O tenente general Francisco José Gan Pampols na entrevista coletiva da imprensa promovida pela agência EFE |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O tenente general Francisco José Gan Pampols, comandante supremo das Forças Armadas espanholas na estratégica região de Valencia, Espanha, sobre o Mediterrâneo declarou em roda de imprensa que diante de um “salafista” [fundamentalista sunita] “jihadista” [lutador da ‘guerra santa] “não se pode negociar”.
As atenções estão voltadas para Valência, pois em seu porto atracou a flotilha liderada pelo barco “Aquarius” levando 629 imigrantes africanos.
A flotilha do “Aquarius” está envolvido em aguda polêmica. O governo italiano de nova orientação anti-imigracao lhe proibiu desembarcar sua carga humana e lhe mandou prosseguir para a França pois bate bandeira desse país.
O presidente Macron e seus ministros reagiram com acres críticas ao governo italiano. Mas tampouco recebem o grupo do “Aquarius” que foi reenviado para o porto de Valência.
Nessa cidade, o Cardeal Cañizares, arcebispo dela mandou todas as paroquias aprontarem suas instalações para acolherem os que estão vindo.
O Papa Francisco também se engajou em pessoa pela sorte da flotilha em que governos e populações veem mais um contingente de invasores que podem incluir dissimulados terroristas perigosos.
Imigrantes ilegais descem do 'Aquaris' e pisam Valência. |
Esses estão sendo maltratados pela crise econômica, e denunciam as máfias, políticos e ONGs que colaboram com esse tráfico indigno de seres humanos..
Voltando à entrevista do comandante em chefe de Valência, general Gan Pampols, ele acrescentou que quando esses terroristas “já estão implantados numa região o único que se pode fazer é aniquilá-los”, segundo reproduziu o jornal “La Razón” de Madri.
O general privilegia a prevenção e o controle como arma para lutar contra esse terrorismo, mas advertiu que esta guerra “vai ser longuíssima”.
Num Café da Manhã da Agência EFE no Colégio de Advogados de Valência, o máximo responsável de uma área muito visada pelo islamismo radical e pela invasão islâmica, sublinhou que o “salafismo jihadista” está se espalhando de forma “globalizada”.
Para detê-lo, disse, é preciso controlar as pregações nas mesquitas, trabalhar na socialização dos indivíduos e controlar as redes e os fluxos econômicos que sustentam essa ofensiva.
A Grande Mesquita de Valência construida com muito dinheiro. Na sua página Facebook divulga posições radicais. |
Mas, infelizmente, a orientação do progressismo que vem de Roma é o contrário: não converte-los, acolhe-los, dialogar e sobre tudo mantê-los ecumenicamente em seus erros e maus costumes.
Em sentido contrário, disse o general Gan: “não se pode negociar com um salafista jihadista. É impossível porque não há um elemento comum, uma zona de aproximação.
“O que eles pretendem é nos subjugar ou nos eliminar” porque não partilhamos suas crenças.
Falando enquanto chefe do Quartel Geral de Intervenção Rápida da OTAN na região explicou que ”quando já estão implantados, o único que se pode fazer é aniquila-los e depois atacar suas raízes”.
“Diante de um salafista jihadista decidido a agir e armado o único que se pode fazer é abate-lo ou tentar captura-lo, mas tende certeza que se ele puder agir, agirá da forma mais dolorosa e causando o maior dano possível”, alertou.
O general Gan Pampols recebe à imprensa da Comunidade Valenciana.
O general Gan Pampols explicou que o fenômeno terrorista islâmico é “global”.
Está em países como Iraque, Síria ou Nigéria, mas também na Malásia, Indonésia, Paquistão e Índia.
E não só ali. Mas também em algumas zonas da América do Sul.
Sobre tudo onde há países “suscetíveis de radicalização” porque perderam os meios de subsistência e aonde o radicalismo islâmico aparece como uma fonte de ingressos.
O comandante de Valência também tratou do problema da Europa onde maometanos de “segunda e terceira geração”, que deitaram raízes no continente sofrem “processos rápidos de radicalização”.
No Islã não existe a democracia e não há diferença entre vida pública e privada.
Por isso, para eles a única forma de governo é instalada sobre “a aniquilação do adversário”.
O general Gan Pampols assume o comando das Forças Armadas em Valência. |
Destacou a dificuldade de “conter praticamente” o tipo de terrorista “lobo solitário”.
Mas, destacou que esse “lobo” não está tão solitário assim.
Por trás de cada terrorista “sempre tem alguém que o radicaliza, há uma rede por trás que não se forma num só dia”.
Por fim, o comandante geral de Valência acentuou que uma das grandes “vulnerabilidades” da Europa é o baixo índice de natalidade.
Ele focou o crescimento do número de filhos de imigrantes muçulmanos, fato que poderá acarretar o engrossamento de partidos islâmicos.
Vídeo: excertos das palavras do comandante de Valência divulgados pela agência oficial EFE
Cidadãos de Valência estão alarmados pelo desembarco
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