de alguns aumentos na África e na Ásia. Na Europa, o número de freiras diminuiu em 7.012 e na América em 1.358.
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