Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O jornalista árabe muçulmano Bassam Tawil externou seu pasmo vendo a apatia do mundo católico ocidental quando um míssil teleguiado do grupo terrorista Hisbolá atingiu em cheio a Igreja Greco-Católica de Santa Maria em Iqrit, norte de Israel.
O ataque feriu gravemente um fiel de 85 anos. O Hisbolá se vangloriou do crime num vídeo dos seus mísseis demolindo a igreja.
Enquanto isso acontecia o Papa Francisco I insinuava que Israel é culpado do assassinato de duas mulheres católicas no complexo da Paróquia Católica da Sagrada Família, na Faixa de Gaza.
O papa ecoou falsas alegações do Hamas e de outros grupos terroristas. Mas não foi um fato isolado, explicável por razões pontuais, mas corresponde a uma linha de conduta que já tem vários anos, observou o muçulmano Tawil.
Quando os maometanos martirizam católicos no Oriente, os líderes de sua Igreja fingem não tomar conhecimento. Por quê?
Cada vez há mais provas de que terroristas islâmicos do Hamas utilizam igrejas para lançar seus foguetes, como revelou sem vergonha até Mons. Alexios, arcebispo grego ortodoxo de Gaza.
Fontes militares europeias e dos EUA atribuíram o ataque ao Hospital Al-Ahli na Faixa de Gaza, a um foguete árabe e desqualificaram o número de mortos aduzido pelo Hamas.
Porém, o Patriarcado Latino de Jerusalém adotou em comunicado a fake dos terroristas corânicos de que as vítimas “foram baleadas a sangue frio”, e tudo sem qualquer prova, exclama Tawil.
Apontando com dedo acusatório ao lado não culpado, o Papa e o Patriarcado Latino em Jerusalém adotam as falsas alegações do Hamas. Num piscar de olhos, levantaram falso testemunho e nem se incomodaram com a investigação do incidente da igreja em Gaza.
Assim também age a grande mídia no Ocidente.
Onde estavam o Papa e demais organizações católicas quando seus irmãos na Fé eram sistematicamente visados e perseguidos pela ramificação da Irmandade Muçulmana? Perguntou o muçulmano Tawil.
“O Hamas está transformando (as áreas controladas pelos palestinos) numa teocracia islâmica, e os cristãos são continuamente discriminados.
Grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica conceberam uma cultura de ódio contra os cristãos que produz numerosos atentados, escreveu o advogado internacional de direitos humanos Justus Reid Weiner.
Weiner diz que esses crimes religiosos se inspiram no pensamento primordial do Islã:
“no Islã cristãos e judeus recebem o status social inferior ou dhimmitude.
“A dhimma é um contrato legal de submissão imposto a judeus e cristãos que os sujeita a restrições legais e culturais sob a lei islâmica.
“Os muçulmanos podiam andar a cavalo, mas cristãos e judeus só podiam montar burros.
“Os muçulmanos podiam usar tecidos finos, mas cristãos e judeus só podiam usar tecidos grossos”.
Weiner observa que: “na sociedade palestina, os cristãos árabes não têm voz nem proteção. 70% dos cristãos árabes da Cisjordânia e Gaza agora vivem no exterior”.
No Natal, na Nigéria, 160 cristãos foram assassinados em ataques coordenados por grupos islamitas.
Em 2022 a Nigéria foi o nº 1 do mundo no sinistro ranking de cristãos martirizados pela sua fé.
Porém, quando se cometem essas atrocidades, raramente se ouve as vozes dos próprios líderes católicos ocidentais que dizem se preocupar com o bem-estar e a segurança de todos os homens.
Esses líderes estão causando enormes danos aos seus rebanhos, diz perplexo Tawil. E acrescentamos nós, escandalizam até muitos muçulmanos cultos como Tawil.
A insensibilidade desses líderes faz e ainda fará que os cristãos sejam alvo de ataques mais ferozes do que nunca.
Eles estão dando luz verde ao Hamas, ao Hezbolá e a outros terroristas islâmicos para que assassinem e destruam locais sagrados dos católicos.
Qual é então a sinceridade de suas exigências pela paz, pela vida, pelos direitos do homem, pelo ecumenismo, quando não parecem se importar até quando o banho de sangue de mártires os salpica sem cessar?
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