terça-feira, 14 de dezembro de 2021

EUA: mais de 100.000 mortos num ano por overdose

Viciado se injeta fentanil na via pública no bairro de Tenderloin, na cidade de San Francisco
Viciado se injeta fentanil na via pública no bairro de Tenderloin, na cidade de San Francisco
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Mais de 100.000 americanos morreram entre abril de 2020 e abril de 2021, durante a pandemia de Covid-19, por overdose de drogas, noticiou “Le Monde” de Paris.

O cômputo exato foi de 100.306 overdoses fatais, um aumento de 28,5% em relação ao mesmo período do ano anterior (78.056 mortes), de acordo com dados provisórios divulgados em novembro [2021] pelos Centros de Prevenção e Controle das doenças (CDC).

“Essas overdoses são em grande parte impulsionadas por opiáceos sintéticos, principalmente fentanil fabricado ilegalmente”, disse Deb Houry, autoridade dos CDC, em entrevista coletiva.

O tóxico é produzido em grandes fábricas da China e exportado sobre tudo para o México onde recebe o sinistro acabamento final

“Meu governo está empenhado em fazer tudo ao seu alcance para combater o vício e acabar com esta epidemia de overdoses”, disse o presidente Joe Biden.

Infelizmente muitos de seus predecessores fizeram promessas do gênero sem resultado.

“À medida que continuamos a fazer progressos para derrotar a pandemia Covid-19, não podemos ignorar esta epidemia de desaparecimentos, que afetou famílias e comunidades em todo o país”, acrescentou.

“Esta é a primeira vez que o número de mortes relacionadas às drogas atingiu tal pico”, observou o Washington Post, citado por “Le Courier International”.

Drogas químicas provenientes da China e México são as mais letais
Drogas químicas provenientes da China e México são as mais letais... e mais baratas!
As vítimas da overdose, “ou 275 pessoas por dia, seriam suficientes para encher o estádio da Universidade do Alabama”
, acrescentou o jornal de Washington D.C.

O ministro da Saúde dos EUA, Xavier Becerra, entrevistado pela rádio NPR prometeu que o governo focaria “medidas de redução de danos, como distribuição de agulhas limpas, para conter a transmissão do HIV e da hepatite entre os viciados em drogas”, acenando com paliativos que tal vez só servirão para aumentar as mortes.

Também prometeu “fornecer aos toxicodependentes tiras de teste de fentanil”, permitindo-lhes testar a composição das drogas compradas nas ruas e, se necessário, ajustar o seu consumo, pois em muitos casos vem adulteradas para pior.

Os cartéis da droga tirariam lautos benefícios com o estabelecimento de locais de injeção supervisionados, ou salas de consumo com menor risco, como propõem políticos de esquerda.

Biden também se comprometeu a “reduzir as desigualdades raciais e regionais no tratamento de viciados em drogas e, de forma mais geral, lutar para desestigmatizar as pessoas que sofrem de dependência”.

Em suma, vai aprofundar a funesta filosofia revolucionária que cada ano ceifa mais vidas num mundo sem fé.


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