quarta-feira, 23 de outubro de 2024

‘Cápsula de suicídio’ rumo ao inferno

A mulher de 64 anos olha para 'Sarco' antes de ser a primeira em se tirar a vida
A mulher de 64 anos olha para 'Sarco' antes de ser a primeira em se tirar a vida
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A polícia suíça prendeu várias pessoas pela utilização de uma cápsula de suicídio conhecida como Sarco, para tirar a própria vida, no primeiro suicídio desse tipo, noticiou a “BBC”.

Autoridades da região de Schaffhausen informaram que “várias pessoas” foram detidas suspeitas de incitar e auxiliar o suicídio de uma mulher de 64 anos nesse tipo de sarcófago numa cabana na floresta de Merishausen, na fronteira com a Alemanha.

Em 2023, aproximadamente 1.250 pessoas optaram pelo suicídio assistido no país, segundo a mídia estatal suíça, mas a cápsula Sarco não cumpre com os imorais preceitos legais.

Na Suíça, o uso da cápsula enfrenta oposição. Há também a preocupação de que o design moderno da cápsula glamurize o suicídio.

A empresa responsável pela cápsula alega que só pode ser operada pelo suicida sem a necessidade de supervisão médica. Ele a ativa por dentro e possui um botão de emergência para saída.

Sarco a apresentaçao midiática é de um procedimento qualquer, sem moral
Sarco a apresentação midiática é de um procedimento qualquer, sem moral
Já dentro do sarcófago a pessoa que quer suicidar deve deitar-se e responder a uma série de perguntas para confirmar que compreende o que está a fazer antes de acionar um botão que liberta nitrogênio na câmara selada, explicou “La Nación”.

O alerta foi dado por um escritório de advocacia, mas o número de pessoas presas, suas identidades e a identidade do falecido não foram divulgados. “A cápsula suicida foi confiscada e (o corpo) do falecido foi transferido para uma autópsia”, disse a polícia cantonal.

O jornal holandês Volkskrant noticiou que a polícia deteve um dos seus fotógrafos, que queria tirar fotos da utilização do “Sarco”.

No Reino Unido e em grande parte da Europa o suicídio assistido é ilegal, porém muitas pessoas viajam para a Suíça para encerrar suas vidas.

No Brasil, a eutanásia também é proibida e pode ser enquadrada como crime. A pena para quem pratica eutanásia varia de seis a 20 anos de prisão, enquanto auxiliar no suicídio assistido pode resultar em uma pena de seis meses a dois anos de prisão.

O suicídio foi completado com apariências de um retorno à ecologia, e não de cair no precipício infernal
O suicídio foi completado com aparências de um retorno à ecologia,
e não de cair no precipício infernal
Na Suíça, o método mais utilizado envolve a ingestão de líquidos que provocam a morte enquanto que a cápsula Sarco funciona ao ser preenchida com nitrogênio, até a pessoa perder a consciência e morrer asfixiada em cerca de 10 minutos.

Daniel Huerlimann, especialista em direito e professor na Universidade St. Gallen, afirmou à BBC que a cápsula “não constitui um dispositivo médico” pelo que seu uso infringe a legislação.

O Dr. Kerstin Noelle Vkinger, advogado e professor na Universidade de Zurique, defendeu o contrário no jornal Neue Zurcher Zeitung.

A organização Exit International sediada nos Países Baixos defende a legalização da eutanásia voluntária e disse ser a responsável pelo dispositivo, fabricado com impressão 3D e cujo desenvolvimento custou mais de um milhão de dólares.

Numa declaração da Exit International, o Dr. Philip Nitschke Nitschke disse estar “satisfeito com o facto de ‘Sarco’ ter funcionado exatamente como foi concebido”.

Para fugir da lei, o grupo afirmou que a suicida foi uma mulher de 64 anos do centro-norte dos EUA tirou sua vida usando seu sarcófago.

A ministra da Saúde, Elisabeth Baume-Schneider defendeu no parlamento suíço que a utilização do sarcófago não é legal.

Propaganda do suicídio
Propaganda do suicídio
E o jornal suíço Blick noticiou em julho que Peter Sticher, promotor público em Schaffhausen, advertiu aos advogados da Exit International que qualquer operador da cápsula suicida poderia enfrentar processo criminal e receber até cinco anos de prisão.

A BBC publica sua matéria concluindo com um aviso: “Se você está passando por depressão ou tendo pensamentos suicidas, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188. As ligações são gratuitas em todo o Brasil”.

O aviso é um indicador da multiplicação de crises morais e psicológicas que levam ao suicídio numa sociedade cada vez mais afastada de Deus e de sua Igreja.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Milenar abadia trapista fecha as portas

Despedida de uma abadia cisterciense milenar
Despedida de uma abadia cisterciense milenar
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O mosteiro Nossa Senhora de Oelenberg, localizado próximo a Mulhouse e rodeado de campos e florestas, o único trapista da Alsácia (leste da França) fundada em 1046 pela condessa de Eguisheim, Heilwige de Dabo, mãe do Papa Leão IX, encerrou por falta de vocações.

Situado numa colina de onde tirou o nome de “Oelenberg” teve sua existência interrompida pelas guerras de religião às quais sobe se sobrepor.

Padeceu o assassino ódio igualitário da Revolução Francesa que dissolveu a comunidade e confiscou seus bens em 1794, vendendo-os em leilão como propriedade nacional até ser convertida em internato para meninas em 1821.

Porém, a Abadia de Oelenberg venceu todas as tempestades e em 1825 renasceu das cinzas quando um grupo de monges trapistas retornou do exílio.

No século XIX, os monges tornaram-se tão numerosos que uma parte deles partiu para fundar um outro mosteiro trapista na Alemanha!

Sem vocações entregaram a propriedade e a cervejaria a leigos
Sem vocações entregaram a propriedade e a cervejaria a leigos
No início do século XX, a abadia tinha 200 monges (80 padres e 120 irmãos) e se tornara um importante local trapista, até intelectual e econômico.

Mais duas vezes, as duas Guerras Mundiais destruíram a abadia: os prédios foram bombardeados e os monges foram dispersos.

Mas eles voltaram e reconstruíram a abadia voltada para aplacar a ira de Deus e salvar as almas.

Os trapistas holandeses da abadia de Zundert ajudaram muito para isso e a abadia de Oelenberg se recuperou de tal maneira que assumiu a abadia austríaca de Engelszell em 1925.

Ela que resistiu a tudo, não conseguiu ficar em pé diante do tufão do progressismo religioso pós-conciliar.

No fim do século XX, só ficavam 20 monges com a única opção de deixar o mosteiro de Oelenberg que caia em ruinas.

Hoje, a imensa abadia de Nossa Senhora de Oelenberg que só contava com apenas nove monges trapistas que viviam a Regra de São Bento, passaram a leigos a administração da propriedade de 370 acres, e o prédio virou loja e pousada.

A Missa para interceder ante Deus não será mais celebrada
A Missa para interceder ante Deus não será mais celebrada
Num fatídico de junho de 2024, a comunidade abandonou a abadia deixando apenas uma mensagem incomum da extinção da comunidade monástica, com exceção da loja!

O canto dos monges já não ressoará como fizera durante um milênio. O último abade atingiu o limite de idade e nenhum monge se apresentou para sucedê-lo.

Os edifícios estão em mau estado e os monges “exaustos” se dispersaram por outros mosteiros.

Os erros progressistas conseguiram o que nem as guerras mundiais tentaram sem sucesso: silenciar a oração que aplaca a ira de Deus intensamente provocadas pela onda de apostasias e blasfêmias da “era pós-conciliar”.


quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Piora a saúde mental dos jovens em famílias mal constituídas

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A revista científica PNAS estudou 27.572 pessoas na Austrália e detectou a piora da saúde mental dos mais jovens, noticiou “La Nación”.

Os autores do trabalho, liderado por Richard Morris, da Universidade de Sidney, constataram que a má saúde mental vai se tornando mais frequente entre os nascidos desde o fim da década de 1980.

A tendência à degradação mental das gerações australianas mais jovens coincide com os resultados observados em outros países do mundo todo.

Nos EUA, os dados de 2010 a 2017, mostraram maiores níveis de ansiedade e de suicídio entre os nascidos nos anos 80 e 90 do século passado.

No Reino Unido, os sintomas depressivos também ficaram mais comuns entre adolescentes nascidos na década de 2000 do que nas pessoas nascidas na década anterior.

Outro estudo que fez a comparação com alemães nascidos após a Segunda Guerra Mundial e até 1975, também registrou aumento dos sintomas depressivos nas atuais gerações mais jovens.

A causa não está relacionada com a economia.

Os grupos estudados cresceram em tempos econômicos favoráveis quando o consumo de álcool, tabaco ou drogas estava a diminuir, afirmam os autores.

Entre os australianos, os transtornos mentais e comportamentais coletados mostram um aumento de 9,6% em 2001 para aqueles com mais de 15 anos de idade. A percentagem sobe para 20,1% em 2018 e 21,4% em 2021.

Dados semelhantes são encontrados na maioria dos países da OCDE, considerados os mais ricos do planeta, embora haja exceções como no Canadá.

“Os nascidos na década de 90 têm uma saúde mental pior para a sua idade do que qualquer uma das gerações anteriores e que não apresentam melhorias à medida que envelhecem”, explica Richard Morris, da Universidade de Sidney.

O declínio começou a ser percebido a partir de 2010 e impactou também os nascidos na década de 1980 e, em menor proporção, os nascidos na década de 70.

José Luis Ayuso Mateos, professor de psiquiatria da Universidade Autônoma de Madri, afirma que “na prática clínica observamos um aumento muito acentuado dos problemas de saúde mental e da necessidade de assistência”.


Ayuso Mateos aponta “o efeito negativo do excesso de exposição às redes sociais, mais frequente nos mais jovens”.

Mas há outros fatores de degradação como o desmanche da “coesão social” que se verifica até na escola com “problemas como a burla sistemática que as crianças podem fazer a um colega (bullying), que impactam a saúde mental”.

Para Morris, que está penetrado de mentalidade materialista, “as preocupações financeiras devem estar alinhadas com a saúde mental” ou “mais rico é mais saudável”, mas isso não se dá. Então para ele, é uma surpresa que a causa não seja o dinheiro.

Então reconhece que é preciso “olhar mais para a família e as relações sociais” que são as que melhoram o sentimento de felicidade de que os alunos sentem mais a falta.

A carência de um desses fatores pode ser a causa da doença mental, especialmente entre os mais jovens.

Focando mais na família se poderia obter um melhor reconhecimento dos problemas de saúde mental que se exprimem com maior frequência nas sondagens.


quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Ratos viciados em tirar selfies

Nossas selfies de roedores, nós mesmos, dizem autores
Nossas selfies de roedores, nós mesmos, dizem autores
Luis Dufaur
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O fotógrafo profissional parisino Augustin Lignier ficou impressionado pela obsessão generalizada de tirar selfies.

Por qué tantos se sentem compelidos a tirar fotos de si próprios e compartilhá-las sem cessar com outros perfis que quiçá lhe consagrem apenas segundos antes de passar para a seguinte?

A matéria foi objeto de coruscante reportagem do “The New York Times”, reproduzida ou glosada por muitos outros médios.

Não é uma pergunta nova, mas o fotógrafo de Paris acabou chegando a uma sugestiva conclusão após fazer uma cabine fotográfica para experiências com ratos.

Ele se inspirou no famoso behaviorista B.F. Skinner, que criou uma câmara de teste para estudar o aprendizado dos ratos.

A caixa de Skinner, como ficou conhecida, distribuía rações de comida quando os ratos empurravam uma alavanca predeterminada.

Equipamento incluía uma câmera e uma tela em que os animais podiam ver a si mesmos
Equipamento incluía uma câmera e uma tela
em que os animais podiam ver a si mesmos
As experiências de Skinner se tornaram paradigmas experimentais aplicados inclusive ao estudo da psicologia humana!

Os cientistas descobriram que na busca de recompensas os ratos pressionavam a alavanca sem cessar.

O faziam repetidas vezes em troca de comida, drogas ou até mesmo de um leve choque elétrico diretamente no centro de prazer do cérebro.

Lignier construiu sua própria caixa de Skinner – uma torre alta e transparente com uma câmera acoplada – e soltou dentro dois ratos adquiridos numa loja.

Sempre que os ratos pressionavam certo botão na caixa, recebiam uma dose de açúcar e a câmera tirava uma foto deles.

As imagens resultantes eram imediatamente exibidas em uma tela, onde os ratos podiam vê-las.

Os roedores rapidamente se tornaram entusiastas do acionamento desse botão.

Nas fases seguintes os ratos eram fotografados toda vez que apertavam o botão, mas as guloseimas vinham aleatoriamente de forma planejada.

As recompensas intermitentes foram suficientemente poderosas para manter os animais grudados fazendo lembrar fãs dos videogames colados em computadores ou fliperamas à procura de ganhar algo.

Por fim, os ratos ignoravam o açúcar até quando ele chegava, dominados pelo impulso de continuar apertando o botão das selfies.

Para Lignier, o paralelismo é óbvio: “as empresas de mídia digital e social usam o mesmo conceito para manter a atenção do espectador pelo maior tempo possível”.

De fato, as redes sociais têm sido descritas como “uma caixa de Skinner para o ser humano moderno”, distribuindo recompensas periódicas e imprevisíveis – um like, um follow, um par romântico promissor – que deixa o usuário grudado em seu smartphone, ou qualquer tela digital, ou fliperama.

Os ratos não paravam de apertar o botão para tirar selfies
Os ratos não paravam de apertar o botão para tirar selfies
Em um estudo de 2014, cientistas concluíram que muitos voluntários humanos “preferiam dar choques elétricos em si mesmos em vez de ficarem sozinhos com seus pensamentos”.

Sintoma, aliás, eloquente do vazio de alma dos homens que esqueceram a Igreja e a Civilização Cristã.

Talvez prefiramos ficar apertando quaisquer alavancas que estejam à nossa frente – mesmo aquelas que possam nos fazer sentir mal – em vez de ficarmos sentados em contemplação silenciosa, comentou o “The New York Times”.

O jornal novaiorquino e numerosos outros médios, brasileiros inclusive, tecnológicos ou de novidades sociais, não conseguiram evitar a comparação com o hábito humano de ficar tirando selfies incansavelmente.

Até virar costume doentio que inclusive levou alguns a acidentes mortais.

Não faltaram comentaristas que acharam que a obsessão pelas selfies é a mesma dos roedores de Augustin Lignier.


terça-feira, 30 de julho de 2024

Zuckerberg pede perdão pelos efeitos nocivos das redes sociais

Zuckerberg pede perdão pelos danos causados. Pais mostram fotos dos filhos vitimados
Zuckerberg pede perdão pelos danos causados. Pais mostram fotos dos filhos vitimados
Luis Dufaur
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Predadores sexuais. Recursos viciantes. Automutilação e transtornos alimentares. Padrões de beleza irrealistas. Assédio.

Esses são apenas alguns dos problemas que os jovens enfrentam nas redes sociais, e os defensores das crianças e os legisladores dizem que as empresas não estão a fazer o suficiente para protegê-los.

Durante uma histórica audiência no Senado dos EUA, o CEO da Meta (Facebook, Whatsapp, Instagram e outras), Mark Zuckerberg, pediu desculpas às famílias pelos males que a mídia social vem causando para às crianças, informou “La Nación”.

A comissão de inquérito exibiu um vídeo em que apareciam crianças vítimas de bullying nas plataformas de redes sociais.

Senadores contaram histórias de jovens que tiraram a própria vida após serem extorquidos por dinheiro após compartilharem fotos com predadores sexuais.

Sob pressão da comissão de senadores que o interrogava, Zuckerberg se levantou e se dirigiu às famílias que seguravam fotos de seus filhos prejudicados pelas redes sociais.

“Gostaria agora de pedir desculpas às vítimas que foram prejudicadas pelo seu produto?”, perguntou o senador Hawley, observando que a audiência foi transmitida ao vivo pela televisão.

No momento em que Zuckerberg se levantou e pediu desculpas para as famílias disse:

“Sinto muito por tudo que vocês passaram.

“Ninguém deveria ter que passar pelas coisas que suas famílias sofreram e é por isso que investimos tanto e continuaremos a fazer esforços em toda a indústria para garantir que ninguém tenha que passar pelas coisas que suas famílias tiveram. Sofrer”, disse ele.

O senador Hawley criticou agressivamente Zuckerberg durante uma troca verbal polêmica.

“Seu produto está matando pessoas”, disse senador a Zuckerberg, cuja empresa é proprietária das plataformas de mídia social Facebook e Instagram, entre outros.


Momentos da agitada sessão no Senado americano





terça-feira, 2 de julho de 2024

Especialistas franceses pedem restringir celulares para os menores

Smartphones destroem a formação das crianças
Smartphones destroem a formação das crianças
Luis Dufaur
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Nenhuma criança francesa poderá usar celular antes dos 11 anos e não terá acesso às redes sociais até os 15.

O governo da França motivou a decisão na vontade de protegê-las das más consequências danosas verificadas pelos cientistas, informou “Clarín”.

Especialistas entregaram um relatório de 125 páginas ao Presidente da República, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, alertando para os perigos que o acesso precoce implica para as crianças, os seus hábitos sociais, a violência multiplicada, o abandono da leitura, a obesidade patológica, e a perda da sociabilidade.

Atualmente na França é proibido o uso de dispositivos LCD nas escolas e universidades, mas apenas para os estudantes.

O pessoal de gestão, bem como as equipes educativas estão obrigados a dar o exemplo de uma utilização razoável dos seus dispositivos de comunicação, para que os alunos compreendam a medida e aprendam a usá-los bem.

O referido relatório pericial recomenda proibir o uso de telas para crianças menores de três anos e de telefones celulares para menores de 11 anos.

Também limita estritamente o acesso aos adolescentes. Foi entregue ao governo francês em 29 de abril de 2024.

Técnicas desenvolvidas para capturar a mente das crianças
Técnicas desenvolvidas para capturar a mente das crianças
No estudo, os autores especialistas informaram Emmanuel Macron sobre os danos da exposição das crianças às telas e às redes sociais. Eles falam da “hiperconexão que as crianças vivenciam”.

O trabalho é assinado por uma comissão de dez especialistas co-presididos pelo neurologista Servane Mouton e pela psiquiatra de dependência química (drogas) Amine Benyamina.

Sem desconhecer os fatores positivos das tecnologias digitais quando usadas com moderação, o estudo reconhece que “como tudo o que é moldado pelo homem, a tecnologia também tem a capacidade de ser usada para confinar, alienar e subjugar crianças”, adverte o preâmbulo do relatório.

Após três meses de trabalho, a Comissão ficou convencida de que “era necessário adotar um discurso de verdade para descrever a realidade da hiperconexão que as crianças vivenciam e as consequências para a sua saúde, o seu desenvolvimento, o seu futuro e também para o nosso futuro. A da nossa sociedade, a da nossa civilização e talvez até a da nossa humanidade”, continuaram.

A Comissão ficou chocada com as estratégias para captar a atenção das crianças, para prender as crianças aos seus ecrãs, controlá-las, reengajá-las e monetizá-las”, estratégias essas desenvolvidas pelas Big Techs donas das redes sociais.

Nossos filhos viraram mercadoria, é o novo eixo de desenvolvimento de algumas empresas digitais. Queremos dizer-lhes que os vimos e que não podemos permitir que façam isso”, continuaram.

Cessa o relacionamento e a sociabilização
Cessa o relacionamento e a sociabilização
“Esta migração da realidade para a virtualidade, é muitas vezes sem os pais e sem qualquer tipo de segurança. Devemos apoiá-los melhor, protegê-los melhor, devolver-lhes o seu lugar”, acrescentam.

As crianças precisam brincar, precisam que os adultos esqueçam o celular para terem tempo livre.

“Eles precisam interagir com os adultos e encontrá-los disponíveis, em casa, nos parques, durante as suas atividades, nas cidades e no campo”, escreveram.

“Perante a mercantilização das nossas crianças, a Comissão propõe recuperar o controle dos ecrãs, devolver as crianças ao centro da nossa sociedade e permitir-lhes crescer e ter sucesso em total liberdade. O que torna uma nação rica é a sua juventude, e a nossa não está à venda”, concluíram.

A saneadora proposta da Comissão não é fruto de um grupo mas de uma opinião geral entre os educadores, médicos e sociólogos.

Surgiu um consenso muito claro sobre os efeitos negativos, diretos e indiretos, dos ecrãs, particularmente no sono, no sedentarismo ou mesmo na miopia”, afirma o relatório.

O trabalho foca os danos das redes sociais ao equilíbrio psicológico dos jovens, em particular nos riscos de depressão ou ansiedade.

“O nível de exposição das crianças” a conteúdos pornográficos e violentos “parece alarmante”, e esse é outro mal para o qual alertam os especialistas.

As crianças menores de três anos não podem ter contado com as telas eletrônicas. Posteriormente, entre os três e os seis anos, deve se proceder a um acesso “muito limitado”, “com conteúdos educativos de qualidade e acompanhados por um adulto”.

Os especialistas apelam ainda a “limitar ao máximo” o uso desses eletrônicos e das televisões nas maternidades, recomendam proibi-lo em creches e salas de aula infantis e pedem “ações reforçadas” interditar brinquedos conectados antes dos seis anos de idade.

O uso dos celulares deveria começar a partir dos 11 anos, apenas da função de telefone sem internet.

A partir dos 13 anos poderia se dar um smartphone sem acesso às redes sociais.

O acesso deveria se iniciar a partir dos 15 anos, nas redes “éticas”.

Redes sociais como TikTok, Instagram ou Snapchat não são recomendadas antes dos 18 anos
.

Hoje, jovens de 7 a 19 anos passam dez vezes mais tempo em frente às telas do que lendo.

Os especialistas pedem combater os “serviços predatórios” dos agentes económicos, e “investir maciçamente em verdadeiras 'alternativas' aos ecrãs”, como o esporte.


terça-feira, 4 de junho de 2024

Mosteiros fecham apagando história católica da Espanha

Igreja do mosteiro de Santo Domingo el Real que fechou sem vocações
Igreja do mosteiro de Santo Domingo el Real que fechou sem vocações
Luis Dufaur
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O mosteiro de Santo Domingo el Real de Madri foi suprimido, após 805 anos de existência, por absoluta falta de religiosas.

Entre suas relíquias se destacava a pia batismal de Santo Domingo de Gusmão na qual são batizados os príncipes da casa real espanhola, informou a própria Ordem Dominicana.

Essa casa religiosa de oração e penitencia foi fundada pelo próprio santo de Burgos, Santo Domingo de Gusmão, durante a sua visita, em 1218, a Madri.

Numa cerimônia privada antes de uma missa especial foi lido o patético decreto suprimindo o Mosteiro. A relíquia vinda de Caleruega, província de Burgos foi transferida para a Basílica de Nossa Senhora de Atocha.

A emoção de irmãs de muitos outros mosteiros que beiram a mesma triste sorte não apagou a conclusão racional: a modernização da vida religiosa e a relativização da disciplina original no período pós-conciliar.

O progressismo prometia que faria florescer a antiga vida monacal relativizando-a.

Na prática derrubou as mais veneráveis comunidades, afastou as vocações e hoje entrega os prédios ao uso secular em proporções assustadoras rumo à extinção a nível nacional.

Por ocasião dos batismos reais, a fonte batismal era transferida para a cerimônia no Palácio Real, pois os herdeiros da Coroa eram confiados à Virgem de Atocha, co-padroeira de Madrid, escreveu “o site “Espanha na história”

A pia batismal é de pedra calcária, do século XII, e coberta por uma tampa prateada, onde se destacam os escudos da Casa Real e da Ordem dos Pregadores.

Mais um ato doloroso da revolução que abala a Igreja e destrói até o passado glorioso da ordem temporal cristã, ou Cristandade.

Carmelita exibe mão de Santa Teresa, em convento em riesgo de fechamento
Carmelita exibe mão de Santa Teresa, em convento em risco de fechamento
Não menos angustiante é o futuro dos Carmelitas Descalças da cidade de Ronda (Málaga) que está por um fio de ser fechado por análogas razões, escreveu o grande jornal de Madri “ABC”.

No sagrado claustro se custodia a muito venerada mão incorrupta de Santa Teresa de Jesus, mas ela poderá ser levada embora caso feche o convento.

As irmãs lançaram um apelo de última instância pedindo a incorporação de pelo menos duas freiras à sua comunidade para evitar que a execução de uma exortação do Papa as obrigue a fechar o mosteiro.

As últimas quatro irmãs são idosas, e uma delas muito doente. “O prédio está desabando”, disse ao jornal “ABC” a madre Jennifer, superiora deste convento do Coração Eucarístico de Jesus.

Falando do mundo atual disse a irmã Jennifer: “buscamos o nosso prazer, e é por isso que há cada vez menos vocações, menos casamentos e menos paternidades”.

As mães carmelitas de Ronda se sustentam fazendo doces conventuais durante todo o ano, embora o seu maior orgulho seja custodiar o relicário do século XVII com a mão incorrupta de Santa Teresa de Jesus.

A extraordinária relíquia é objeto de devoção e peregrinação há séculos e a sua presença em Ronda tem atraído milhares de fiéis em busca de graças, milagres e auxílios espirituais.

Convento del Corazón Eucarístico de Jesús, de Ronda, será clausurado por falta de religiosas
Convento del Corazón Eucarístico de Jesús, de Ronda, será clausurado por falta de religiosas
“Muitas pessoas vêm aqui em busca de Deus. E procuram graça, saúde, cura, ter filhos, todas essas coisas”, conta ela.

E entre os numerosos pereginos não há só espanhóis, mas grande número de estrangeiros. “Muitos vêm da Polónia, da Rússia e até da Coreia e do Iraque”, explica.

A mão de Santa Teresa chegou a Ronda após a exumação dos restos mortais da santa em outubro de 1582, e passar por vários conventos da ordem como o de São José de Ávila e de Santo Alberto de Lisboa.

No século XIX, a revolução portuguesa de 1910 ferozmente antimonárquica e anticatólica, expulsou as carmelitas de Portugal. Algumas foram para o convento de Ronda com o relicário nas mãos.

Na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), a mão foi confiscada pelas tropas de Franco até à morte do ditador. Só então a relíquia foi devolvida ao convento, onde permanece até hoje.

“A maior vergonha consiste em que Ronda fique sem este convento” lamenta a irmã Jennifer, que recorda o fechamento de outras casas religiosas como a das Filhas da Caridade e muitas outras no resto da Espanha por obra do devastador vento pós-conciliar.


terça-feira, 21 de maio de 2024

Internet, desconexão social, pornografía e suicidio

O uso e abuso da vida virtual desconecta da realidade e fere as relações sociais e familiares
O uso e abuso da vida virtual desconecta da realidade e fere as relações sociais e familiares
Luis Dufaur
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Um em cada três meninos, meninas e adolescentes passam mais de seis horas presos diante das telas digitais. Alguns desenvolvem um vício e se isolam física e emocionalmente.

Outros podem perder o controle de seu comportamento, até mesmo praticando automutilação.

O jornalista espanhol Iñaki Gabilondo abordou o mundo privado de vários adolescentes para conhecer as suas experiências com redes sociais, jogos online e pornografia, segundo publicou em site.

Na Espanha, mais de 33% das crianças e adolescentes passam mais de seis horas em frente à tela.

O uso e abuso de jogos online e em smartphones, bem como a impossibilidade de controlar o seu consumo, mantém muitos deles presos nos escrivãs durante horas. Isso os desconecta da realidade e impacta negativamente suas relações sociais e familiares.

Raúl Molia, um jovem de 20 anos que atualmente sonha em trabalhar como engenheiro informático, estava prestes a ver os seus sonhos desaparecerem devido ao seu vício ... com os jogos online.

Meu vício começou há cerca de 7 anos porque eu não me sentia confortável em casa e não me adaptava às aulas, e encontrei refúgio na internet e nos jogos online. No início pensei que era normal, até que percebi que tinha um problema de dependência que estava a atrasar a minha vida acadêmica, social e familiar”, explica.

Agora ele é voluntário no centro que salvou a sua vida. “Acho que o episódio do vício está encerrado, mas tenho muita consciência se esqueço de dormir ou não cumpro com minhas responsabilidades porque estou jogando”.

75% das mulheres jovens sentem-se pior consigo mesmas depois de verem imagens “perfeitas” de outras mulheres

Esse vício “chega a tomar conta de quem sofre, ela perde a liberdade e deixa de controlar o que quer fazer”.

“O problema dos adolescentes escravos das telas também acontece entre os adultos, mas os mais novos sucumbem durante a fase da vida em que estão construindo sua personalidade”, diz María Rodríguez Domínguez, psicóloga sistêmica e especialista em vícios.

Na sua opinião, “as telas invadiram os cérebros [das vítimas do vício] desde muito jovens”, porque alguns pais o promoviam para se livrar do “peso” dos filhos.

Para cortar pela raiz o problema, o movimento Mobile Free Adolescência no WhatsApp proimove atrasar a entrega do primeiro smartphone aos mais pequenos e questiona a influência da tecnologia na formação da identidade, saúde mental e competências sociais da geração mais jovem.

“Quando criamos este grupo de WhatsApp, descobrimos que as tentativas de suicídio aumentaram, há mais cyberbullying, violência contra as mulheres, pornografia”, afirma Elisabet Rodríguez Permanyer, uma de suas idealizadoras.

Nos dormitórios das crianças e adolescentes que possuem smartphones a comunicação congela.

Rocío percebeu tarde os problemas que tinha sua filha Sandra, uma jovem que tentou suicídio quando tinha apenas 15 anos. “Ela se sentia incapaz de se socializar, se automutilou, parou de comer e passou horas trancada no quarto conectada à internet e redes sociais”, conta.

O Observatório do Suicídio na Espanha em 2022, considera que essa é a principal causa de morte em adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos.

Marina Gallego está convencida de que a dependência do computador é forjada na infância: “Crescemos com isso e internalizamos que, no tempo livre, a diversão está na tela, seja nas redes sociais, na internet ou assistindo vídeos”.

Ela também reconhece que os vídeos curtos do TikTok ou do Instagram são especialmente elaborados para não deixar você escapar.

Pediatras alertam para o atraso na fala em crianças menores de 3 anos devido ao uso de telas desde cedo

Hugo Romero acrescenta que quando muitos adolescentes ficam entediados encontram a solução no TikTok ou no Instagram. “Estamos continuamente superestimulados. Você sempre consegue o que quer ver e o que gosta. Eles te dominam e você deixa de controlar o tempo que passa cativo desses aplicativos.”

O acesso de crianças e adolescentes à pornografia ocorre em idades mais imaturas e mais de 40% dos adolescentes afirmam ter recebido mensagens de conteúdo sexual.

María Rodríguez Domínguez está pessimista. “A educação afetivo-sexual chega tarde, porque quando a ensinamos, muitas imagens do que a indústria pornográfica quer compartilhar já chegaram aos ouvidos, à visão e ao cérebro das crianças e adolescentes e começam a condicioná-los.”


terça-feira, 7 de maio de 2024

Nossa Senhora do Carmo removida por Tribunal Constitucional colombiano

Imagem de Nossa Senhora do Carmo proibida pelo Tribunal Constitucional
Imagem de Nossa Senhora do Carmo proibida pelo Tribunal Constitucional
Luis Dufaur
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O Tribunal Constitucional da Colômbia ordenou retirar uma imagem de Nossa Senhora do Carmo exposta na Direção de Trânsito e Transportes de Floridablanca (Santander), informou “El Tiempo” grande jornal da capital Bogotá.

Nossa Senhora do Carmo é a padroeira dos motoristas e na sua festa acontecem incontáveis carreatas e manifestações de agradecimento pelas graças recebidas, implorando sua proteção no trânsito.

A interdição caracteriza o período em que Gustavo Petro, ex-guerrilheiro afim com a Teologia da Libertação, ocupa a presidência.

Uma funcionária apelou à Justiça porque no local da dependência pública onde se encontra a imagem “são celebrados ritos”. Em concreto se referia a uma Missa feita em homenagem à Virgem do Carmo.

Alegou então que estavam sendo violados seus direitos à liberdade de consciência, à liberdade de religião, à igualdade e ao princípio da neutralidade religiosa do Estado.

A Corte Constitucional (Suprema) e o governo de Petro se enemistaram com os colombianos
A Corte Constitucional (Suprema) e o governo de Petro se enemizaram com os colombianos
O caso chegou ao Tribunal superior o qual viu na referida Missa um “desrespeito” porque “o ente público aderia de forma institucional, oficial e pública a uma religião específica”, quando o Estado colombiano é neutro em matéria religiosa. Em consequência mandou remover a imagem.

A demandante sustentou que as Missas eram frequentes no seu local de trabalho e que a presença de símbolos católicos gerava preferências religiosas, afetando a diversidade religiosa dos funcionários, escreveu o site argentino “Infobae” mostrando a repercussão do caso.

No acórdão, o Tribunal Constitucional deu clara ordem à Diretoria de Trânsito e Transportes de Floridablanca: remover a imagem de Nossa Senhora do Carmo.

Por sua vez, a entidade de trânsito defendeu que a participação nas cerimônias religiosas católicas não era obrigatória e que a imagem da Virgem do Carmo fazia parte da instalação e está no local há mais de duas décadas.

A proibição da imagem de Nossa Senhora caracteriza os tempos de governo lulo-chavista do presidente Petro. No período anterior o mesmo Supremo Tribunal da Colômbia declarou inadmissível o pedido de um cidadão que pediu a retirada do crucifixo da Câmara Principal da sede de dito Tribunal Constitucional.

Incontáveis carreatas na Colômbia para agradecer à Virgem do Carmo pela proteção contra acidentes
Incontáveis carreatas na Colômbia para agradecer à Virgem do Carmo pela proteção contra acidentes
A decisão afirmou que o crucifixo “é objeto de ligação cultural inegável com a civilização ocidental”, como citou o site Diario Constitucional.

Para o Tribunal, é claro que o que repugna à liberdade religiosa garantida na Constituição é “a proibição ou restrição injustificada” de uma prática religiosa e que “o crucifixo encontrado no Plenário da corporação” não há nem mesmo “vestígios de que o reclamante ou outro grupo esteja tendo seus ‘atributos básicos’ violados.

O princípio assim estabelecido justifica plenamente a manutenção da imagem de Nossa Senhora do Carmo.

O que mudou então? A infiltração anticatólica sob o signo esquerdista-comunista de Petro atingiu os máximos patamares administrativos e os mais baixos níveis de lógica e de respeito a Nossa Senhora.



terça-feira, 23 de abril de 2024

Alemanha fecha 131 igrejas em 5 anos

A basílica de São Bento em Schäftlarn fechará
A basílica de São Bento em Schäftlarn fechará
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A basílica de São Bento em Schäftlarn, na arquidiocese de Munique-Freising, fechará porque a associação paroquial não tem condições de renová-la, consagrada há apenas 58 anos, da a tomar esta medida drástica, noticiou “Infocatólica”.

O caso da igreja de São Bento em Schäftlarn não é único. m toda a Alemanha foram fechadas 131 igrejas católicas nos últimos cinco anos, 126 das quais foram dessacralizadas. A Basílica de São Bento também será desconsagrada, e não se sabe qual será o destino do prédio.

A decisão e a motivação alegadas são incomuns, considerando que a Arquidiocese de Munique é bastante rica, como todo o episcopado alemão.

Pesa que as contribuições dos fiéis são cada vez mais baixas, simplesmente porque há cada vez menos católicos, por abandono da religião.

131 igrejas católicas em cinco anos, deixaram de servrr ao culto católico
131 igrejas católicas em cinco anos, deixaram de servir ao culto católico
Também o repulsivo estilo moderno do templo contribuiu a afastar a piedade e a frequência, quando outrora se dizia enganosamente que a feiura da modernidade atrairia mais fiéis.

Assim enquanto dezenas de igrejas católicas na Alemanha fecham alegandoa situação financeira, os fiéis se afastam desorientados e levados pela correnteza da imoralidade.

Grande piora da situação é causada pela polêmica “sinodalização” da Igreja fonte de toda espécie de escândalos e deserções.

Agência de Imprensa Alemã (DPA) noticiou foram fechadas em 2023, duas belas capelas em Rüdenhausen e Sommerhausen na diocese de Eichstätt, a igreja de Santa Mônica em Ingolstadt também foi desconsagrada.

Segundo um porta-voz da arquidiocese de Bamberg, “nem uma dúzia de igrejas foram vendidas ou doadas nos últimos 10-15 anos. É um número extremamente baixo e mostra que as igrejas consagradas só se alienaram em casos absolutamente excepcionais”.

a revista italiana Il Timone: “como esperado, está sendo feita uma tentativa de minimizar a importância” do que está acontecendo.

assustador: perderam-se 1,3 milhões de católicos praticantes em apenas quatro anos, de 2019 a 2022, sem contar a queda do número dos batismos e os decessos.

Igrejas fechadas por abandono do clero e falta de fiéis, estão à venda
Igrejas fechadas por abandono do clero e falta de fiéis, estão à venda
Só em 2022, mais de meio milhão de fiéis foram perdidos, informou “Il Timone” acrescentando que “Depois da recente viragem para a ‘abertura’ do episcopado alemão, deveríamos ter visto um regresso dos fiéis, talvez entusiasmados por uma Igreja que é pelo menos aparentemente receptiva a estas novas instâncias. Porém, o sangramento não só não para, como parece inexorável”, observou a publicação italiana.

“Não será que o risco de adaptar a mensagem evangélica aos novos parâmetros da sociedade atual acabará por condenar a Igreja à irrelevância, ao não criar uma diferença substancial com a mensagem do ‘mundo’? Talvez não tenha chegado o momento de nos colocarmos algumas questões sobre o novo modelo eclesial?”, concluiu reprovando o abandono dos costumes e das práticas tradicionais.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Explosão de satánico Carnaval na Igreja antevisto pela Beata Isabel Canori Mora

Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O jornalista Marco Tosatti teceu valiosas considerações inspirado pela atitude da Bem-aventurada Isabel Canori Mora diante do carnaval.

Glosamos e adaptamos suas reflexões com a mente posta na Beata Isabel a quem com toda admiração e devoção dedicamos uma página especial de nosso blog: “Vítima expiatória pelo Papado, anunciava grandes castigos décadas antes de La Salette e Fátima”.

Pois, tomando contato com seus manuscritos, ficamos especialmente impressionados pela luta sobrenatural em que ela aceitou as dores da reedição da Paixão desferida pelo príncipe das trevas.

Esse tentava, como tenta ainda hoje, afogar a Igreja num infernal lamaçal de irracionalidade, igualitarismo e imoralidade.

Tosatti conta que a Beata Isabel quando casou foi morar com sua nova família na bela casa de seus sogros: o Palazzo Selvaggi na centralíssima Via del Corso.

Ela teve então uma grave preocupação: em fevereiro ela teria que manter as venezianas das janelas fechadas para evitar que suas duas filhas, Mariana e Maria Lucina, vissem os escândalos dos desfiles do Carnaval Romano que aconteciam nessa Via del Corso.

Os romanos se mascaravam de modos estranhos: nobres, ricos, pobres, todos imergiam na febre do caos que, de repente, pagão, misterioso, perturbador, explodia na Cidade Santa e que nessa hora podia se nomear a Cidade da Iniquidade, diz o escritor.

Palazzo Selvaggi (estado atual), onde morou recém-casada
Na escuridão da noite, uma tentação diabólica se escondia sob cada licença material, comenta Tosatti.

Era a antiga festa da febre da Roma pagã, ou seja, fevereiro, tida como festa da malária e da purificação, que mais tarde virou carnaval.

Ateava-se um fogo que se dizia purificador, os pacientes febris (isto é, os que participavam das orgias) ateavam os “moccoletti”, pequenas velas acesas que usavam em brincadeira como símbolo de “cura”.

O Carnaval se comemorava comendo carne e cantando “carne, vale a pena! Carne, adeus!”

Nos inícios do século XIX, época da Beata Isabel, a Roma dos Papas havia retornado infelizmente ao sentido pagão original do carnaval, quer dizer a velha careta do demônio dissimulada sob formas fantasiosas, sempre impuras e hediondas.

As portas se abriam para o mundo da torpeza, que como hoje, punha tudo cabeça para baixo.

A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina
A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina

A lei consistia em pecar contra a Lei Divina, os Mandamentos de Deus. Essa febre durava não só nos dias carnavalescos, mas, sob enganadoras festas, repercutia dissimuladamente o ano inteiro.

Beata Isabel fechava as janelas porque vivia na Comunhão dos Santos em guerra contínua contra o diabo.

Mas, naqueles anos, as seitas secretas se movimentavam à sombra da Basílica de São Pedro como uma febre negra.

Assim o viram misticamente a Beata Isabel e a Beata Ana Maria Taigi. Essas associações soturnas trabalhavam muito para deformar o mundo e lhe dar o rosto que tem hoje. Cfr. Também Beata Ana Maria Taigi : “A contemplativa da luta entre a Luz e as Trevas”

Quer dizer se empenhavam para transformar o belo em feio e o bom em mau.

Maria Lucina, a filha mais nova se tornou-se freira de San Felipe Neri.

Mariana, a filha mais velha, não entendia a mãe, vivia nos novos tempos, queria casar, viver no mundo. E casou, viveu no mundo e antes de morrer, aliás jovem, ela entendeu que sua mãe tinha vivido na verdade. E se arrependeu.

Casar com o mundo, dizia a Beata, é casar com as trevas, virando as costas para a luz.

“Você sabe por que ruim significa ruim?” perguntava a santa progenitora e explicava: “ruim vem do latim captivus e significa prisioneiro”: captivus diaboli, escravo do diabo.

Os homens que correm à procura das faíscas da falsa luz, a de lúcifer, a estrela que brilha sem ser o sol, são escravos do mundo e prisioneiros do diabo.

Esses escolheram orgulhosamente o carnaval, que não é purificação da febre, mas é a imersão no mal, na traição da lei divina.

O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas
O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas,
e até nas fileiras das "cloacas de impureza" eclesiásticas
E o demônio fazia tudo isso em virtude de sua obra-prima de mentira que, como sabemos, consiste em fingir que ele não existe!

Essa falsa luz hoje ilumina a todos multiplicada pelos meios de comunicação, comenta Tosatti.

À noite, cansado de um dia de afazeres, recados e outras perambulações, ligando a Internet, a TV ou o smartphone, o jornalista encontra na telinha o ano todo, o carnaval de um mundo virado às avessas, mergulhado na inversão dos valores da alma, ensinando a torpeza e o horror.

Então o jornalista gosta ainda mais da Beata Isabel, e, cansado de palavras, fecha as novas venezianas que são as telas digitais e vá para a cama.

Os santos sempre bradaram contra o carnaval. Desde Santo Antônio até São Carlos Borromeo e São João de la Salle que comparava os “maus cristãos” do carnaval aos algozes de Jesus Cristo.

Os comparsas? São como os soldados romanos que “lançaram sortes sobre a túnica do Senhor”.

Os personagens noturnos romanos? Parecem “Judas e quem estava com ele quando aproveitaram a noite para capturar Jesus”.

E assim por diante.

O motivo é simples de entender.

A vida cristã é cheia de alegria, é ordeira, comemora em paz e respira no mais fundo da alma porque está unida a Deus.

Por isso Tosatti fecha as venezianas das telas digitais que refletem de maneira direta o que já vê no mundo.

Sim, o mundo é suficiente para mim, escreve , e não quero vê-lo de novo, nem na tela do smartphone, prossegue ele.

O que vejo é suficiente para mim, enquanto penso em Isabel, que agora, Beata, vive a verdadeira vida nas doces mãos do Senhor, enquanto seus nobres restos mortais repousam na bela igreja trinitária de San Carlino alle Quattro Fontane.

Igreja de San Carlino, altar das relíquias da Beata Isabel, Roma.
É refúgio do Carnaval para Tosatti.
E às vezes, quando o meu coração já não aguenta mais, vou até ela na pequena capela que é o último local de descanso dos seus restos terrenos. E com ela meu coração se dilata.

O Rei do Carnaval hoje reina indiscutivelmente até na Igreja que amo como meus olhos.

Lembro de um franciscano chamado Antônio, conta ainda Tosatti, que conheci há muitos anos e a quem ajudei em suas boas ações num mercado para os pobres que instalou na sacristia da sua igreja.

Distribuíamos roupas e sanduíches a todos os pobres que, com cestos e carrinhos, tinham que ouvir missa.

E aquela missa, era bela e lotada por uma variada humanidade que, enquanto esperava por lenços, mantas e chapéus, ouvia sem pestanejar as longas homilias de padre Antônio, que muitas vezes falavam do demônio.

Então um dia, o Padre foi enviado para não sei onde e em seu lugar veio um franciscano moderno que à noite reúne muitos jovens falando sobre sua experiência de casamento ou de trabalho, dando as costas ao tabernáculo.

Fui apenas uma vez. A igreja que estava quente quando havia os pobres do padre Antônio, naquele desvario de modernidade me pareceu fria.

Sim, mesmo na Igreja, o mundo entrou desordenando tudo e pondo tudo ao contrário.

Um pároco que conheço se gaba de ter esvaziado a sua igreja de fiéis e, em uma homilia, caiu acima dos que fazem oração ou puxam o terço, contou ainda o jornalista.

Suas seguidoras me disseram que logo ele será bispo. É a febre que dura desde o carnaval de fevereiro e continua em março e depois na primavera...

Porque o clero incluída sua mais alta hierarquia aparentemente foi engolido pelo fétido vazio da defecção, das “cloacas de impureza” de que falou Nossa Senhora em La Salette, e acabou escurecida por uma luz negra luciferina.

Que a Páscoa do Senhor seja uma verdadeira Ressurreição da Igreja conclui Tosatti. É também nosso voto que emerge como um clamor do mais fundo de nossa alma.



Profecias da Beata Isabel Canori Mora (português)





Profecías de la Beata Isabel Canori Mora (espanhol)