segunda-feira, 21 de abril de 2014

Estudo psiquiátrico aponta relação entre suicídio, músicas modernas e tatuagens


O Jornal Brasileiro de Psiquiatria (vol.58 nº1, RJ, 2009) publicou há alguns anos um documentado trabalho que continua candente.

Trata-se da relação entre preferência musical e suicídio.

Os autores – Carlos Eduardo Pimentel; Valdiney V. Gouveia; Neliane Lima de Santana; Wises Albertina Chaves; Carolina Andrade Rodrigues, da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – apelaram a estudos feitos sobretudo em países de língua inglesa, não existindo trabalhos sobre o assunto em língua portuguesa.

Porém, músicas e letras modernas, especialmente dos principais estilos relacionados ao suicídio, circulam largamente no Brasil: especificamente o rock, o heavy metal, a country music, e também o blues.

O trabalho verificou empiricamente que:

1. a preferência musical se relaciona com risco de suicídio;

2. a preferência musical age como um indício para o risco de suicídio.

Os autores também verificaram que as moças fãs de heavy metal apresentaram maior risco de suicídio do que os rapazes.

A preferência musical não é um indicador superficial. Ela serve como um fator de identificação entre os jovens.

E também influencia seu comportamento social e/ou antissocial, seu modo de vestir, de se comunicar, seus gostos comuns (por exemplo, por filmes de terror ou esportes radicais, como o skate), além de tatuagens e modificações corporais como o body piercing.

Os pesquisadores apontam outros estudos demonstrando as relações entre adolescentes que têm tatuagens com baixa autoestima, delinquência, abuso de drogas, comportamento sexual de risco, participação em rituais satânicos e suicídio.

Outro estudo constatou que 21% dos jovens que cometeram suicídio tinham tatuagem.

Um comentário:

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