A grande mídia procura dar uma impressão desanimadora do Brasil, como se fosse um país cuja maioria prefere a imoralidade e a decadência igualitária. Entretanto, essa visualização é muito parcial.
Geraldo Galindo, dirigente estadual do PCdoB/BA, julgou com olhos comunistas as preferências do Brasil profundo e expôs suas conclusões no site Vermelho.org, mantido pela Associação Vermelho em convênio com o Partido Comunista do Brasil – PCdoB.
Eis suas palavras:
“[No Brasil] a maioria do povo é contra o aborto, é contra o casamento entre homossexuais, é contra o desarmamento, contra leis que asseguram o estado laico etc.
“Isso é decorrente, entre outros fatores, por conta de uma influência religiosa ainda muito marcante em nossa sociedade ‒ o que tem travado a aprovação de propostas que fariam o país avançar para um ambiente mais civilizado – e também pela força das dezenas de partidos conservadores presentes na disputa política.
“Aqui em Bruzundanga, quando falamos em respeitar os direitos humanos, os direitistas falam que estamos ao lado dos bandidos;
quando defendemos cotas para negros e pobres, eles dizem que estamos premiando a ignorância;
quando dizemos que o corpo da mulher pertence a ela e ela deve decidir sobre ele, os reacionários dizem que o corpo pertence a Deus e que as regras do tal deus é que devem prevalecer e nos acusam ainda de estarmos propondo o assassinato de crianças indefesas;
quando se pretende punir os país que surram os filhos, eles vêm com o argumento de intromissão do governo em assuntos domésticos;
quando propomos a união entre homossexuais e o combate contra a homofobia eles dizem que estamos fazendo campanha para o povo fazer opção pelo homossexualismo;
quando defendemos o desarmamento, eles afirmam que queremos desarmar o povo e deixar os bandidos bem armados;
quando combatemos o racismo, eles dizem que estamos pregando o ódio entre as raças;
se somos contra o ensino de religião nas escolas, falam que somos ateus materialistas e que queremos proibir a bíblia.
“Quando defendemos programas sociais para o povo pobre, eles falam em assistencialismo e estímulo à preguiça,
quando defendemos pesquisas com células-tronco para a cura de doenças, eles falam que estamos ameaçando as leis divinas;
quando bradamos contra o machismo eles dizem que essa é a tradição brasileira;
quando queremos investigar os crimes da ditadura eles nos acusam de revanchistas. (...)
“O pior de tudo é que vez por outras surgem pessoas tidas como de "esquerda", que em tese deveriam estar ao lado de causas libertárias, assimilando esse tipo de discurso, como a presença de deputados do PT em manifestações públicas contra os homossexuais e contra o direito da mulher fazer aborto. (...)
“Seria bom que todas pessoas pudessem ler o livro "Preconceito Lingüístico" e outros do professor da UNB Margos Bagno (pode-se baixar na internet). Para os conservadores de plantão, a avançada idéia do MEC de se contrapor à ditadura da "gramática culta" seria estimular a ignorância entre os alunos, quando o objetivo vem a ser exatamente o contrário.”
O povo brasileiro ainda possui no mais profundo de sua alma reservas de bom senso e de moralidade que o fazem reagir contra todos os fatores de dissolução social e religiosa.
Porém, ele sente falta de autênticas elites que o representem e conduzam o Brasil no rumo da verdadeira ordem, moral e prosperidade.
Faltam – é doloroso dizê-lo – prelados e eclesiásticos corajosos e íntegros, dispostos a verdadeiramente conduzir a grei de Jesus Cristo pelos caminhos da Civilização Cristã, e não pelos descaminhos que conduzem ao abismo, como o proposto pelo PC do B e assemelhados.
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