terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Japão de passado militar fica sem jovens e sem soldados

Navio de guerra japonés supermoderno acabou parado porque não há jovens na Marinha para tripulá-lo
Navio de guerra japonês supermoderno acabou parado
porque não há jovens na Marinha para tripulá-lo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Como o controle da natalidade e o pacifismo podem desfazer um povo? O Japão está dando um exemplo horroroso disso. Ele é um povo que, para bem ou para mal, mostrou ser guerreiro e militarista.

Em 2021 botou no mar a moderna fragata Noshiro, orgulho da Marinha japonesa equipada com mísseis antinavio e sonares de rastreamento submarino.

Seu planejamento não imaginou que o país não teria suficientes marinheiros para fazer navegar essa joia da tecnologia naval militar, segundo explicou o “The New York Times”.

A fragata foi planejada para combater com cerca de dois terços da tripulação que era necessária para o modelo que a antecedeu.

Então, mas hoje ela tem uma dotação inferior ao nível minimalista prevista, e vai ao mar até com menos marinheiros do que precisa.

Tarefas anteriormente efetivadas por sete ou oito marinheiros ficaram para três ou quatro.

O enfermeiro do navio lava a louça e a cozinha. E foram montados dispositivos de combate a incêndios para compensar a falta de tripulantes a bordo em caso de incêndios no mar.

“Para ser honesto, uma pessoa está realizando duas ou três tarefas diferentes”, explicou o capitão Yoshihiro Iwata, no porto de Sasebo, no sudoeste do Japão.

A cidade de Ichinono encheu locais públicos com manequins para fingir que tem crianças
O caso da Noshiro reflete a grave depressão demográfica do Japão. Nunca o país esteve tão ameaçado com ações navais tão provocativas pela China e pelo crescente arsenal nuclear da Coreia do Norte.

Porém, o Ocidente precisa que o Japão seja uma garantia confiável para conter o expansionismo da China.

O Japão tem o terceiro maior orçamento de defesa no mundo.

Mas a população encolhe, perto de um terço dos japoneses tem mais de 65 anos, e no ano passado os nascimentos caíram ao menor nível já registrado.

As Forças Armadas temem não serem capazes de reunir contingente para operar frotas e preencher os postos nos esquadrões do Exército.

O Exército, a Marinha e a Força Aérea do Japão há anos que não atingem as metas de recrutamento, e o número de militares na ativa — cerca de 247 mil — é quase 10% mais baixo que em 1990.

O Japão aumentou seu orçamento de defesa e os investimentos em equipamentos militares, além de acelerar os exercícios militares com os EUA.

O Japão precisa de novos batalhões habilidosos em tecnologia para operar equipamentos sofisticados, guiar drones ou proteger o país de ciberataques.

Acresce que no império do sol nascente, o pacifismo pregado a todos os níveis, desarmou psicologicamente à população. Essa acabou se opondo à aquisição de mísseis.

Mas, agora, está se vendo que a China é uma ameaça muito real, e isso reanima o militarismo.

Controle da natalidade gerou crise demográfica que afeta até as Forças Armadas
Controle da natalidade gerou crise demográfica que afeta até as Forças Armadas
A nova tendência, contudo, não se traduz em um aumento no alistamento às Forças de Autodefesa do Japão, as Forças Armadas japonesas.

O general Yoshihide Yoshida, chefe do Estado Maior Conjunto do Japão, reconheceu que “estamos enfrentando enormes dificuldades no recrutamento” e propõe aumentar a proporção de mulheres até 2030.

As forças armadas tentam atrair mulheres e recrutas com mais idade, priorizando a na burocracia e assim permitir que os uniformados homens jovens possam ser transferidos a postos de combate.

Mas, não é só questão de número. A guerra moderna demanda capacidades de alto nível para operar armamentos e equipamentos de vigilância avançados.

Acontece que o Japão desmilitarizado ficou atrás de seus aliados em termos de proteção contra a guerra cibernética.

“Não existe nenhuma estrutura militar para defender os cidadãos japoneses contra ciberataques”, afirmou o cientista de computação Hideto Tomabechi, pesquisador da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh.

O governo quer expandir sua força militar cibernética para até 4 mil agentes, porém muitos japoneses acreditam que o poder informático militar possa invadir sua privacidade.

“Há muita preocupação sobre o governo ser capaz de vigiar todos os e-mails, dados e buscas na internet dos cidadãos privados”, afirmou o ex-ministro da Defesa Itsunori Onodera.

Japão precisa soldados e recorre a mulheres e idosos
Japão precisa soldados e recorre a mulheres e idosos
O general Yoshida deu a entender que seria preciso oferecer salários mais altos ou alojamentos melhores.

Recrutadores da Marinha, por exemplo, têm dificuldades em atrair candidatos. Os marinheiros americanos, em contraste, conseguem acessar suas redes sociais e em certas ocasiões até receber encomendas da Amazon a bordo.

Algumas táticas de recrutamento fracassaram, como foi o thriller The Silent Service, ambientado em um submarino nuclear, que procurava atrair candidatos com essa peças publicitária.

Esse leque de fatores põe em dúvida que o Japão possa barrar eficazmente a agressão chinesa comunista que vai se adensando no horizonte.


terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Progressismo católico não quer batismos e protestantes batizam dezenas de milhares na Amazônia

Pajé Barbosa anfitrião do Iº Encontro de Caciques e Pajés do Ceará
Pajé Barbosa anfitrião do Iº Encontro de Caciques e Pajés do Ceará.
"Batizar" turistas pode ser bom negócio
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Por ocasião do Sínodo da Amazônia, um missionário católico comemorou que em sua área há trinta anos não se batizam na Igreja moradores locais, sendo aplaudido pelos presentes.

A espantosa afirmação vai contra séculos de obra missionária de sacerdotes e religiosas, alguns dos quais chegaram a padecer o martírio para a salvação das almas e educar os aborígenes, lhes ensinar profissões e ajuda-los a sair do primitivismo.

Mas a animadversão “comuno-tribalista” contra as águas salvíficas do sacramento batismal que transformam o pagão num filho de Cristo é uma bandeira da Revolução na Igreja Católica.

Não fazem assim as falsas religiões que se ufanam de batizar amazonenses às dezenas de milhares com ampla repercussão internacional.

É preciso ver em cada caso se esses batismos são válidos e não uma enganação para arrebanhar prosélitos e afastá-los da verdadeira Igreja que é a Católica.

Uma “igreja” autodenominada Igreja Quadrangular, filial de Belém, se ufanou ante a emissora americana CBN News de “estar remodelando o tecido espiritual da região”.

Ela disse ter estabelecido 3.200 congregações quadrangulares na região, e que nos primeiros seis meses de 2024 batizou 14.500 pessoas com objetivo de batizar mais de 30.000 pessoas até o fim do ano, segundo a “Web Gospel Ipiaú”.

O sociólogo José Eustáquio Alves, apontou a ausência da labor apostólica dos padres católicos na região que tem 30 milhões de habitantes.

Também está progredindo uma cerimônia supersticiosa e de cunho satânico: é o “batismo indígena”, em todo oposto ao Batismo católico e combatido desde sempre pelos bons missionários.

Padres salesianos no Alto Rio Negro, em 1914 catequizando  povos indígenas da região
Padres salesianos no Alto Rio Negro, em 1914 catequizando  povos indígenas da região.
Este apostolado é execrado pelo Sínodo da Amazônia
Não há padrinhos, o nome escolhido faz referência a animais ou plantas, os batizados são pintados com símbolos da bruxaria por um pajé, a água é objeto de estranhos misturas prévias, invoca-se deuses que lembram a macumba e é um bom negócio com os turistas estrangeiros que em número crescente pagam para receber esse sinal dos infernos.

Uma exceção digna de grande louvor foi dada pela Capelania Militar Católica da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) que realizou em 8 de outubro a cerimônia de administração do Sacramento do Batismo de a crianças, um adolescente e um adulto na Capela do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, na zona sul de Manaus.

Os batizados católicos da PMAM ocorrem durante o ano, administrando-o aos familiares do efetivo militar e civil mas também a todos aqueles que procuram a Capelania Militar para receber o sacramento fundamental do Batismo que torna crianças e adultos membros da Igreja Católica.

Precisamente a força policial contra a qual ressoam as críticas do comuno-progressismo católico, está fazendo, dentro de seus limites, aquilo que os maus sacerdotes se recusam a fazer.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Por que líderes católicos ignoram o martírio de seus irmãos na Fé?

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O jornalista árabe muçulmano Bassam Tawil externou seu pasmo vendo a apatia do mundo católico ocidental quando um míssil teleguiado do grupo terrorista Hisbolá atingiu em cheio a Igreja Greco-Católica de Santa Maria em Iqrit, norte de Israel.

O ataque feriu gravemente um fiel de 85 anos. O Hisbolá se vangloriou do crime num vídeo dos seus mísseis demolindo a igreja.

Enquanto isso acontecia o Papa Francisco I insinuava que Israel é culpado do assassinato de duas mulheres católicas no complexo da Paróquia Católica da Sagrada Família, na Faixa de Gaza.

O papa ecoou falsas alegações do Hamas e de outros grupos terroristas. Mas não foi um fato isolado, explicável por razões pontuais, mas corresponde a uma linha de conduta que já tem vários anos, observou o muçulmano Tawil.

Quando os maometanos martirizam católicos no Oriente, os líderes de sua Igreja fingem não tomar conhecimento. Por quê?

Cada vez há mais provas de que terroristas islâmicos do Hamas utilizam igrejas para lançar seus foguetes, como revelou sem vergonha até Mons. Alexios, arcebispo grego ortodoxo de Gaza.

Fontes militares europeias e dos EUA atribuíram o ataque ao Hospital Al-Ahli na Faixa de Gaza, a um foguete árabe e desqualificaram o número de mortos aduzido pelo Hamas.

Porém, o Patriarcado Latino de Jerusalém adotou em comunicado a fake dos terroristas corânicos de que as vítimas “foram baleadas a sangue frio”, e tudo sem qualquer prova, exclama Tawil.

Apontando com dedo acusatório ao lado não culpado, o Papa e o Patriarcado Latino em Jerusalém adotam as falsas alegações do Hamas. Num piscar de olhos, levantaram falso testemunho e nem se incomodaram com a investigação do incidente da igreja em Gaza.

Assim também age a grande mídia no Ocidente.

Onde estavam o Papa e demais organizações católicas quando seus irmãos na Fé eram sistematicamente visados e perseguidos pela ramificação da Irmandade Muçulmana? Perguntou o muçulmano Tawil.

“O Hamas está transformando (as áreas controladas pelos palestinos) numa teocracia islâmica, e os cristãos são continuamente discriminados.

Grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica conceberam uma cultura de ódio contra os cristãos que produz numerosos atentados, escreveu o advogado internacional de direitos humanos Justus Reid Weiner.

Weiner diz que esses crimes religiosos se inspiram no pensamento primordial do Islã:

“no Islã cristãos e judeus recebem o status social inferior ou dhimmitude.

“A dhimma é um contrato legal de submissão imposto a judeus e cristãos que os sujeita a restrições legais e culturais sob a lei islâmica.

“Os muçulmanos podiam andar a cavalo, mas cristãos e judeus só podiam montar burros.

“Os muçulmanos podiam usar tecidos finos, mas cristãos e judeus só podiam usar tecidos grossos”.

Weiner observa que: “na sociedade palestina, os cristãos árabes não têm voz nem proteção. 70% dos cristãos árabes da Cisjordânia e Gaza agora vivem no exterior”.

No Natal, na Nigéria, 160 cristãos foram assassinados em ataques coordenados por grupos islamitas.

Em 2022 a Nigéria foi o nº 1 do mundo no sinistro ranking de cristãos martirizados pela sua fé.

Porém, quando se cometem essas atrocidades, raramente se ouve as vozes dos próprios líderes católicos ocidentais que dizem se preocupar com o bem-estar e a segurança de todos os homens.

Esses líderes estão causando enormes danos aos seus rebanhos, diz perplexo Tawil. E acrescentamos nós, escandalizam até muitos muçulmanos cultos como Tawil.

A insensibilidade desses líderes faz e ainda fará que os cristãos sejam alvo de ataques mais ferozes do que nunca.

Eles estão dando luz verde ao Hamas, ao Hezbolá e a outros terroristas islâmicos para que assassinem e destruam locais sagrados dos católicos.

Qual é então a sinceridade de suas exigências pela paz, pela vida, pelos direitos do homem, pelo ecumenismo, quando não parecem se importar até quando o banho de sangue de mártires os salpica sem cessar?