quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Música de Mozart melhora a atividade cerebral

Wolfgang Amadeus Mozart.
Wolfgang Amadeus Mozart.



Pesquisadores da Universidade La Sapienza, de Roma, concluíram que a audição da música de Wolfgang Amadeo Mozart melhora sensivelmente a atividade cerebral, informou o jornal “Daily Mail”, de Londres.

Nas pessoas analisadas durante os exames foi constatado um aumento da atividade das ondas cerebrais relacionadas com a memória, a intelecção e a resolução dos problemas.

Os mesmos testes foram feitos tocando ao mesmo grupo uma música de Beethoven, porém sem resultados. As experiências sugerem que na música de Mozart há algo especial que influencia positivamente o cérebro.

“Esses resultados – explica o estudo – podem ser representativos do fato de a música de Mozart ser capaz de 'ativar' circuitos corticais neuronais no cérebro relacionados com a atenção e as funções cognitivas”.

E esclarece que os resultados “não são apenas uma consequência de ouvir música em geral”.



O estudo foi publicado na revista especializada Consciousness and Cognition (volume 35, setembro 2015, páginas 150–155), tendo os pesquisadores utilizado equipamentos EEG (eletroencefalografia) para registrar a atividade elétrica do cérebro dos participantes.

Os responsáveis foram Walter Verrusio, Evaristo Ettorre, Edoardo Vicenzini, Nicola Vanacore, Mauro Cacciafesta e Oriano Mecarelli, de diversos departamentos da universidade romana. (“The Mozart Effect: A quantitative EEG study”)

Wolfgang Amadeo Mozart jovem. Jean-Baptiste Perroneau, 1767, Museu do Louvre
Wolfgang Amadeo Mozart jovem.
Jean-Baptiste Perroneau, 1767, Museu do Louvre
O grupo analisado incluía 10 adultos jovens e saudáveis, com uma média de idade de 33 anos, 10 idosos saudáveis em torno dos 85 anos, e 10 idosos com leves problemas na cognição e uma idade média de 77 anos.

As medições eletroencefalográficas foram feitas respectivamente antes e depois de ouvir o movimento L'allegro con spirito da sonata para dois pianos em D Maior K448 de Mozart e Para Elisa de Beethoven.

Os pesquisadores sugerem que o arranjo musical racional e altamente organizado da sonata pode suscitar um ‘eco na organização do córtex cerebral’ (responsável pelas funções mentais de alto nível).

“Uma das características típicas da música de Mozart é a repetição frequente de uma melodia; isso determina uma virtual carência de elementos surpreendentes que podem afastar a atenção do ouvinte de uma audição racional, em que cada elemento harmônico e melódico tende a fechar num ponto que confirma as expectativas dos ouvintes”, dizem os autores.

Um estudo anterior, publicado em 1993, achou que ouvir a K448 também poderia melhorar as habilidades de raciocínio espacial durante um breve tempo após a audição.

Bem podemos perguntar em que estado fica o cérebro de um fanático de rock, nas suas várias modalidades, e o que é que se pode esperar de seu desenvolvimento cerebral.


Video: Música de Mozart melhora a atividade cerebral. L'allegro con spirito da Sonata para dois pianos em D Maior K448





Um comentário:

  1. Olá amigos. Gostei muito desse pequeno, porém, importante artigo sobre a música de Mozart. Mozart é um entre as centenas de músicos que gosto. Gostaria apenas de acrescentar algo. No final do artigo leio esta frase: "Bem podemos perguntar em que estado fica o cérebro de um fanático de rock, nas suas várias modalidades, e o que é que se pode esperar de seu desenvolvimento cerebral." Na verdade, talvez para espanto de alguns, eu não só sou fã de rock e heavy metal, pois cresci entre metaleiros, como comecei a me interessar por música clássica basicamente escutando rock e heavy metal. Uma de minhas preferidas bandas de metal pesado, chamada Morbid Angel, foi o veículo par meu interesse em música clássica. O líder dessa banda de metal se chama George Emmanuel III, ele é um dos melhores guitarristas do mundo. Ele também é um grande fã de Mozart, declarou que foi sua maior influência, inclusive dedica homenagens a Mozart nos encartes de seus cd´s. Coincidência ou não, ao longo do tempo comecei a incluir em minha coleção material de música clássica, Mozart também, e posteriormente comecei estudar música clássica. Isso para citar um exemplo, existem dezenas de guitarristas da área heavy metal que tem entre seus ídolos, não roqueiros, mas músicos como Bach, Vivaldi, Igor Stravinsky, Beethoven( eu vi que Beethoven foi negativado nessa experiência com Mozart, mas, Beethoven é Beethoven). Eu nasci em uma família de católicos, fui aluno do professor Olavo, estudo filosofia e ciências humanas, literatura, ect. Não sou praticante de catolicismo, ou frequentador de Igrejas, mas estudo o catolicismo, por exemplo estou super empenhado na leitura das obras de Ricardo de la Cierva, e devo muito ao catolicismo. Porém, qualquer sentimento ruim que eu tenha a respeito de coisas como rock ou a respeito de católicos hipócritas que vivem na igreja e não capazes de abrirem suas mãos para fazer um gesto caridade, esse tipo de sentimento é entre eu e Deus. É fato que não devo julgar o próximo. Sei que há imensos perigos na cultura rock and roll, mas isso não é uma constante.

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