terça-feira, 14 de março de 2023

Sínodo Alemão rumo ao precipício do cisma

O 'Sínodo' ou 'Caminho Sinodal' alemão nas pêgadas de Lutero. O heresiarca prega suas teses numa igreja de Wittenberg
O 'Sínodo' ou 'Caminho Sinodal' alemão nas pegadas de Lutero.
O heresiarca prega suas teses numa igreja de Wittenberg
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O Secretário de Estado vaticano Cardeal Pietro Parolin e os cardeais Ladaria e Ouellet com aprovação do Papa, escreveram ao presidente do DBK (a CNBB alemã) atendendo a uma pergunta de cinco bispos alemães que “nenhuma Conferência Episcopal tem competência para constituir o 'Conselho Sinodal' em nível nacional, diocesano ou paroquial”, noticiou “Infocatólica”.

Os cardeais vaticanos se referiam às assembleias semelhantes às CEBs latino-americanas, geralmente conhecido como “Sínodo Alemão” ou “Caminho Sinodal”, em todas suas versões diocesanas. Os cardeais vaticanos afirmam que bispo algum está obrigado a participar dele que “formaria uma nova estrutura de governo da Igreja”.

Porém, a Conferência Episcopal Alemã reafirmou que não mudaria de rumo.

Deão Wolfgang Picken, renunciou ao 'Sinodo Alemão'
porque 'estava tudo preparado de antemão'
O Deão do clero católico de Bonn Pe. Wolfgang Picken embora partidário das reformas e mudanças bafejadas por dito “Sínodo”, renunciou a ele dizendo “não posso apoiar a falta de abertura com que muitos debates são realizados e numerosas propostas de reforma que abandonam levianamente a unidade com a Igreja universal”, informou também “Infocatólica”.

Ele se declarou decepcionado pela “falta de uma cultura de debate e de faculdades críticas” nesse “Caminho Sinodal”.

Denunciou que críticas e objeções, como a recente intervenção do Vaticano, têm sido amplamente ignoradas e, em vez disso, a própria agenda de cada um tem sido perseguida sem medo.

“Isso viola o princípio básico da sinodalidade. Trata-se de ouvir uns aos outros e se engajar em um diálogo sério”, disse.

Se desconectar até do Papa põe em risco a unidade com a Igreja universal, acrescentou.

Ele verberou a “obstinação inabalável e a crueldade com que é procurada uma via alemã separada” da Igreja Católica com “metodologia duvidosa”.

Ele explicou que “durante muito tempo, sentiu-se que os objetivos do Caminho Sinodal já estavam definidos de antemão”, o que o esvaziaria do pretenso espírito democrático contido na palavra talismã “Sinodal”.

O Pe. Picken se juntou à decisão tomada na mesma direção por quatro teólogos alemães.


A 'via sinodal' democrática e revolucionária blasfema contra a Igreja, diz o Cardel Muller
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Na abertura da Assembleia de Primavera da Conferência Episcopal Alemã (BDK), o Núncio Apostólico Mons Nikola Eterovic, sublinhou que o Vaticano exclui categoricamente ditos “conselhos sinodais”.

Em seu discurso, explicou que a mulher não pode acessar o sacerdócio porque não há lugar para isso no princípio petrino, verdade que revolta os participantes do “Caminho Sinodal”.

E reafirmou, com o apoio do Papa Francisco: “recebi instruções ex oficio para especificar que, de acordo com uma correta interpretação do conteúdo da carta (acima referida) dos três cardeais, nem mesmo um bispo diocesano pode constituir um conselho sinodal em nível diocesano ou paroquial”.

E concluiu apelando a não reforçar forças centrífugas, mas sim a unidade e com o Papa em Roma “como Sucessor de Pedro, perene e visível princípio e fundamento da unidade da multiplicidade dos bispos e dos fiéis que tem o seu fundamento em Jesus Cristo, que “é o mesmo ontem, hoje e sempre”, completou “Infocatólica” que reproduziu o discurso em toda sua extensão.


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