terça-feira, 11 de maio de 2021

Sem crianças, metade das cidades japonesas pode se extinguir

Reprime-se a natalidade e o país vira um enorme refúgio de velhos
Reprime-se a natalidade e o país vira um enorme refúgio de velhos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









O que nem a bomba atômica conseguiu a ‘cultura da morte’ está obtendo: extinguir a população do Japão.

Uma subcomissão ad hoc do Conselho de Política do Japão chegou à conclusão de que quase metade dos municípios do país terá dificuldades para continuar existindo normalmente até 2040, segundo vem informando há anos a BBC Brasil.

O estudo focou a população de mulheres com idade de 20 a 39 anos, pois elas são o fator-chave para o futuro da população japonesa.

Liderada pelo ex-ministro de Assuntos Internos, Hiroya Masuda, dita subcomissão elaborou a lista das cidades, vilas e aldeias cujas populações diminuirão em pelo menos 50% no período 2010-2040, se continuarem as atuais tendências anti-populacionais.

Censo 2005 do Japão: as cores apontam a idade média e o envelhecimento do país.
Censo 2005 do Japão: as cores apontam a idade média e o envelhecimento do país.

A estimativa está baseada nas estatísticas do Instituto Nacional de População e Pesquisa da Segurança Social.

O Instituto apontou 896 municípios, ou 49,8% do total do país, como locais que podem desaparecer, virando cidades fantasma.

523 localidades, cujas populações estão abaixo de 10 mil moradores – cerca de 30% do total –, tendem a “quebrar” por falta de crianças nas próximas décadas.

Em contrapartida, a população aumenta nas grandes cidades, procurando emprego, dinheiro e sensações, mas sem pensar na família e em ter filhos.

Onjuku é uma das cidades que podem virar 'fantasma' segundo a BBC.
Onjuku é uma das cidades que podem virar 'fantasma'.
O governo japonês quer formar um comitê para tratar exclusivamente da regeneração das cidades do interior, focado principalmente na criação de postos de trabalho para jovens e no aumento da taxa de natalidade.


5 comentários:

  1. Interessante que o Japão, enquanto cultura milenar oriental, prezava a família numerosa, como a China. No entanto, com a "reconstrução do Japão" pelos americanos após a bomba atômica, um estilo de vida materialista e hedonista foi introduzido na sociedade japonesa, em parte devido ao capitalismo. Tragicamente, em vez de um futuro seguro, como propunha as teorias malthusianas, o declínio populacional tem trazido uma ameaça a perpetuação do Japão.
    Isso mostra como o fechamento ao transcendente, ou a Deus, não é capaz de gerar verdadeiro bem-estar e felicidade.
    É uma geração rica materialmente, mas carente espiritualmente.
    Deus tenha piedade de nós, pois todos, de uma maneira ou outra, somos afetados pelo empobrecimento espiritual da sociedade.

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  2. A proposito do declínio populacional, há um documentário muito interessante chamado: Demographic Winter (Inverno Demográfico).

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  3. Uma reflexão sobre a desumanização do mundo de hoje e relação dessa desumanização com a provável legalização futura da eutanásia. Como o comentarista do vídeo disse, que as pessoas se preparem para evitarem o pior para os seus pais e para si mesmas.
    https://youtu.be/XHW0N2vuJtc

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  4. Salve Maria!
    Gostaria de partilhar um link interessante sobre o problema do declínio populacional na Alemanha.
    http://www.dw.com/pt-br/alemanha-est%C3%A1-abaixo-da-m%C3%A9dia-no-combate-ao-decl%C3%ADnio-populacional/a-37955544

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  5. Veja!
    Japão: esterilizações forçadas no passado x inverno demográfico atual
    http://br.radiovaticana.va/news/2017/02/28/jap%C3%A3o_esteriliza%C3%A7%C3%B5es_for%C3%A7adas_x__inverno_demogr%C3%A1fico/1295575

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