Loja de armas nos EUA |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Após abolir a norma “Roe vs Wade” e assim abolir o fundamento constitucional do aborto, a Suprema Corte dos EUA decidiu contra uma lei de Nova York que restringia a posse de armas evidenciando que a lei local que a 2ª Emenda da Constituição, que garante o direito de “possuir e portar armas”, como ecoou toda a mídia internacional.
A decisão dos magistrados anula as exigências de comprovantes de uma necessidade particular para a obtenção de licença para porte de arma em público para autodefesa.
Os juízes votaram contra a pretensão de New York por 6 a 3 ampliando uma decisão de 2008, na qual o Tribunal reafirmou o direito de possuir armas, mas dentro de casa.
A decisão levará mais pessoas a portar armas legalmente nas ruas das maiores cidades do país pois uma norma do Supremo para um estado, se aplica também em todos os outros.
Cerca de um quarto da população dos EUA vive nos estados afetados pela decisão. Califórnia, Havaí, Maryland, Massachusetts, Nova Jersey e Rhode Island por exemplo têm leis semelhantes que serão contestadas após a decisão.
Nancy Pelosi lidera protesto contra legalização do porte de armas |
E governador do estado acrescentou: “não vamos recuar, vamos nos defender”.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Associated Press durante as eleições presidenciais de 2020, cerca de metade dos eleitores disse que as leis de armas dos EUA deveriam ser mais rígidas, um terço disse que deveriam permanecer como estão, e 1 em cada 10 disse que deveriam ser menos rígidas.
A maior diferencia está nas preferências político-ideológicas, pois cerca de 8 em cada 10 eleitores democratas querem leis sobre armas mais duras.
E entre os republicanos, cerca de metade quer que fiquem como estão, e a metade restante se dividiu entre mais e menos rigorosas.
A decisão foi tida em conta de golpe devastador para os seguidores do partido democrata e para os setores mais progressistas do país que queriam maiores limitações ainda, escreveu “Clarín”.
O presidente Joe Biden disse estar “profundamente decepcionado”. O governador Gavin Newsom, líder do Partido Democrata tweetou “é um dia sombrio na América”.
O parecer foi elaborado pelo ministro Clarence Thomas, quem escreveu que a Segunda e a Décima Quarta Emendas à Constituição protegem o direito de um indivíduo de portar uma arma para autodefesa fora de casa.
Sete outros estados com 80 milhões de habitantes têm um requisito semelhante de “causa adequada” para portar armas escondidas em público.
A maioria dos outros estados tem regras mais frouxas sobre o porte de armas em público. Trinta e um estados permitem o porte aberto sem autorização e 21 permitem o porte oculto sem autorização. No Texas ou em Oklahoma é muito comum entrar em um bar e ver consumidores bebendo cerveja armados.
Corte Suprema de Justiça referendou o direito a portar armas |
Os juízes de propensão para a esquerda apelaram recorde de 45.000 americanos mortos por armas de fogo em 2020.
Mas, os grupos de defesa das armas insistem que cidadãos cumpridores da lei não representam uma ameaça maior à segurança pública.
O tema divide a fundo a população e jornais que favorecem as esquerdas como o “The New York Times” já têm escrito que o país marcha para uma “balcanização”.
O fato é altamente preocupante se levamos em consideração que o crime e a ilegalidade sempre dispuseram fartamente de armas e são os que mais uso fazem delas, ilegalmente é claro.
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