domingo, 4 de outubro de 2015

Templo Satânico revela significados atualizados
de seu monumento a Lúcifer

Estátua que materializa a gnose anticristã.



Poucos meses atrás foi dada a conhecer em Detroit uma estátua de bronze de 2,7 metros representando declaradamente o demônio. O grupo Templo Satânico quer instalá-la na cidade de Oklahoma (EUA), diante do monumento dos Dez Mandamentos situado fora do Capitólio estadual, informou o jornal portenho La Nación. 

O desafio é explícito e a militância anticristã é escancarada. A estátua, denominada Baphomet pelos seus prosélitos, “complementará e contrastará” com os mandamentos cristãos que incluem “proibições inconstitucionais contra a liberdade de expressão e a livre prática da religião”, disseram os patrocinadores do culto satânico.

Estátuas consagradas ao demônio existiram na antiguidade pagã e ainda são cultuadas em falsas religiões do Oriente.

Porém, esta é a primeira que se quer cultuá-los em nome de princípios gestados na decadência da civilização cristã: os denominados “Direitos Humanos” nascidos na Revolução Francesa, o ecumenismo religioso desenvolvido no século XX e a metafísica igualitária que convulsiona a ordem civil e religiosa ocidental, especialmente sob suas formulações socialistas e comunistas.

Agora, com uma linguagem que evoca a filosofia ambientalista radical e as interpretações enviesadas da misericórdia veiculadas pelo Cardeal Kasper e seguidores, Lucien Greaves, cofundador do grupo satânico, explicou o significado da imagem.

“Nossa estátua servirá de farol que convoca para a compaixão e a empatia entre as criaturas vivas”. Greaves diz que deseja que pessoas de todas as idades “se sentem no colo de Satã para receberem inspiração e refletirem”.



Quando Satanás tira a máscara, é a hora de São Miguel
Quando Satanás tira a máscara, é a hora de São Miguel
Todo um código secreto iniciático fornece o significado da estátua e foi explicado pelo porta-voz do grupo infernal.

O nome viria de certas interpretações de sociedades secretas a respeito de um ídolo pagão denominado Baphomet. Para alguns historiadores, o nome deriva de “Bafoma”, o fundador do Islã.

Na novela anticristã “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, a palavra Baphomet é apresentada como uma versão de “Sofia” ou sabedoria, que na verdade seria a gnose iniciática.

A estátua está inspirada num desenho de 1856 do ocultista francês Eliphas Levi e representa um hermafrodita (homem e mulher) alado com uma tocha entre os chifres e uma estrela de cinco pontas na testa. Não é a estrela petista, embora se lhe assemelhe.

Nos braços leva a inscrição em latim “solve” (separar) e “coagula” (unir), os poderes de “atar e desatar” usurpados de Deus e do Papa.

Dois dedos de cada mão apontam para cima e para baixo, a fim de significar a igualdade entre ‘acima’ e ‘embaixo’, entre o Céu e o inferno, entre Deus e Lúcifer, entre a Verdade e o erro, o Bem e o mal, o Belo e o feio.

Segundo Eliphas Levi, assim ela “exprime a perfeita harmonia da misericórdia com a justiça”, obviamente mal entendidas e segundo o gosto do progressismo pastoral hoje tão difundido, mas sobretudo em apoio à agenda homossexual e ao sacrilégio da Sagrada Eucaristia.

O monstruoso rosto é de bode e a expressão neutra passa a ideia de que não há distinção entre o bem e o mal, entre o belo e o monstruoso, entre o bom e o perverso.

Duas crianças se apoiam no colo do ser maligno, mas Greaves se defendeu da suspeita de estar doutrinando crianças.

O novo ídolo encarna todas as revoltas do passado. E se precipitará no mesmo abismo.
O novo ídolo encarna todas as revoltas do passado.
E se precipitará no mesmo abismo.
No estômago de Baphomet há duas serpentes enroscadas para “simbolizar a reconciliação dos opostos”, velha doutrina da gnose.

A estátua embora hermafrodita não foi representada com peito, contrariamente ao modelo de Eliphas Levi, pois os promotores acharam imprudente desvendar sua posição sobre a ‘ideologia de gênero’. Mas Greaves mostrou sua afinidade com essa teoria, sublinhando o “dualismo masculino-feminino” da escultura.

A estrela de cinco pontas ou pentáculo, da testa de Baphomet, está invertida no encosto do trono e é um velho símbolo satânico.

Também aparece, invertida, uma “cruz de São Pedro”, em alusão ao demônio enquanto chefe de uma anti-Igreja.

A tocha entre os chifres representa o conhecimento ou a gnose. “Nós damos muita importância a isso, é central em nossas crenças”, acrescentou Greaves.

Ainda serão feitas inscrições na estátua. Entre elas, uma citação de Byron Cain: “Então, quem é o demônio? Aquele que não deixa viver, aquele que quer viver para sempre na alegria e no poder da gnose?”

Em termos menos enviesados, Deus é a fonte do mal e da repressão e Satanás é o “alegre (gay)” supremo que quer comunicar aos homens sua diabólica ciência da gnose.


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