Viciado se injeta fentanil na via pública no bairro de Tenderloin, na cidade de San Francisco |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Mais de 100.000 americanos morreram entre abril de 2020 e abril de 2021, durante a pandemia de Covid-19, por overdose de drogas, noticiou “Le Monde” de Paris.
O cômputo exato foi de 100.306 overdoses fatais, um aumento de 28,5% em relação ao mesmo período do ano anterior (78.056 mortes), de acordo com dados provisórios divulgados em novembro [2021] pelos Centros de Prevenção e Controle das doenças (CDC).
“Essas overdoses são em grande parte impulsionadas por opiáceos sintéticos, principalmente fentanil fabricado ilegalmente”, disse Deb Houry, autoridade dos CDC, em entrevista coletiva.
O tóxico é produzido em grandes fábricas da China e exportado sobre tudo para o México onde recebe o sinistro acabamento final
“Meu governo está empenhado em fazer tudo ao seu alcance para combater o vício e acabar com esta epidemia de overdoses”, disse o presidente Joe Biden.
Infelizmente muitos de seus predecessores fizeram promessas do gênero sem resultado.
“À medida que continuamos a fazer progressos para derrotar a pandemia Covid-19, não podemos ignorar esta epidemia de desaparecimentos, que afetou famílias e comunidades em todo o país”, acrescentou.
“Esta é a primeira vez que o número de mortes relacionadas às drogas atingiu tal pico”, observou o Washington Post, citado por “Le Courier International”.
Drogas químicas provenientes da China e México são as mais letais... e mais baratas! |
O ministro da Saúde dos EUA, Xavier Becerra, entrevistado pela rádio NPR prometeu que o governo focaria “medidas de redução de danos, como distribuição de agulhas limpas, para conter a transmissão do HIV e da hepatite entre os viciados em drogas”, acenando com paliativos que tal vez só servirão para aumentar as mortes.
Também prometeu “fornecer aos toxicodependentes tiras de teste de fentanil”, permitindo-lhes testar a composição das drogas compradas nas ruas e, se necessário, ajustar o seu consumo, pois em muitos casos vem adulteradas para pior.
Os cartéis da droga tirariam lautos benefícios com o estabelecimento de locais de injeção supervisionados, ou salas de consumo com menor risco, como propõem políticos de esquerda.
Biden também se comprometeu a “reduzir as desigualdades raciais e regionais no tratamento de viciados em drogas e, de forma mais geral, lutar para desestigmatizar as pessoas que sofrem de dependência”.
Em suma, vai aprofundar a funesta filosofia revolucionária que cada ano ceifa mais vidas num mundo sem fé.
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