quarta-feira, 16 de maio de 2018

Marx contra a Cruz: mas não é Karl e sim o Cardeal!

O Cardeal Reinhart Marx vem chocando continuadamente aos católicos alemães
O Cardeal Reinhart Marx vem chocando continuadamente aos católicos alemães
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Causando pasmo a fiéis e até infiéis, ateus e anticristãos, o Cardeal Reinhart Marx, arcebispo de Munique e presidente da Conferência Episcopal alemã, se insurgiu contra a decisão do governo regional da Baviera – maior estado alemão – de afixar uma Cruz de modo visível nos prédios públicos.

A decisão é do primeiro ministra da Baviera, o socialcristão Markus Söder que, aliás, é luterano. Mas não é a religião que incomoda ao ecumênico e ultra-progressista líder dos bispos alemães: é o próprio Cristo!

Pela ordem presidencial a partir do 1º de junho (2018), todos os prédios da Administração estadual da Baviera deverão exibir um crucifixo em local visível da entrada.

A instrução também recomenda que cruzes sejam instaladas em salas e despachos da administração pública dessa região maioritariamente católica.

Ela diz: “Na área de entrada de cada prédio oficial do Estado Livre, como expressão do caráter histórico e cultural da Baviera, será colocada uma cruz de forma claramente perceptível como compromisso visível com os valores básicos da ordem legal e social na Baviera e na Alemanha”.

Söder justifica a decisão no fato de que a Cruz é “símbolo fundamental da identidade cultural e do caráter cristão-ocidental” e que por isso “não viola o principio de neutralidade” que a Constituição federal alemã impõe aos órgãos públicos do país, segundo o diário “ABC” de Madri.

Markus Söder, primer ministro estadual diz que a Cruz é símbolo da identidade bávara
Markus Söder, primer ministro estadual diz que a Cruz é símbolo da identidade bávara
O argumento dribla a questão religiosa, mas não deixa de ser astucioso e repõe o adorável símbolo da Redenção num posto que lhe é devido pela administração de um país que nasceu e se desenvolveu sob suas bênçãos.

Mas o tema é altamente polêmico nessa região e na Europa toda. A onda de laicismo anticristão promovida pelo progressismo, o ateísmo e a agenda LGBT apoiada pela União Europeia promove a remoção do símbolo máximo do cristianismo dos locais públicos.

Em 1985, rememora o “ABC”, um pai protestou pelas cruzes na escola de seus filhos e o Tribunal Constitucional lhe deu ganho de causa após dez anos de processo.

Dezenas de milhares de católicos saíram em passeatas de protesto pelas ruas alemãs. Mas a Justiça do país manteve “democraticamente” que se alguém se opunha com “razões sérias” contra a presença de uma cruz numa escola, essa devia ser retirada.

O progressismo “católico” ecumênico e pró-imigração islâmica também vinha promovendo investidas contra os símbolos católicos – até contra a árvore de Natal e do presépio – aduzindo que poderiam ferir a sensibilidade dos invasores maometanos!

Não há muita dúvida que o presidente estadual Söder, luterano praticante, joga com interesses eleitorais pessoais.

Mas a glorificação da Cruz passa por cima de todas as especulações humanas, legítimas ou não, porque Jesus Cristo tem o direito de ser adorado e venerado publicamente.

O Cardeal se mostrou irado com a exibição da Santíssima Cruz em locais públicos
O Cardeal se mostrou irado com a exibição da Santíssima Cruz em locais públicos
E os redimidos com o custo de seu Sangue preciosíssimo derramado têm o dever de reconhecê-lo.

Söder em pessoa instalou na Chancelaria – despacho do presidente – um crucifixo presente do falecido cardeal Friedrich Wetter, arcebispo emérito de Munique, capital da Baviera.

A professora de Teologia Prática da Universidade Albert-Ludwig de Freiburg, Ursula Nothelle-Wildfeuer, exprimiu a raiva anticristã deblaterando contra aquilo que ela qualifica “de instrumentalização política da cruz”.

Mohamed Abu El-Qomsan, presidente do Conselho Central dos Muçulmanos da Baviera, também falou contra o que qualificou de “violação da neutralidade religiosa. É um símbolo religioso, acrescentou, e não cultural, portanto os judeus, muçulmanos e ateus foram atingidos”.

Até lá, nada de novo: teólogos e teólogas “dialogantes”, “ecumênicos” e “acolhedores” perdem as estribeiras diante dos símbolos do Santíssimo Redentor.

E lhes fazem coro natural os muçulmanos que instalam suas meias luas um pouco por toda parte anunciando a intenção de ocupar Europa e extinguir o cristianismo.

O pasmo se generalizou quando o cardeal Reinhart Marx, arcebispo de Munique, se somou ao coro inimigo da Cruz sendo que ele está revestido da sagrada púrpura cardinalícia, símbolo da disposição de derramar o próprio sangue pela verdadeira Igreja de Jesus Cristo (embora rara vez a use).

Em declarações ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o cardeal garante a ordem provocou “animosidade, divisões e distúrbios” públicos, recolheu “Infocatólica”.

Ante a imprensa o arcebispo de Munich desqualificou a exibição da Santa Cruz
Ante a imprensa o arcebispo de Munich desqualificou a exibição da Santa Cruz
O mesmo cardeal vinha se destacando na polêmica que divide a Igreja por causa da distribuição da Comunhão a divorciados recasados sem emenda de vida e aos protestantes.

Ainda poucos dias depois elogiou publicamente o fundador do comunismo Karl Marx, recomendando o estudo de suas obras que estimulam o ódio e a luta de classes.

“Sem Karl Marx não haveria doutrina social da Igreja”, acentuou (sic!) segundo o Instituto Humanitas Unisinos.

“Não se entende a Cruz se só é vista como símbolo cultural”, sofismou, como se os bávaros fossem tão pouco inteligentes para não discernir sua dimensão e significado cristão.

Para esse cardeal, a norma legal “expropria a cruz em nome do Estado”, afirmação arbitrária sem comprovação nos fatos.

Beatrix von Storch, deputada pelo partido AfD na Baviera, de alto rango na nobreza alemã, respondeu pelo Twitter que se a islamização ganha terreno no país é por causa da rendição do cristianismo com o cardeal Marx à testa.

“Ele põe a cruz no alto do templo, mas não a quer em prédios públicos”, escreveu. Queira Deus que o Cardeal e seus correligionários não se empenhem agora em arrancar essas Cruzes, como faz o Estado Islâmico e a China marxista.

O constitucionalista Horst Dreier prevê que o caso vai terminar nos tribunais, escreveu o jornal francês “La Croix”.

Ninguém teria imaginado que a ofensiva contra Jesus Cristo partiria também da Conferência Episcopal Alemã
Ninguém teria imaginado que a ofensiva contra Jesus Cristo
partiria também da Conferência Episcopal Alemã
Nesse caso teremos terroristas islâmicos, cardeais e bispos “acolhedores” e agitadores de esquerda lado a lado contra Jesus Cristo.

Também seria algo não tão novo, mas até agora essa sub-reptícia aliança não ousava exteriorizar os laços que a unem.

Felix Neumann, redator do site de informação da Conferência dos Bispos Alemães perdendo o equilíbrio chegou a afirmar que a norma é uma “profanação blasfema”.

Essa Conferência Episcopal e o próprio redator pouco se importam, e até defendem, a explosão de blasfêmias com pretexto de cultura que se espalham como erisipela na Alemanha, da mesma maneira que no Brasil.

Katrin Göring-Eckardt, copresidente do grupo parlamentar de extrema esquerda Aliança 90/Os Verdes no Parlamento nacional e ex-presidente do Sínodo da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), se somou asperamente à campanha contra a Cruz numa entrevista ao Mitteldeutschen Zeitung.

Por sua vez, a Federação da Juventude Católica Alemã Bávara (BDKJ) e da Juventude Evangélica da Baviera (EJB) adotaram a cristianofobia dos anteriores citados dizendo em carta comum endereçada às autoridades da Baviera que “estamos pessoalmente chocados e preocupados”.

Para esses militantes do progressismo aliados por via de fato com os islâmicos “o símbolo primordial do cristianismo está sendo instrumentalizado e abusado para dar num símbolo de exclusão”. E “o significado teológico da Cruz é menosprezado”.

Felix Neumann também debocha dos “valores cristãos” que estariam sendo explorados pelo programa do partido social-cristão do presidente.

Essas reações cristofóbicas de representantes tidos como “cristãos” trabalham por uma futura transformação da Alemanha em mais um califado corânico.



4 comentários:

  1. Fico tentando entender como alguns países conseguem ser mais decadentes do que outros, se bem que o estado de decadência no mundo de hoje é generalizado e os vários países estão em algum nível de decadência, alguns mais outros menos. Há pouco estava ouvindo uma homilia em inglês sobre o processo de ascensão da civilização pagã que São Patrício realizou na Irlanda através da pregação da fé em Cristo. Hoje acontece o contrário em todo o mundo. O fato de a cruz ser alvo de intolerância por parte de uma elevado membro da hierarquia é um escândalo. Tristes tempos os que vivemos!

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  2. O que está acontecendo com a Igreja?
    Veja essa notícia!
    Sinal dos Tempos: Todos os bispos chilenos pedem demissão por escândalo de pedofilia
    http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/22537/Sinal-dos-Tempos-Todos-os-bispos-chilenos-pedem-demissao-por-escandalo-de-pedofilia

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  3. Veja que triste! Mais um sinal da apostasia das nações!
    Irlandeses votam a favor de liberalização do aborto
    http://www.dw.com/pt-br/irlandeses-votam-a-favor-de-liberaliza%C3%A7%C3%A3o-do-aborto/a-43935971

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  4. Salve Maria!
    Gostaria de partilhar o link da mais recente palestra do Padre Duarte Sousa Lara no Brasil.
    Entrevista ao Padre Duarte Sousa Lara
    https://youtu.be/WReSZzIN7u4

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