terça-feira, 12 de novembro de 2024

Alemães saem da Igreja e bispos pedem aumentar as causas da apostasia

As igrejas na Alemanha se esvaziam e o episcopado acentua as causas
As igrejas na Alemanha se esvaziam e o episcopado acentua as causas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A forte crise dos abusos sexuais e a deriva sinodal da Igreja na Alemanha liderada pela maioria do episcopado heterodoxo que busca o confronto contínuo com Roma está fazendo com que a Igreja na Alemanha perca mais fiéis ano após ano, registrou “Infovaticana”.

A Conferência Episcopal Alemã comunicou que 2023 terminou com 20.345.872 católicos professos (24% da população alemã). Portanto, 402.694 pessoas deixaram a Igreja Católica nesse ano.

Mas o episcopado alemão não lamentou nada, antes bem comemorou que o número de apostasias fosse inferior ao das de 2022, quando 522.821 renegaram a Igreja.

Após os sinistros números de 2022, os de 2023 foram os piores da história alemã.

Em 2023 na queda chegou a 131.245 batismos contra 155.173 em 2022. O número de casamentos na Igreja caiu para 27.565 em comparação com 35.467 em 2022.

Em 2023, 151.835 crianças comungaram pela primeira vez, mas em 2022 foram 162.506.

105.942 jovens foram confirmados em todo o país, contra 110.942 em 2022.

O número de enterros religiosos caiu para 226.179 contra 240.144 em 2022.

Ainda segundo a Conferência Episcopal Alemã, as paróquias foram reduzidas em número com reformas estruturais das dioceses: ficaram 9.418, com cerca de 200 a menos que em 2022.

As igrejas vão sendo abandonadas, transformadas em locais de prazer, hoteis ou moradias.
As igrejas vão sendo abandonadas, transformadas em locais de prazer, hotéis ou moradias.
E também caiu o número de sacerdotes a 11.702 dos 11.987 de 2022.

Nem mesmo os badalados diáconos permanentes compensaram as perdas em 2023 com 3.146 e abaixo dos 3.184 de 2022.

Em 2023 houve 38 ordenações sacerdotais longe dos 105 ordenados no mesmo ano na França.

Números assaz raquíticos em ambos países e incapazes de tampar os vazios que se abriram.

O próprio bispo de Limburgo e presidente da Conferência Episcopal Alemã, Mons. Georg Bätzing, reconheceu que as estatísticas apresentavam quadros alarmantes.

“Os números mostram que a Igreja está numa crise geral”, disse e se resignou a constatar que “os números são um indicador da realidade”.

O bispo Bätzing tentou transmitir um artificioso otimismo dizendo que ainda quando a Igreja se torna menor conserva a tarefa de “anunciar a boa nova de um Deus amoroso, criativo e libertador”.

Mons. Georg Bätzing, presidente da Conferencia Episcopal acompanha alegremente a derrubada da Igreja que Cristo fundou no Calvário
Mons. Georg Bätzing, presidente da Conferencia Episcopal
acompanha alegremente a derrubada da Igreja
que Cristo fundou no Calvário
E é precisamente o que os fiéis não veem mais que venha sendo feito!

O presidente da Conferência dos Bispos apelou a fazer urgentemente mais reformas na Igreja, as mesmas que estão afastando os fiéis dos clérigos tendo perdido a confiança dos velhos tempos.

“As reformas por si só não podem resolver a crise da Igreja, mas sem reformas a crise irá piorar e é por isso mudanças devem ser feitas”, disse Bätzing, omitindo que as que estão sendo feitas são comprovadamente erradas, a acreditar nas estatísticas dos promotores dessas reformas.


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