Atentado incendiário contra a catedral de Nantes |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Ocorrem três ataques anticristãos por dia na França segundo os deputados franceses Nicolas Dupont-Aignan e Agnès Thill.
O jornalista Jean-Marie Guénois, do periódico “Le Figaro” de tendência oposta aos deputados, fez uma vasta pesquisa sobre o assunto, confirmando que esses números são, lamentável e preocupantemente, bem reais, escreveu “Aleteia”.
O mesmo “Le Figaro” publicou também entrevista em que o jornalista Marc Eynaud mostra que “a religião cristã é de longe a mais atacada na França”, a “filha primogênita da Cristandade”.
As últimas cifras citadas por Eynaud que o Ministério do Interior deixa transparecer intimidado falam de, no último ano [2022] de 1052 atentados confirmados, compostos de 996 atos e 56 ameaças.
A pesquisa do jornalista de “Le Figaro” foi tema de matéria do site L’observatoire de la Christianophobie, que monitora os atos de perseguição anticristã na França e no mundo.
Duas instituições do Estado francês corroboram os números: a DILCRAH (Delegação Interministerial para a luta contra o racismo, o antissemitismo e o ódio anti-LGBT), ligada ao gabinete do Primeiro-Ministro, e o SCRC (Serviço Central de Inteligência Criminal), da gendarmeria francesa.
Em março de 2020, o SCRC divulgou dados consolidados de 2018 que confirmam pelo menos 877 danos propositais cometidos contra edifícios católicos só naquele ano.
Domingo de ódio na França incendiaram igrejas em Saint Louis Fontainebleau, sul de Paris |
Já a DILCRAH, que publica relatórios de “atos antirreligiosos, antissemitas, racistas e xenófobos”, anunciou, na edição de 28 de janeiro, que foram registrados 1.052 atos anti-cristãos em 2019, bem como 1.063 em 2018 e 1.036 em 2017.
Se os deputados Dupont-Aignan e Thill “erraram”, como murmuraram seus detratores, não foi por “exagero” mas porque os números reais dos ataques diários anticristãos na França são ainda piores do que a média que eles haviam denunciado.
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