quarta-feira, 12 de março de 2014

Uma a cada cinco adolescentes francesas já tentou se matar

Quase uma a cada cinco meninas adolescentes da França (20,9%) e 8,8% dos meninos de 15 anos confessaram que já tentaram se suicidar, conforme a conclusão de uma pesquisa publicada no jornal "Le Monde".

O estudo foi publicado também pela revista de formação médica “Le Concours Médical”, edição de janeiro.

A pesquisa foi realizada em junho de 2012 com 1.817 jovens de 171 escolas das regiões de Poitou-Charentes (centro-oeste) e Alsácia (centro-leste).

A publicação do resultado da pesquisa coincidiu com o Dia Nacional para a Prevenção do Suicídio.

Segundo “Le Monde”, em 1993 só 9% das meninas e 4% dos meninos reconheciam que tentaram o suicídio. Em 1999, os tétricos números saltaram para 14,6 e 8,8%, respectivamente.

Agora se chegou a 20,9% e 8,8%. “O aumento das tentativas entre as jovens é muito impressionante”, declarou o clínico geral Philippe Binder, responsável por uma ala para adolescentes no hospital de Rochefort.

Para Xavier Pommereau, coordenador da edição de janeiro da “Le Concours Médical”, esses números confirmam a experiência hospitalar sobre o alto índice de admissão de adolescentes por tentativa de suicídio, e a diminuição da idade média que, em seus 20 anos de experiência, passou dos 17 aos atuais 15 anos.

O desfazimento da família, a frustração sentimental ligada a relações sexuais precozes, a imensa ausência da religião na vida, na escola e -- também -- nas igrejas, pesa decisivamente nessas desesperadas tentativas de se tirar a vida.


Um comentário:

  1. A pesquisa acima vem confirmar uma realidade trágica da atualidade. Em quase todo os países, os jovens estão, de maneiras diversas, tentando contra suas vidas, por não terem uma objetivo para seguir em frente.
    Vemos diariamente na mídia escrita, falada e televisada, a derrocada da juventude. As drogas, a prostituição infanto-juvenil, a violência praticada por menores, demonstram um quadro de total desespero por parte dessa juventude desorientada.
    A instituição familiar, que deveria ser o lastro desses jovens, já não tem mais a mesma função, nem mesmo a mesma configuração, que lhes servia de referência. Na falta dessa referência, os jovens sentem-se perdidos como um barco à deriva em um mar bravio.
    Nos últimos tempos, herói é aquele que ganha muito dinheiro - mesmo que não seja por meios lícito-, se droga até a morte, trapaceia etc, etc...., uma imagem caótica do ser humano.
    As instituições religiosas, seriam um porto seguro para acolhê-los, orientá-los, mostrar-lhes um rumo para suas existências vazias de valores éticos e morais; infelizmente, eles estão sendo cegados pelos apelos bestiais de uma sociedade em declínio moral.
    Essa então, não é só uma realidade francesa; é uma realidade que ouso dizer, global.
    É uma pena. A humanidade parece que não tem mais muita expectativa de realizar-se plenamente enquanto espécia.

    Marlete Rezende

    ResponderExcluir

Obrigado pelo comentário! Escreva sempre. Este blog se reserva o direito de moderação dos comentários de acordo com sua idoneidade e teor. Este blog não faz seus os comentários e opiniões dos comentaristas. Não serão publicados comentários que contenham linguagem vulgar ou desrespeitosa.